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Grupo Z de Teatro faz apresentações e oficinas gratuitas em BH e São João Del Rei
Interessados em participar da formação devem fazer a inscrição em formulário disponível na página do grupo na internet
O coletivo do Espírito Santo, Grupo Z de Teatro fará uma temporada em Minas Gerais entre os dias 28 de outubro e 6 de novembro. A circulação passará por São João Del Rei e Belo Horizonte. Além das apresentações dos espetáculos O Grande Circo Ínfimo e Insone, também serão ministradas a Oficina Criação Dramatúrgica: Processos e a Oficina Do Chão ao Voo, Da Palavra ao Corpo. Todas as atividades são gratuitas.
As inscrições para participação na oficina em São João Del Rei estão abertas até 25 de outubro, em BH o prazo é até 28 de outubro. Para se inscrever basta preencher o formulário disponível na página do grupo no Facebook. O documento também pode ser solicitado por email (oficinadogrupoz@gmail.com). O objetivo destas ações é promover a troca de experiência sobre o processo criativo dos trabalhos com outros artistas.
Em São João Del Rei as atividades estarão concentradas na Universidade Federal de São João Del Rey (UFJS). A oficina Criação Dramatúrgica: Processos acontece nos dia 28 e 29 de outubro, de 9 às 13 horas. E a apresentação de O Grande Circo Ínfimo será nos dias 29 e 30 de outubro, às 20 horas e às 19 horas, respectivamente. As ações serão todas no Campus Tancredo Neves (Sala Preta do Curso de Graduação em Teatro - Prédio REUNI III).
Em Belo Horizonte, a Oficina Do Chão ao Voo, Da Palavra ao Corpo acontece no Meia Ponta Espaço Cultural Ambiente, nos dias 1º e 2 de novembro, de 9 às 13 horas. A apresentação do espetáculo Insone será no mesmo local, nos dias 3 e 4 de novembro, às 20 horas. A Oficina Criação Dramatúrgica: Processos será no Galpão Cine Horto, nos dias 3 e 4 de novembro, de 9 às 13 horas. E a apresentação de O Grande Circo Ínfimo será nos dias 5 e 6 de novembro, às 21 horas e as 19 horas, respectivamente, também no Galpão.
Durante a circulação em Minas, o Grupo Z de Teatro também vai realizar intercâmbios com grupos de teatro mineiros. Em São João Del Rei o encontro será com o Grupo Teatro de Pedra e o Núcleo de Estudo em Teatro e Política do Grupo de Pesquisa em História Política e Cena - UFSJ/CNPQ. Em BH, a troca de experiências será o Grupo Luna Lunera.
Oficinas
A Oficina Criação Dramatúrgica: Processos será ministrada pelo diretor do Grupo Z de Teatro, Fernando Marques. O público alvo são profissionais e estudantes de artes cênicas, escritores e interessados em geral, serão escolhidos 10 participantes. A proposta deste encontro é compartilhar a experiência do Grupo Z de Teatro, sobre o desenvolvimento de dramaturgia própria, que é um dos eixos de investigação do grupo em seus dezoito anos de existência. Encontro será dividido em dois momentos de quatro horas, compostos de uma breve exposição teórica e atividades de práticas.
A ação faz parte da circulação do espetáculo O Grande Circo Ínfimo. Este projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2015/2016.
Link para inscrição: http://migre.me/vh7k5
Já a Oficina Do Chão ao Voo, Da Palavra ao Corpo será ministrada pela diretora do Grupo Z de Teatro, Carla van den Bergen. Com 20 vagas, este encontro tem proposta de abordar o processo criativo dos trabalhos do grupo em dança‐teatro com outros atores e bailarinos ou estudantes da área interessados na convergência dessas linguagens. A oficina terá oito horas, dividida em dois momentos, o primeiro focado em treinamento corporal do grupo, em especial no treinamento utilizado para o espetáculo Insone; o segundo enfatizará o trabalho criativo do grupo, baseado no processo colaborativo.
A ação faz parte da circulação do espetáculo Insone, patrocinada pela O Boticário na Dança através da Lei de Incentivo Rouanet / Ministério da Cultura.
