Notícias
Pesquisa mostra mudanças de hábitos dos consumidores belo-horizontinos
Em dez anos, de outubro de 2003 a setembro de 2013, o percentual de consumidores que priorizam as lojas supermercadistas de vizinhança para fazer pequenas compras passou de 23,3% para 64,5%. A justificativa de “proximidade da residência”, em detrimento de quaisquer outros atributos do supermercado, passou de 35,64% para 68,30% no período. Os dados são da pesquisa Hábitos de Consumo em Supermercados, em Belo Horizonte, encomendada pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS), realizada pelo Instituto Fides e apresentada hoje, durante a 27ª Superminas, em BH. Nesses 10 anos, o consumidor ficou mais exigente. Aumentou de 8,67% para 26,70% a afirmativa de que o atendimento do pessoal nos supermercados “não satisfaz as expectativas” do cliente e caiu de 86,66% para 68,70% a percepção de que o atendimento “supera as expectativas”. Sobre a variedade de produtos comercializados em supermercados na capital, a avaliação “ótima” desceu de 14,67% para 8%; regular subiu de 16,33% para 23,30%. Já a avaliação de “boa” ficou quase estável, caindo de 64% para 63%. Melhora da renda - Nos 10 anos que separam as duas pesquisas o número de consumidores que disseram que o poder de compra melhorou passou de 9,67% em 2003 para 49% em 2013. A fatia de consumidores com computador no domicílio passou de 38,67% para 79% e os que disseram que os computadores têm acesso à internet em casa saíram de 12,93% para 96,20%. O número de residências em que pelo menos um membro da família tem carro era de 53,67% e mudou para 71,30%. Em consequência disso, passou de 35% para 51,70% a fatia de consumidores que usam o carro para fazer compras em supermercados. Tendências - Quanto às tendências que marcaram o setor nos últimos anos, os consumidores ainda se mostram indecisos ou com certo desconhecimento. A qualidade está mais valorizada em relação ao preço e marca. Cinquenta e sete por cento dos pesquisados disseram que escolhem um produto pela qualidade; enquanto 32,4% decidem pelo preço e 9,6% pela marca. Mas quando se fala de produtos com marca própria dos supermercados, por exemplo, 13% dos consumidores disseram não conhecer e 40,5% não compram por já ter as marcas de preferência. Para 11,4% dos entrevistados, os produtos de marca própria são de qualidade inferior. Ocorre, porém, que em alguns casos, eles são produzidos nas mesmas indústrias que produzem as marcas líderes de mercado. A preocupação com a saúde já dita o consumo nos supermercados: 73% dos entrevistados pagariam um pouco mais para consumir alimentos naturais ou funcionais. Mas 23% não estariam dispostos a pagar mais por esses alimentos. Quando o assunto é o meio ambiente e a sustentabilidade, a pesquisa mostra que cerca de 70% dos consumidores se preocupam com o tema. Perguntados, por exemplo, se comprariam carne de animais procedentes de propriedades rurais que desmataram florestas para criar gado, 69% não comprariam essa carne e 25% continuariam comprando. Depois da lei municipal, seguida de campanha educativa a partir de 2011, a pesquisa constatou que 61% dos consumidores não comprariam em um supermercado que oferece sacola não biodegradável, que poluem o meio ambiente. Já 32% continuariam comprando nesses supermercados. Depois da pesquisa, 71% das pessoas prometeram que utilizariam menos sacolas plásticas e 23% continuariam a utilizar a mesma quantidade. Lista - Uma fatia de 48% dos consumidores não leva lista de compra aos supermercados, 40% sempre levam listas e 12% disseram que às vezes levam. Mesmo os que levam a lista são sempre influenciados pelas promoções. Sessenta e cinco por cento dos entrevistados disseram que compram produtos fora da lista de compra e desse percentual, 46% compram produtos porque estão em promoção. A pesquisa A Pesquisa Hábitos de Consumo em Supermercados foi realizada pelo Instituto Fides com 550 consumidores, 59% do sexo feminino e 41% sexo masculino, em domicílios de Belo Horizonte, nos dias 28 e 29 de setembro de 2013. O intervalo de confiança é de 95,6% e a margem de erro é de 4,2%. O objetivo foi conhecer as principais mudanças nos hábitos dos consumidores em supermercados nesses 10 anos e verificar as principais tendências. As faixas etárias dos entrevistados foram as seguintes: 26 % de 45 a 59 anos; 25% de 35 a 44 anos e 21% de 26 a 34 anos. Quanto às classes sociais, 46 % pertencem à classe “C”; 26% à “D; 12,4% à B; 8,4% à E e 7,3% pertencem à classe A O Instituto Fides O Instituto Fides está no segmento de pesquisa de opinião desde 1986, realizando pesquisa qualitativa com grupo de discussão e em profundidade e pesquisa quantitativa em todo território nacional utilizando o sistema Frances “SPHINKS”. Além das pesquisas eleitorais, elabora pesquisas sobre lançamento de produtos, sobre concorrência e para abertura de empreendimentos, como shoppings e supermercados, onde é estimado o faturamento a ser obtido. Seu corpo técnico é composto por administradores, estatísticos, economistas, pesquisadores, checadores, críticos e analistas de pesquisa. Site: http://www.amis.org.br
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.