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A Orquestra de Câmara SESIMINAS dá sequência à sua temporada de concertos de 2014 pelas mãos de um jovem, mas experiente, regente. O Maestro convidado Felipe Magalhães, recém-chegado da França onde concluiu seus estudos de pós-graduação em regência, conduz o concerto, realizado no dia 8 de outubro, às 20h30, no Teatro SESIMINAS, conta com a participação da flautista Cássia Lima e do oboísta Alexandre Barros.  No programa, Divertimento em Fá maior, de Mozart,Prelúdio da Bachianas nº 4 , de Heitor Villa-Lobos, Concerto nº 2 para Flauta, Oboé e orquestra, de Vivaldi, Roda de Amigos, deGuerra-Peixe, e Sinfonietta, de Roussel. 

 

O Maestro Felipe Magalhães

Nascido em 1979, na cidade de Belo Horizonte, Felipe Magalhães é regente e professor de música. Sob influência de seu pai, o músico Max Magalhães, iniciou seus estudos de piano aos 9 anos de idade na Fundação de Educação Artística, onde estudou também percepção musical e contraponto com o professor Rubner de Abreu. Além da música, teve desde cedo uma relação próxima com as artes cênicas, trabalhando como ator e cantor em diversos espetáculos musicais. A partir de 2003, Felipe Magalhães decidiu consagrar sua vida inteiramente à música, ingressando no curso superior de regência da UFMG. Lá estudou regência coral com Iara Fricke Matte e orquestral com Silvio Viegas e Charles Roussin. Realizou diversos concertos à frente da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. Obteve seu bacharelado em regência em 2008, dirigindo a Ópera Così Fan Tutte, de Mozart.

 

Em 2009 mudou-se para França para seguir seus estudos de regência orquestral na École Normale de Musique de Paris (ENMP), sob direção de Dominique Rouits e Julien Masmondet. Devido ao bom desempenho em seus estudos, foi agraciado em 2010 com a bolsa de estudos da Fundation Internationale Nadia et Lili Boulanger. Obteve em 2011 o “Diplôme Supérieur de Direction d’Orchestre” da ENMP. Ainda em 2011, ingressou no mestrado em musicologia da Université Paris IV (Sorbonne), dedicando-se intensamente ao estudo da obra da compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos. Obteve o título de mestre em musicologia em 2013, com a menção “très bien”. Desde o início de suas atividades como regente, Felipe Magalhães se consagra também à regência coral.

 

Repertório

A Orquestra de Câmara Sesiminas dá início ao concerto com Divertimento em fá maior de Mozart. Composta em três movimentos, a obra foi escrita em 1772 quando o autor contava com apenas dezesseis anos. Em seguida a Orquestra toca o Prelúdio da Bachianas nº 4 de Heitor Villa-Lobos. Trata-se de uma das mais conhecidas obras do compositor carioca. Concebida inicialmente em 1930 para piano solo, ela ganharia anos mais tarde (1942) preciosa orquestração feita pelo próprio autor.  

 

Encerrando a primeira parte, o público ouvirá o Concerto nº 2 para Flauta, Oboé e orquestra de Antônio Vivaldi. Os solistas convidados são renomes do cenário musical mineiro: a flautista Cássia Lima e o oboísta Alexandre Barros, ambos primeiros instrumentistas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

 

A segunda parte do programa homenageia o compositor fluminense César Guerra-Peixe pelo transcurso do seu centenário de nascimento. A orquestra interpreta Roda de Amigos, peça bem humorada que busca retratar com curiosa orquestração o perfil de alguns de seus amigos. Disposta em quatro movimentos, a peça tem o rabugento, o teimoso, o melancólico e o travesso.

 

Finalizando o repertório, a Orquestra executa uma obra que será tocada pela primeira vez no palco do Teatro SESIMINAS: aSinfonietta de Albert Roussel. Disposta em três movimentos, a obra exige da orquestra elevado patamar técnico de entrosamento e afinação. O compositor, falecido em 1937, embora pouco conhecido, é um dos mais expressivos do cenário francês do período entre guerras.

 

Sobre a Orquestra de Câmara Sesiminas

Criada em Belo Horizonte, em 1986, pelo então presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Nansen Araujo, a Orquestra de Câmara Sesiminas, sob a regência do Maestro Marco Antônio Maia Drumond, caracteriza-se, principalmente, pelos concertos de cunho didático, com a finalidade maior de levar, ao industriário – seu público-alvo –, o repertório camerístico de boa qualidade.

 

Ao longo de sua existência, a Orquestra tem ampliado seu espaço musical, ao atuar na área da música popular e erudita brasileira, executando Tom Jobim, Pixinguinha, Villa-Lobos, Cláudio Santoro, entre outros. Com o objetivo de trabalhar para a formação de um público atuante e participativo, fortalecendo e elevando o padrão cultural da população, realiza várias apresentações em galpões, pátios de empresas, escolas e canteiros de obras, tornando a cultura musical acessível a todos os segmentos da sociedade.

 

A Orquestra também faz apresentações nas principais salas de concertos e teatros de Minas Gerais, entre elas, o Palácio das Artes, Teatro Sesiminas (sua sede), Teatro Pró-Música e Cine Teatro Central de Juiz de Fora, Teatro Municipal de Ouro Preto e Teatro Sesiminas de Mariana. Fora do estado, apresentou-se no Festival de Inverno de Campos (RJ) e em Natal (RN).

 

Outro destaque é a excelência de suas apresentações, com a participação de solistas internacionais convidados, dentre os quais, destacam-se os violinistas Paulo Bosísio, Cláudio Cruz, Maiuccia Iacovino, Leopold LaFosse e Vadim Brodsky, o pianista Nelson Freire, o duo Assad, o violoncelista Antônio Menezes, o violista Horácio Schaffer e o regente polonês Jaroslaw Lipke. Em 2013, a Orquestra realizou turnê com o pianista Arthur Moreira Lima por 10 cidades mineiras, além de apresentações com a banda Jota Quest e Skank, por ocasião das comemorações dos 80 anos da Fiemg.

 

A Orquestra de Câmara Sesiminas tem se firmado como conjunto de alta qualidade artística, com uma média de 40 concertos anuais.