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dotART galeria promove bate papo com o colecionador e fotógrafo Joaquim Paiva no próximo dia 9 de novembro

Proprietário de uma das maiores coleções privadas de fotografias brasileiras, Joaquim Paiva irá conversar com o público sobre sua trajetória como colecionador e fotógrafo, além de exibir algumas de suas 3 mil fotografias catalogadas ao longo de 48 anos

Além de abrir gratuitamente ao público exposições dos artistas brasileiros contemporâneos Pedro Varela e Cássio Vasconcellos, e da artista cubana Ana Mendieta, a dotART galeria(Rua Bernardo Guimarães, 911, Funcionários) apresenta um bate-papo com o colecionador, fotógrafo e diplomata Joaquim Paiva sobre sua trajetória na fotografia. A conversa será realizada no dia 9 de novembro, das 18h30 às 21h, na própria galeria. Com entrada gratuita, o encontro é destinado ao público em geral, incluindo profissionais da área, arquitetos,  designers de interiores, colecionadores de fotografia ou interessados em iniciar uma coleção. 

 

Na ocasião, Joaquim Paiva, dono de uma das maiores coleções privadas de fotografias no país, com quase 3 mil imagens catalogadas, conversará com os presentes sobre a sua trajetória como colecionador, que teve início em 1968. No acervo dele, estão reunidas 2.200 fotos registradas por 170 fotógrafos brasileiros, além de 300 fotografias de pelo menos 70 autores estrangeiros. Apesar dos números consideráveis, Paiva prefere não guardar consigo a maior parte de sua coleção. “Cerca de 2 mil que colecionei ao longo destes anos estão definitivamente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.  Considero minha coleção grande, mas acredito que a fotografia não serve para fazer negócio, e, sim, para servir de registro histórico para as próximas gerações”, comenta ele.

 

Durante o bate papo, Paiva exibirá ao público fotos tiradas por ele, reunidas em seu livro “Foto na Hora”, publicado na Cidade do México, em 2013. Ele também fará projeções das fotografias de sua coleção, que estão no Rio de Janeiro. “Vou conversar com as pessoas sobre suas dúvidas e considerações a respeito do meu acervo e da fotografia de um modo geral”, destaca. 

 

Paiva também discutirá sobre questões de como fotografia, além de importante ferramenta do registro cotidiano, assume-se como objeto de arte no contexto contemporâneo. O colecionador, inclusive, vai debater com o público o papel que a arte exerce sobre suas coleções. “A fotografia para mim é uma forma de comunicação com o mundo, de participação no processo cultural contemporâneo e de contribuição ao acervo visual brasileiro”, analisa o colecionador.

 

Dono de um largo acervo fotográfico, ele ainda vai levar ao público informações sobre como construir uma coleção fotográfica, desde a escolha de um tema até os cuidados que se deve ter sobre ela, e também apresentará, baseado em sua experiência, as melhores formas de se conviver com uma coleção. 

 

Os participantes do encontro ainda terão a oportunidade de visitar as exposições individuais dos artistas brasileiros Pedro Varela e Cássio Vasconcellos, além da instalação da performer cubana Ana Mendieta. Os trabalhos dos artistas estão disponíveis para visitação até o dia 11 de novembro.

 

Sobre Joaquim Paiva (Rio de Janeiro, 1946)

 

Formado em Direito pela UnB (1970), Joaquim Paiva tornou-se diplomata depois de passar pelo Curso de Preparação a Carreira de Diplomata, do Instituto Rio Branco, localizado no Rio de Janeiro. Chegou a exercer o ofício em países como o Canadá, a Venezuela, o Peru, a Argentina, Portugal e Espanha. Sua carreira como colecionador teve início no ano de 1968, quando comprou uma série de fotografias da norte-americana Diane Arbus, conhecida por registrar pessoas comuns e marginalizadas. Desde então, Paiva tem consolidado seu acervo fotográfico, que conta com mais de 3 mil fotografias catalogadas. Destas, 2.200 são de 170 autores brasileiros, e 300 imagens de 70 fotógrafos estrangeiros. Atualmente, Paiva, que já apresentou suas fotografias em diversos países do mundo, mantém grande parte da sua coleção privada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

 

Além de colecionador, Paiva também tem carreira como fotógrafo e lançou na Cidade do México o livro “Foto na Hora”, que reúne suas fotografias da capital do país, Brasília. O fotógrafo é responsável ainda pela tradução da Ensaios sobre a fotografia, da americana Susan Sotang, para o português, e é autor de quatro livros: Olhares refletidos (1981), em que publicou entrevistas com fotógrafos brasileiros; Aos pés de Batman (1994), obra literária de poesias, Brasília de 0 a 40, que reúne suas fotografias da Capital Federal (2000), e Visões e Alumbramentos: Fotografia Brasileira Contemporânea na Coleção Joaquim Paiva (2003), livro com 275 imagens de 97 fotógrafos brasileiros.

 

:: Sobre a dotART galeria ::

 

A dotART galeria fez de seu espaço um lugar para ser, pensar, produzir, experimentar, celebrar e comercializar a arte de uma forma poética. Isso possibilita, ao longo de sua trajetória, uma maior eficácia na relação entre o espectador e o objeto de arte em foco.

 

Com uma programação de exposições constantes, apresenta um elenco de criadores com diferentes linguagens e suportes. Crê que cada objeto de arte é um canal factível com potência de irradiar cultura, e amplia o seu campo de ação ao estimular a rede de colecionadores, arquitetos, designers de interiores e amantes da arte com a qualidade e o frescor das criações dos seus artistas. A larga experiência e seriedade na parceria com novos valores faz da galeria também um posto avançado da produção mais atual da arte no Brasil e no mundo. Ao longo desses 40 anos, vários artistas já passaram pela galeria, que tem um acervo cuidadoso e especial que transita entre o acadêmico, moderno e o contemporâneo. 


Com planejamento e pesquisa, desenvolve um plano para a carreira de cada um dos artistas que representa. Buscando as soluções mais criativas e eficientes, apoiados em pesquisa, consultoria, curadoria, publicações e gestão de projetos para as instituições, trazendo para a superfície todo o pensamento de realizar a sua criação que proporciona o cuidar e conviver numa pulsão entre Vida e Arte.

 

Foto: José Diniz

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