Link para inscrição: http://migre.me/vh7lb
Sinopse de O Grande Circo Ínfimo
A ação de O Grande Circo Ínfimo acontece às margens de uma velha estrada que já foi importante e concentrou grande fluxo, mas que, depois da criação de novas vias, ficou quase abandonada. Ali há uma hospedaria que, com a decadência da estrada, também foi sendo esquecida. É nesse cenário que se encontram a dona do estabelecimento e alguns ex‐integrantes de uma trupe circense que se dispersou, depois de perceber que não podia competir com as novas formas de entretenimento.
Enquanto alguns teimam em resistir com suas atividades, outros procuram caminhos que sejam mais viáveis nas novas circunstâncias. O espetáculo dialoga com a primeira peça do grupo, O Maior Espetáculo da Terra. Lá, um grupo mambembe conta ao público a própria história, na esperança de envolvê‐lo e garantir, ao final, que ele seja generoso quando passar o chapéu. Aqui, a trupe não consegue se manter coesa, com seus integrantes tomando novos rumos.
Recorrendo a autores como Cervantes, Dante, Rabelais, Gil Vicente, Shakespeare, Camões e Gregório de Matos, este espetáculo talvez pergunte: qual é o nosso lugar no mundo?
Sinopse de Insone
Insone, espetáculo de dança‐teatro do Grupo Z, não tem uma narrativa linear, não conta uma história – pelo menos, não no sentido tradicional do termo. Antes, debruça‐se sobre os estados de sono e vigília, os sonhos, pesadelos e a insônia, mostrando o homem contemporâneo entre a sua necessidade de descanso e repouso e as exigências de um mundo cada vez mais veloz, vertiginoso.
Conforme é dito no programa do espetáculo, “na época em que o trabalho começou a ser pensado, estávamos tão abarrotados de trabalho – e de todas as outras obrigações que todos têm –, que o tempo do sono era pouco. Decidimos falar da insônia, do não dormir, do sono desejado, dos sonhos, do sonho de dormir. Os estados corporais decorrentes do sono, da falta dele, etc”.
Então, o Insone nasceu da nossa insônia. Mas não se resume a ela, porque nossa insônia não é apenas a nossa, é a insônia do nosso tempo. Não é novidade para nenhum de nós que o mundo é cada vez mais rápido. Produzir, consumir, entreter‐se, divertir‐se, conectar‐se, informar‐se, ser feliz. Tudo isso se tornou obrigatório. Mas não basta apenas cumprir tais obrigações – é preciso fazê‐lo em quantidade e ritmo vertiginosos.
Sobre o Grupo Z
O Grupo Z de Teatro foi criado em 1996 por artistas que acreditam no teatro de grupo como caminho para a realização de um trabalho contínuo, que privilegie, além da montagem de espetáculos, a investigação de uma linguagem própria que, a um só tempo, seja fruto do fazer coletivo e engendre sua identidade.
Nesse espírito de investigação, três eixos têm marcado a trajetória do grupo, a saber: o trabalho em espaços diversos; o corpo como instrumento de criação; o desenvolvimento de dramaturgia própria. Naturalmente, se aqui estão assim, separados e estanques, é pela necessidade de apresentá-los. Na prática, fundem-se, interpenetram-se e influenciam-se mutuamente.
O Grupo Z nasceu na rua e as possibilidades de relação entre cena e plateia e, consequentemente, atores e espectadores descobertas ali foram determinantes no sentido de levar os trabalhos a outros espaços, em que tais possibilidades pudessem ser experimentadas de formas distintas – até mesmo ao palco italiano.
Desde sua fundação, o grupo mantém-se em constante atividade, seja preparando seus espetáculos, fazendo temporadas dos mesmos, ou em oficinas internas em que novas questões – ou novos olhares sobre aspectos já conhecidos – sejam colocados, o que acaba por direcionar quais serão os passos seguintes.
É assim que o Grupo Z de Teatro vem consolidando sua história: contando histórias que nos digam respeito. A mim, a você e ao nosso contemporâneo. Histórias que digam algo, que interessem, que nos retratem e nos examinem, nos exponham, nos critiquem e nos celebrem.
Foto:Rafael Araújo
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