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Criar oportunidades para o desenvolvimento do capital humano, intelectual e econômico em comunidades inseridas em situação de vulnerabilidade social é a principal missão do Fundo de Aceleração para o Desenvolvimento Vela (FA.VELA), organização sem fins lucrativos criada no ano de 2014 com a finalidade de promover a transformação social dos moradores, inicialmente, do Morro do Papagaio – como é popularmente conhecido o Aglomerado Santa Lúcia - uma das maiores favelas de Belo Horizonte, onde vivem aproximadamente 35 mil pessoas. Atualmente, o FA.VELA já expandiu sua área de atuação para a comunidade da Vila da Paz, em BH, e do Parque São João, em Contagem. A organização ajuda pequenos empreendedores de baixa renda a tirar seus negócios do papel para transformar a economia dos morros e aglomerados, a partir da capacitação em gestão de negócios, comunicação e marketing. “Fazendo uma alusão ao nome FA.VELA, queremos ser uma vela que impulsione a real inclusão socioeconômica de indivíduos que desejam transformar as suas vidas. Nosso objetivo é estimular uma conscientização em prol dessa mudança social e gerar condições para que essas pessoas coloquem em prática as suas ideias e objetivos.”, explica o presidente e idealizador do FA.VELA, João Souza.

 

Liderada por um grupo de empreendedores sociais voluntários, de diferentes formações, como em direito, comunicação, arquitetura, economia, intervenção social, administração e em meio ambiente, a organização atua por meio de quatro projetos principais:

 

- PIPA Voando Alto!

 

Já em sua segunda edição no Morro do Papagaio, o PIPA, com aproximadamente 6 meses de duração, é um programa que consiste em oferecer educação empreendedora para o desenvolvimento humano. A ideia é criar planos de negócios atrelados a planos de vida.  O PIPA promove uma experiência de formação empreendedora e incubação, com o objetivo de dinamizar territórios por meio da geração sustentável de emprego e renda, alinhada à promoção do acesso à cultura e educação.

 

Em sua primeira edição, o programa teve como resultado: 15 projetos/negócios acelerados, 100h de aulas em grupo, consultorias individuais, palestras e visitas técnicas sobre assuntos necessários no mercado de trabalho e gestão de negócio. O PIPA teve como base o recurso viabilizado com o sucesso da campanha de financiamento coletivo promovida no benfeitoria.com/maisfavela, concluída com  R$ 21 mil (117% da meta) e o auxílio de 208 benfeitores. O FA.VELA também recebeu apoio dos Estados Unidos na campanha, por meio do U.S Mission in Brazil. Além dos especialistas voluntários, que ministraram as aulas, o programa também firmou parceria com a Greco Design. O time de designers da Greco subiu o morro para dar uma guinada nas marcas dos empreendedores, e foram responsáveis pelas novas identidades visuais dos negócios, a partir do “Laboratório de Criação de Marcas” do PIPA. Na fase de mentorias individuais, o FA.VELA contou com apoio do Núcleo de Empresa Jr da UFMG, que realizou o Desafio CATA.VENTO e levou alunos de empresas júniores para desenvolverem os planos de negócios dos empreendedores.

 

A segunda edição do PIPA é possível devido ao apoio da ONG Brazil Foundation.

 

- FALA FA.VELA

 

 Trata-se de um evento realizado para a democratização de conhecimentos e vivências inspiradoras.

O FALA FA.VELA, elaborado para criar redes, num ambiente descontraído e informal, funciona como uma troca de experiências para os empreendedores em processo de capacitação, voluntários da organização e convidados, que irão conhecer histórias de vida e de sucesso de empreendedores de comunidades e outros aglomerados de Belo Horizonte, que transformaram o desafio da exclusão social em oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Além de outras histórias motivadoras.

 

- FA.VELA ESCOLA

 

São workshops e capacitação com agenda própria. São oferecidas aulas como Português básico, em formato de módulos, e aberto para todos os interessados em participar.

 

 - FA.VELA RESILIENTE

 

Novo projeto do FA.VELA, que alia a capacitação para o desenvolvimento sustentável.  O FAVELA Resiliente conta com financiamento do British Council, e tem como instituições parceiras a Universidade de Cambridge, a Universidade de Newcastle, ambas do Reino Unido, e também o Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha. O projeto está sendo realizado em duas comunidades da Bacia da Lagoa da Pampulha, são elas: Parque São João, em Contagem, e Vila da Paz, em Belo Horizonte, gerando impactos positivos para o Conjunto Arquitetônico Pampulha Patrimônio da Humanidade. A ideia é fortalecer os laços entre indústria e comunidade, por meio do ensino de habilidades necessárias para prosperar negócios e projetos de forma sustentável a aproximadamente 80 moradores das regiões de baixa renda.

 

O FA.VELA RESILIENTE é projetado principalmente para solucionar o baixo nível de educação empresarial e socioambiental apresentado por um grande número de microempresários das favelas.

Para a líder do projeto, e cofundadora do FA.VELA, Tatiana dos Santos Silva, o propósito do novo programa alinha com as ambições da organização. “O FA.VELA dá ênfase ao desenvolvimento das habilidades e capacidades dos moradores locais para melhorar as suas oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Portanto, o FA.VELA RESILIENTE contribui para o nosso objetivo de defender o direito de desenvolvimento dos moradores de áreas de baixa renda através da capacitação. Nós combinamos nossa experiência pessoal com a nossa formação acadêmica e profissional para a concepção do programa de 5 meses de capacitação, incubação de projetos e desenvolvimento socioeconômico resiliente dos territórios em questão.”, afirma Tatiana.

 Foto: Divulgação