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Documentos que deram origem a BH são Patrimônio da Humanidade
Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital é selecionado pela Unesco para integrar o Programa Memória do Mundo, que reúne os principais documentos da história mundial
Os documentos que integram o Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital, que deram origem à cidade de Belo Horizonte, foram selecionados pela Unesco para integrarem o Programa Memória do Mundo (Memory of the World-MOW). A coleção está sob poder da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, guardada e preservada no Arquivo Público da Cidade e no Museu Histórico Abílio Barreto, além de parte no Arquivo Público Mineiro.
O Programa Memória do Mundo da Unesco tem a finalidade de identificar os mais importantes documentos de registro da história mundial. Com o reconhecimento, eles passam a ter valor de patrimônio documental da humanidade, ganhando assim reconhecimento internacional.
“Ao obtermos o título de patrimônio documental do mundo pela UNESCO, esse vasto e rico acervo documental da Comissão Construtora ganha outra dimensão, colocando Belo Horizonte na vanguarda da preservação da memória. O reconhecimento propiciará um conhecimento mais profundo e amplo sobre as particularidades da cidade positivista que aqui nasceu, se desenvolvendo rapidamente, mas que preserva sua memória e agora de forma mais ampla: para a humanidade”, comemora o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira.
O Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC) constitui o conjunto de documentos textuais, cartográficos e iconográficos gerados a partir das atividades técnicas e das rotinas administrativas da comissão responsável pela concepção, planejamento e construção da capital de Minas Gerais. O acervo data de 1890 até 1903. “Além da importância para a história de Minas Gerais e do Brasil, os documentos apresentam interesse para a história da ciência, pela adaptação de técnicas de planejamento e construção; para a história da arquitetura e paisagismo, devido ao seu projeto urbanístico e paisagístico, e para a história da própria República brasileira, sobretudo no que se refere ao seu projeto simbólico e civilizacional de preceitos higienistas e racionalistas”, destaca o diretor do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, Yuri Mesquita.
A relevância do Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital, de natureza arquivística para a história, cultura e sociedade brasileira, já tinha sido atestada em 2015, quando foi registrada como Patrimônio municipal pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. “A Fundação Municipal de Cultura tem em sua política de salvaguarda do patrimônio cultural de Belo Horizonte a vertente de internacionalização de seus acervos, sejam eles materiais ou imateriais. Nesse sentido, foram iniciados dois processos de candidatura a Patrimônio Mundial pela UNESCO, o primeiro é o Conjunto Moderno da Pampulha, em pleno desenvolvimento, e o segundo, o acervo da comissão construtora da Nova capital”, completa Leônidas Oliveira.
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