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Dia Nacional da Alimentação Escolar – Como evitar transtornos alimentares na infância

Na era dos fast foods, educação para alimentação saudável tem preocupado pais e escolas. Dados da OMS revelam que 14,3% das crianças entre 5 e 9 anos já estão obesas Na próxima segunda feira, 21 de outubro, é o Dia Nacional da Alimentação Escolar, uma data importante para despertar a atenção das famílias brasileiras sobre a educação para uma alimentação saudável e balanceada das crianças, não apenas nas escolas, mas também no dia a dia do lar. Na era do avanço dos fast foods, e comidas calóricas, o sobrepeso e a obesidade infantil tem se tornado assunto preocupante em muitos países, especialmente nas áreas urbanas. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, divulgados em dezembro de 2012, 33,5% das crianças entre 5 e 9 anos estão com sobrepeso e 14,3% já são obesas. Segundo Maria Carolina Magalhães, médica responsável pela área de psiquiatria da NEXUS Clínica, a alimentação saudável não pode ser inserida no cotidiano das crianças como uma prática meramente obrigatória. Ela acredita que o hábito de comer deve ser, primeiramente, prazeroso. “As escolas devem adotar, se possível, medidas que incluam a participação dos alunos no processo de alimentação, como por exemplo, a elaboração de hortas, a preparação de algumas receitas, além de aulas de culinárias, gerando nelas o prazer em manter uma rotina alimentar saudável”, explica. A psiquiatra ressalta que, tanto na escola como em casa, a hora do almoço e do jantar devem ser momentos esperados com tranquilidade pela criança, sem qualquer tipo de stress ou chantagem. “Muitos pais às vezes negociam um doce ou chocolate com os filhos, em troca de uma ou duas colheres de salada, e isso está incorreto. A criança precisa perceber e ter a consciência de que os alimentos ricos em nutrientes são essenciais para a saúde. E esse valor deve ser incorporado à vida dela desde os primeiros anos. A educação alimentar é uma via de mão dupla. O papel da escola torna-se nulo se em casa o filho só come frituras, massas e sanduíches”, destaca. Esses momentos turbulentos ocorridos em muitos lares brasileiros todas as vezes que a mesa está posta para o almoço ou jantar podem causar ansiedade na criança, conforme afirma Maria Carolina, levando-a a apresentar quadros de transtornos alimentares muito conhecidos como anorexia e bulimia. “Se a criança começa a mostrar sinais de aversão a determinados pratos, come com muita pressa ou evita se alimentar na presença de outras pessoas, os pais e a escola devem ficar atentos, pois esses são sintomas claros de que algo não está indo bem”. Magalhães ainda acrescenta que a prevenção desses problemas da vida moderna é uma prática que deve se tornar corriqueira no dia a dia, pois o tratamento, em muitos casos é complexo e multidisciplinar, já que abrange o campo de áreas como a psicologia, a nutrição, a psiquiatria e a pediatria.

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