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Grupo de Jovem de Dança apresenta seu novo espetáculo, Em Trânsito, composto por quatro peças coreográficas assinadas por nomes de destaque na dança mineira
Em Trânsito terá temporada de estreia em Belo Horizonte e Ibirité, onde fica a sede da companhia de dança. As apresentações serão no Teatro Francisco Nunes e no Teatro Municipal de Ibirité
Formado por oito bailarinos, com idades entre 15 e 22 anos, o Grupo Jovem de Dança da ADAV prepara a estreia de seu primeiro espetáculo, Em Trânsito. As apresentações da temporada de estreia do grupo serão realizadas no Teatro Municipal de Ibirité, com entrada gratuita, nos dias 15 e 16 de outubro, e no Teatro Francisco Nunes, na capital mineira, com ingressos a preços populares, dos dias 21 a 23 de outubro. Em Trânsito dá sequência à proposta social da companhia de dança, única sediada em Ibirité, de viabilização e profissionalização de jovens bailarinos, consolidando o grupo de dança profissional como pioneiro na cidade mineira. “Em 2013 fui convidado por Maria Vírgínia Franco (coordenadora geral da ADAV) para ministrar um workshop de 1 mês para o então Grupo Experimental de Dança da ADAV, formado pelos alunos mais experientes das oficinas de dança do projeto. Não poderia imaginar que este encontro resultaria em uma parceria que já dura 3 anos e que eu me tornaria diretor do primeiro grupo de dança da cidade de Ibirité.”, conta Fernando Barcellos, diretor artístico do Grupo.
Para o processo de desenvolvimento de Em Trânsito, foram convidados 3 experientes bailarinos integrantes de renomadas companhias belo-horizontinas: Caroline Rodrigues, do Ballet Jovem Minas Gerais, Dalton Correia e Ludmilla Ferrara, da Companhia Mário Nascimento, além do diretor Fernando Barcellos, para a criação das quatro peças coreográficas que compõem o espetáculo. Entre março e agosto de 2016, cada coreógrafo trabalhou continuamente com o grupo desenvolvendo suas respectivas peças, durante um intenso processo de ensaios e produção colaborativa. Sobre este processo, Barcellos conta: “A escolha dos coreógrafos não foi aleatória. Todos já haviam trabalhado com o grupo em algum momento de sua história, seja ministrando aulas ou acompanhando nossos processos. A proposta inicial do processo criativo era a de promover uma dinâmica de “trânsito” entre artistas de Ibirité e Belo Horizonte. Acredito que tal estratégia, na mesma medida que fortalece o cenário cultural da cidade de Ibirité, auxilia na descentralização das atividades culturais, bastante concentradas na capital.”
Formado em 2010, o Grupo Jovem de Dança da ADAV (Associação “Milton Campos” para Desenvolvimento e Assistência a Vocações e Bem-Dotados) teve início como um grupo de dança experimental, criado pela bailarina e atual coordenadora geral da ADAV Maria Virgínia Franco. Nestes 6 anos, a “jovem” companhia desenvolveu um currículo de peso, incluindo uma turnê pela Itália com o Botega Dance Company, onde dançaram no concerto de Gianluca Persichetti e Orquestra Italiana de Chorinho na Vila Celimontana em Roma; no Festival Internacional de Dança de Bolzano; no Museo Nazionale Romano; e nos Jardins da Filarmônica de Roma. Diversos nomes da dança brasileira e internacional já trabalharam com o Grupo Jovem de Dança, entre eles Paulo José Buarque (Babreck) (CEFART), Elton de Souza (Cia. de Dança de Diadema), Enzo Celli (Diretor da Botega Dance Company e do Espaço Opificio - Roma, Itália) e Guilherme Morais (ThisIsNot e Meia Ponta Cia. de Dança). Em 2014 e 2015, o Grupo ganhou prêmios de dança contemporânea no Concurso Touteforme, em Belo Horizonte e no Encontro Mineiro de Dança, em Nova Lima.
Atualmente o Grupo é composto por 8 bailarinos e é uma companhia jovem de caráter profissionalizante. A proposta do grupo é aliar a formação e a profissionalização de jovens bailarinos através da criação artística, inserindo-os no mercado de trabalho. Vários bailarinos do Grupo Jovem de Dança ministram aulas regulares na ADAV e em outras escolas de Ibirité, além de participarem de outros grupos e academias de dança da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Em Trânsito conta com o patrocínio do Governo do Estado de Minas Gerais por meio do Fundo Estadual de Cultura.
