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Selecionado pelo Programa Natura Musical, em 2012, o Coletivo Ponto Br reúne em seu show, “Na Eira”, cirandas, maracatus, bumba bois, rojões e batuques. Essa proposta musical pioneira e de valorização da cultura nacional, já passou por diversas cidades do país e, agora, será a vez de Belo Horizonte receber esses mestres da cultura brasileira. A apresentação acontecerá no dia 19 de outubro, às 21 horas, no Teatro Bradesco. Além do show, os músicos do grupo também ministrarão oficinas na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no dia 21 de outubro. De 10 às 12 horas, Caixa do Divino, com a mestra Zezé Menezes; e de 14h30 às 17h30, Maracatu, com o mestre Walter França. O show “Na Eira” é fruto da imersão do Coletivo Ponto Br em ensaios e encontros registrados ao vivo, que resultaram em CD homônimo. Depois de uma longa convivência com as comunidades e mestres, guardiões dessa cultura, originaram-se documentários dessas manifestações. O repertório composto de cocos, cirandas, carimbós, bumba bois e tambor de mina, entre outros gêneros, explora a possibilidade desses diálogos com o uso de bases pré-gravadas e recursos cênicos de dança. “Muitos desses ritmos estão no inconsciente coletivo, ecoam na música urbana, o projeto oferece uma real oportunidade para a população de grandes centros ter contato vivo e direto com esses mestres e suas manifestações”, afirma Renata Amaral, coordenadora do projeto. “O Natura Musical reconheceu no Coletivo Ponto BR uma oportunidade para difundir a música de raiz brasileira que tem origem na tradição da cultura popular, mas que influencia toda a produção contemporânea”, afirma Karen Cavalcanti, gerente de Marketing Institucional da Natura. O grupo é formado por alguns dos principais mestres da cultura popular tradicional em diálogo com músicos contemporâneos radicados em São Paulo, mas de várias partes do país. Participam do coletivo o Mestre Humberto de Maracanã, do Bumba Boi de Maracanã, do Maranhão; o Mestre Walter França, do Maracatu Estrela Brilhante, do Recife; e a Mestra Zezé Menezes, caixeira do Divino, da Casa Fanti-Ashanti, também do Maranhão. Já os radicados em São Paulo são o pernambucano Eder “O” Rocha, a paulistana Renata Amaral, o suíço Thomas Rohrer e o maranhense Henrique Menezes. Todos eles, além de pesquisadores da cultura popular, são atuantes na cena contemporânea, por meio de trabalhos com os grupos A Barca, Mestre Ambrósio, Nação Zumbi, e artistas como Zeca Baleiro, Ivaldo Bertazzo e Zélia Duncan, entre outros.