Notícias

O projeto "Jazz com Cachaça" acontece mais uma vez, nesta Quinta-Feira, 22/10, à partir das 21 horas, no Clube Mineiro da Cachaça em Belo Horizonte.

O palco fica por conta do Percussionista Mineiro Túlio Araújo que, a cada semana, convida músicos e instrumentistas diferentes para formar trios, quartetos e quintetos inusitados, que demonstram toda a versatilidade da cena Instrumental da capital mineira.

Nesta Quinta ele será acompanhado por José Namen (Teclado), Felipe Vilas Boas (Guitarra) e Beto Lopes(Baixo Acústico).

Túlio Araújo

Sempre estudando e pesquisando a fundo as raízes e origens da música brasileira, Túlio Araújo começou a se interessar por percussão no ano de 1999. Na mesma época, iniciou-se nos palcos tocando com bandas de forró, dando um "molho" especial às músicas com seu pandeiro suingado e marcado. Sentindo-se preso a um só ritmo, começou a aventurar-se por outros caminhos, tocando sambas, funks, boleros e salsas, mas sempre mantendo sua “pegada” Nordestina, inspirada por mestres como Jackson do Pandeiro, Jacinto Silva e Fúba de Taperoá. Em 2005 resolveu mergulhar de cabeça no mundo acadêmico, iniciando estudos aprofundados com aquele que viria a se tornar o seu primeiro grande Mestre: O Cubano Santiago Reyther. Foram quase 4 anos de muito aprendizado até conseguir o seu primeiro diploma, pelo Palácio das Artes, em Belo Horizonte. No início de 2009, participou de várias palestras e workshops com o grande percussionista Marcos Suzano, considerado por muitos o maior pandeirista do mundo. Com ele, desenvolveu e aperfeiçoou sua técnica, o que lhe deu repertório suficiente para criar e planejar seu próximo passo: O Projeto Dobradura. Desde que começou a se interessar por técnicas mais apuradas e metodologias de fluência percussiva, Túlio começou a desenvolver a idéia de mostrar toda essa diversidade e dinamismo no que viria a se tornar o seu principal instrumento: O Pandeiro. Uma idéia simples, mas ousada: Demonstrar musical e visualmente que ele, o Pandeiro, é realmente uma "bateria de bolso". Acompanhado por uma formação clássica de Jazz - Violão, Guitarra, Baixo, Piano, Teclado e Metais - começou a se apresentar na noite de Belo Horizonte, em bares, cafés, casas de shows e eventos. Em 2011 foi selecionado, entre muitos, para estudar na renomada Bituca Universidade de Música Popular, em Barbacena, com grandes mestres como Ian Guest, Gilvan de Oliveira, Serginho Silva, Enéias Xavier, Felipe Moreira, Lincoln Cheib e Cléber Alves. Em 2012, Túlio gravou seu primeiro CD “Manguêra”, lançado no Museu de Artes e Ofícios em Belo Horizonte, pela programação do Savassi Jazz Festival, num show emocionante e lotado. O sucesso do álbum, rapidamente incluiu o instrumentista na programação dos principais festivais de Minas Gerais, com destaque para o Conexão Vivo em Belo Horizonte, Mostra Instrumental de Uberlândia e Festival Grastronômico de Tiradentes. Formou-se em 2013 na Bituca Universidade de Música Popular. Em seguida, foi aprovado no concorrido curso de Engenharia de Áudio e Produção Musical, ministrado pelo produtor e engenheiro Cesar Santos, na mesma instituição. No mesmo ano, apresentou-se pela primeira vez no exterior, em New York (USA), ao lado de Sergio Krakowski, referência mundial no Pandeiro. Voltando ao Brasil, iniciou a produção e gravação do seu próximo trabalho. 2014 foi um ano marcante para Túlio Araújo. Gravou e lançou seu segundo álbum “East”, arranjado pelo guitarrista prodígio Felipe Vilas Boas e produzido pelo pianista Deangelo Silva. Contou com a nata da música instrumental Brasileira no set de gravação, com destaque para nomes como Dani Gurgel, Enéias Xavier, Cléber Alves, Bruno Vellozo e Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Fez seus primeiros grandes shows de lançamento internacional, novamente em Nova Iorque, nos renomadíssimos palcos do "The Bitter End" (onde já se apresentaram David Bowie e Lady Gaga) e o "The Iridium", no mesmo line-up de monstros do Jazz como Victor Wooten, Danis Chambers e Kenny Garret. 2015 trouxe gratas surpresas para Túlio. Começou o ano já viajando de volta aos USA, mais especificamente o Estado da Califórnia, para uma longa turnê de 6 meses de lançamento do álbum “East”, além de convites para ministrar workshops e masterclasses. Passou por cidades como San Francisco, Berkeley, Davis, Oakland, Freemont, Richmond, El Cerrito Del Norte e, até mesmo, Chicago. Fez shows importantíssimos para sua carreira, com destaque para os renomados palcos do “La Peña Cultural” (Berkeley) e “Red Poppy Art House” (San Francisco), onde tocou com instrumentistas de alto calibre, como o pianista e maestro Marcos Silva, o violonista Ian Faquini, o saxofonista Harvey Wainapel e o baixista Scotty Thompson. De volta ao Brasil, é hora de Araújo colher todos os frutos dessa experiência incrível de quase um ano fora do país, trazendo sangue novo para o seu trabalho e uma visão muito mais globalizada e contemporânea. É esperar pra ver… e ouvir

Foto: Divulgação