Notícias
Celebração do espírito esportivo indígena é tema de exposição na Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG
Enquanto milhões de brasileiros seguiam atentos o desenrolar das Olimpíadas no Rio de Janeiro, o fotógrafo Israel Souza voltava seu olhar para a região de Santarém, no oeste do Pará. Mais conhecido como Palestina Israel, o também jornalista captava em suas lentes os Jogos Indígenas do Baixo Tapajós, que dá nome à sua nova exposição.
Depois de exibir imagens sobre o cotidiano de comunidades ribeirinhas no mesmo rio, o fotógrafo volta a ocupar a Fachada Digital do Espaço Conhecimento UFMG com retratos que apresentam a intensidade e a beleza dos jogos tradicionais praticados pelos povos indígenas. A exposição entra em cartaz hoje, 17 de outubro, sendo exibida diariamente das 19h às 23h, até o dia 31 de outubro.
Palestina Israel se interessou pelo momento esportivo, encarado pelos participantes como um clamor pela existência dos índios. Os jogos foram realizados por um grupo de pessoas que se uniu ao Conselho Indígena e a lideranças étnicas a fim de dar visibilidade às reivindicações e aos direitos desses povos. Atualmente, a região em que vivem os índios Borari e outros grupos, como os Munduruku, está ameaçada por madeireiros, mineradoras e barragens.
As olimpíadas dos índios do Rio Tapajós foram realizadas sem auxílio de organização governamental ou particular. As imagens de Israel Palestina revelam o que eles estão correndo o risco de perder: as riquezas naturais, as terras e as memórias.
Tapajós ameaçado
O rio Tapajós, um dos afluentes do rio Amazonas, nasce no Mato Grosso e atravessa o oeste do Pará em uma das regiões atualmente mais preservadas da Amazônia brasileira. Entretanto, o Ministério Público Federal do Pará e diversas entidades de proteção ao meio ambiente, nacionais e internacionais (como o Instituto Socioambiental e o Greenpeace) denunciam que os projetos de construção de grandes hidrelétricas e a ação de mineradoras podem causar a morte de diversas espécies, poluir o rio e levar populações ribeirinhas e indígenas à pobreza. Segundo relatório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de 2013, pelo menos 3 mil garimpos clandestinos operam no rio Tapajós.
Foto: Divulgação
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.