Sinopse do espetáculo
Em Trânsito é composto por 4 peças coreográficas criadas a partir da reflexão sobre as diversas dinâmicas das relações humanas contemporâneas. Compõem este espetáculo os trabalhos Édipo, de Fernando Barcellos; Consome-te, de Dalton Correia; Vibrencia, de Ludmilla Ferrara; e SE7, de Caroline Rodrigues.
Édipo, de Fernando Barcellos
Livremente inspirado na tragédia grega Édipo, de Sófocles, este trabalho funciona como um espectro imagético do pensamento de Édipo no momento em que ele se cega. Presenças como a da mãe, da esposa, do oráculo, das filhas, do coro e do próprio rei se atravessam compondo um ballet trágico de delírios e alucinações.
Consome-te, de Dalton Correia
“Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.”
Millôr Fernandes
Este trabalho, que tem como cerne questões relativas ao consumismo, reflete sobre a busca por uma vida distraída por bens materiais, essas tantas coisas ditas "essenciais". A criação de um monstro que assombra gerações e que pode nos levar para um final de lixo e destruição. Você quer? Ou você precisa? Pequenas atitudes podem mudar nosso futuro.
Vibrencia, de Ludmilla Ferrara
Frequência (grandeza física): número de ocorrências de um evento em um determinado intervalo de tempo.
Utilizando-se de uma atmosfera superior, um espaço astral, o trabalho traz a ideia de que cada um tem sua freqüência única, como uma identidade. Ao longo da vida, vamos gravando novas informações em nossos corpos e isto ocorre num ciclo infinito. A influência nunca acaba e, após incontáveis trocas, permanecemos com nossa frequência intrínseca, porém modificada.
SE7, de Caroline Rodrigues
Sete. Entre ser e se, permeamos. Abdicando o linear, tivemos nos ciclos estruturas que não precisam ser horizontais para serem diretas. Não há no trabalho ambições conclusivas, por isso falamos dele em frases soltas. É tratar da Antroposofia como algo além da condição cíclica da vida, que enxerga no círculo a energia massiva.
Sobre os coreógrafos
Fernando Barcellos
Fernando Barcellos é um artista do teatro e da dança. É mestre em artes pela UFMG (2013), ator e bailarino com experiência em dança clássica, jazz e dança contemporânea. Tem trabalhado com grupos teatrais de relevância no cenário nacional, tais como o Grupo Oficcina Multimédia, sob a direção de Ione de Medeiros (2009 a 2010); a Maldita Cia. de Investigação de Teatral (Belo Horizonte Brasil) (2013 a 2015) e o Club Noir (São Paulo SP) (2015), sob a direção de Roberto Alvim. Na área da dança, atuou como bailarino e assistente de ensaios do Grupo de Dança Paola Marques (Belo Horizonte MG) e atualmente é diretor artístico do Grupo Jovem de Dança da ADAV, em Ibirité MG. É professor de dança do Programa Valores de Minas do Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias de Minas Gerais (CICALT) e de dramaturgias do corpo no Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (CEFART). Conquistou prêmios em concursos regionais e nacionais de dança.
Caroline Rodrigues
Tem formação em Ballet Clássico, Jazz e Contemporâneo e ministra aulas das modalidades há mais de 5 anos, possuindo coreografias premiadas em concursos. Fez parte do Grupo Experimental de Dança do Corpo Cidadão e do Grupo Avançado Ballet Cristina Helena/SesiMinas. Atualmente faz parte do Ballet Jovem Minas Gerais, e cursa Licenciatura em Dança na Universidade Federal de Minas Gerais. Como bailarina dançou em obras de Oscar Araiz, Tindaro Silvano, Rodrigo Pederneiras, Adrian Lutejin, Alessandro Pereira, entre outros.
Dalton Correia
Bailarino formado pela Fundação Clóvis Salgado/CEFAR - Palácio das Artes no ano de 2013, foi integrante do projeto Dança Jovem, coordenado por Fábio Dornas do Coletivo Movasse (2013), bailarino do Ballet Jovem Palácio das Artes (2014 e 2015) e atualmente é bailarino da Companhia de Dança Mário Nascimento. É professor na franquia da Escola de Esportes do Minas Tênis Clube desde 2014.
Ludmilla Ferrara
Estudou ballet clássico na Escola de Esportes “Esporte e Movimento”; jazz e ballet clássico na Escola “Núcleo Artístico Floresta”; aulas de canto, dança e teatro no C.A.M.A (Centro de Atividades Musicais e Artísticas) e ingressou no Ballet Jovem Palácio das Artes em 2012, onde permaneceu até 2015. Atualmente é bailarina da Cia. Mário Nascimento.
Foto: Marco Aurélio
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