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Eu não sou cachorro não - Um musical brega
Espetáculo que homenageia artistas representantes da música “brega” brasileira estreia em Belo Horizonte e conta com atriz Tania Alves no elenco O espetáculo narra a história de Roberto Rock, compositor e vocalista da banda "The Funeráveis", que está em ascensão no cenário mineiro, mas que vê tudo mudar após uma surpresa do destino. Apropriando-se do formato de superproduções inspiradas em musicais da Broadway, o musical, que foi inspirado no livro homônimo do jornalista e historiador carioca Paulo César de Araújo - obra resultada de uma pesquisa de sete anos sobre a história da chamada música cafona: movimento que aconteceu entre os anos de 1968 e 1978 – apresenta 45 canções clássicas com arranjos modernos e 15 artistas em cena - incluindo atores, cantores e bailarinos. O musical é uma homenagem a artistas como Wando, Waldick Soriano, Vanuza, Lindomar Castilho, Paulo Sérgio, Nelson Ned, Odair José, Benito Di Paula, Agnaldo Timóteo e outros representantes da música "brega" como o cantor Marcio Greyck (que mora em Belo Horizonte), todos marginalizados na história cultural do país. O diretor Fernando Bustamante explica que a ideia para montar o musical surgiu da vontade de sair do comum, pois “quando o assunto é música popular brasileira, diz o historiador Paulo César, a maioria das produções artísticas aborda como tema a bossa nova e o tropicalismo”, comenta. “Apesar de estar no topo do mercado fonográfico nacional nas décadas de 1960 e 1970, a produção musical brega (ou cafona) não recebeu o devido espaço na crítica. Isso pode ser explicado pelo fato de frequentemente os artistas “bregas” serem vistos como coniventes com a ditadura militar. Hoje a música brega conseguiu conquistar o seu lugar em todas as camadas sociais”, completa Bustamante. As músicas O dramaturgo Leo Mendonza afirma que ficou surpreso ao descobrir, lendo a obra do historiador Paulo César, que Odair José e Agnaldo Timóteo colocaram elementos de suas vidas nas canções e, daí, veio a inspiração para escrever o musical. “Mas minha ligação com as músicas do texto tem a ver com admirar as histórias de pessoas comuns que faziam das canções bregas trilha para seus sucessos ou desilusões amorosas”, revela Mendonza. De acordo com o autor do musical, o “brega” é um universo muito rico e as letras são retratos cotidianos repletos de dramaticidade, ao mesmo tempo em que falam de relacionamento de uma forma direta e acessível. A escolha delas para o texto veio a partir do desenho da trama e dos personagens. “Inspirei-me nos filmes de Pedro Almodóvar e nos seus personagens que, por mais que pareçam absurdos, têm conflitos reais e motivações sinceras. Para dar ritmo e modernidade à narrativa tomei por base o seriado GLEE, que trabalha com trechos ou mesclas (mash ups) de músicas. Basicamente, quanto à trama, procurei colocar canções que pudessem substituir o texto ou acrescentar informações relevantes", completa. Além de duas músicas autorais de Hendrigo Del Freitas (ator do espetáculo), o repertório cantado no espetáculo apresenta as seguintes canções: “Fogo e Paixão” (Wando); “Aparências” (Márcio Greyck); “Eu não sou Cachorro não” e “Meu coração está de luto” (Waldick Soriano); “Não Creio em mais nada” e “Eu te amo, Eu te venero” (Paulo Sérgio); “Se as flores pudessem falar” e “Tudo Passará” (Nelson Ned); “Sonhos de Palhaço”, “Oração de um jovem triste” e “Se eu pudesse conversar com Deus” (Antonio Marcos); “Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme”, “Dia do Corno” e “Eu não presto, mas eu te amo” (Reginaldo Rossi); “Sandra Rosa Madalena”, “Se te agarro com outro eu te mato” e “O Meu Sangue Ferve Por Você” (Sidney Magal); “Conga Conga” e “Freak Le Boom Boom” (Gretchen). Tania Alves Tania Alves, além de empresária, tem uma longa história no cinema, na televisão e na música. No cinema, estrelou os premiados “Cabaré Mineiro” e “O Olho Mágico do Amor”, além de “Paraíba, Mulher Macho”, faturando prêmios de melhor atriz em Festivais Internacionais. Na TV participou de muitas produções, como o especial “Morte e Vida Severina” (prêmio Hondas na Espanha e Emmy nos EUA), as minisséries “Lampião e Maria Bonita” (medalha de Ouro nos EUA) e “Amazônia”, além de “Órfãos da Terra” (melhor seriado no Festival de Locarno, Suíça) e várias novelas. No teatro, destaque para musicais como “Ópera do Malandro”, “Viva o Cordão Encarnado” (prêmio de atriz revelação pela APCT) além de peças não musicais como “E daí, Isadora”, direção de Bibi Ferreira, “Os Monólogos da Vagina”, sucesso de Miguel Falabella. Como cantora fez inúmeros shows no Brasil e no exterior. Gravou mais de 20 CDs, como: “Dona de Mim”, “Folias Tropicais e Humana”, “Brasil-Brazil” (gravado nos EUA), “Todos os Forrós” e uma coleção de boleros, como “De Bolero em Bolero” (gravado no México) que gerou o DVD do show homônimo, dirigido por Cláudio Tovar. A produtora Referência em Belo Horizonte e no Estado de Minas Gerais, a Cyntilante Produções, fundada em 2005 com o objetivo de difundir a cultura através do estudo, pesquisa, produção, exposição e montagem de espetáculos musicais, é formada por uma nova geração de artistas dedicados ao teatro musical. Desde a sua criação, o grupo já apresentou premiadas montagens: “A Pequena Sereia”, “A Arca de Vinícius” e “Lampiãozinho e Maria Bonitinha”. Assim, apresenta um trabalho ininterrupto de pesquisa do gênero e está sempre em busca de temas relacionados à cultura brasileira. Ficha técnica Texto: Leo Mendonza | Direção Geral: Fernando Bustamante | Direção Musical e Arranjos Instrumentais: Pedro Durães | Direção Vocal e Arranjos Vocais: Beto Sorolli | Coreografias: Lair Assis | Elenco: Tania Alves, Henrique Moretzsohn, Jai Baptista, Leo Mendonza, Luana Costa, Márcio Miranda, Fernanda Aguilar, Hendrigo Del Freitas, Lindsay Paulino, Theo Valadares, Marcelo Minal, Nilmara Gomes, Douglas Gonzales, Ricardo Sabino, Simone Tomé, Stephanie Menezes | Cenário: Cynthia Dias | Figurinos: Kalluh Araújo | Iluminação: Telma Fernandes | Visagismo: Tiago Colombini | Artista Gráfico: Fabiano Lana
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