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Teatro já é Patrimônio Cultural da Cidade
Nesta quarta, dia 22, a Fundação Municipal de Cultura reconheceu o teatro como patrimônio imaterial de Belo Horizonte. Na data, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural se reuniu em sessão extraordinária no Museu Histórico Abílio Barreto e decidiu pela aprovação do registro do teatro de rua de Belo Horizonte, do teatro de bonecos e de um circuito de teatros como bens imateriais. A ação faz parte da política de proteção ao Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura e de estímulo às artes cênicas.
De acordo com a decisão, o teatro de rua de Belo Horizonte e o teatro de bonecos devem entrar para o livro de registro de formas de expressão e, ainda, um circuito de teatros que engloba, o Marília, o Francisco Nunes e o Teatro da Cidade, entre outros, serão documentados no livro de registro de lugares. Com a medida, a Fundação Municipal de Cultura pretende evitar que informações, significados e herança cultural se percam no tempo. “A história do teatro de Belo Horizonte se mistura com a própria história da cidade. Reconhecer esta vertente artística como Patrimônio Imaterial é um passo importante para que fique perpetuada a sua importância”, afirma o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas de Oliveira.
O inventário elaborado pela Diretoria de Patrimônio Cultural da FMC, no qual o Conselho se baseou para votação, apresenta de forma sucinta a trajetória do teatro na cidade. A pesquisa identifica os lugares e formas de expressão teatral que por sua representatividade, importância histórica, simbólica ou formativa compõem o patrimônio cultural de Belo Horizonte.
De acordo com esse dossiê, “o estudo de trajetórias artísticas através do mapeamento de espaços ocupados e de linguagens desenvolvidas traz perspectivas que ultrapassam as sensações pessoais que a obra de arte pode gerar, penetrando em temporalidades e espacialidades muito peculiares e possibilitando compreender as artes teatrais como um instrumento de memória e construção de identidades”.
Proteção
O primeiro registro de bem imaterial de Belo Horizonte aconteceu em 2011 com o ofício do fotógrafo Lambe-lambe. Ao entrar para o Livro do Registro dos Saberes, foi o primeiro bem cultural imaterial a receber proteção, inaugurando uma nova e importante fase da política de proteção do patrimônio cultural na capital mineira.
Na última semana, foi aberto o processo de Registro Imaterial da Cultura Cigana na Cidade de Belo Horizonte. Além do reconhecimento de seu modo de vida e expressões, também será pedido o registro no Livro dos Lugares, o que pode contribuir para a regularização dos acampamentos ciganos do Céu Azul/Lagoa e São Gabriel/Belmonte.
Atualmente, outros dossiês para registro de bens imateriais estão sendo elaborados pela Diretoria de Patrimônio Cultural e ainda serão encaminhados para apreciação e aprovação do Conselho, como Guardas de Congo e Moçambique de Belo Horizonte, Bandas de Músicas tradicionais, o Ofício de Calceteiro, a Pedreira Prado Lopes e Quilombos Urbanos, entre outros.
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