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Na véspera do Dia das Crianças, Coral Infantojuvenil e Orquestra de Câmara Sesiminas se apresentam no parque municipal

Em apresentação gratuita, orquestra e grupo jovem interpretam programa que combina composições clássicas e populares.

Crianças e adolescentes do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, com idade entre 8 e 16 anos, se encontram com os experientes músicos da Orquestra de Câmara Sesiminas, cuja a faixa etária de seus integrantes é de 40 anos, para sua segunda apresentação da Série Concertos no Parque que vai do clássico ao popular. Na apresentação, aproximadamente 70 músicos vão passar pelo palco. Dividido em três momentos, o concerto traz nomes como Mozart, Wagner, Guerra-Peixe, Tchaikovsky, Skank e os Beatles, sob regência do maestro da Orquestra de Câmara Sesiminas, Marco Antônio Drummond, e da maestrina do Coral Infantojuvenil, Lara Tanaka. 

 

Em um primeiro momento, sob regência de Marco Antônio Drummond, a Orquestra de Câmara Sesiminas interpreta um repertório variado. Com 18 músicos, a orquestra de Câmara se difere das demais orquestras por ter um número menor de músicos e instrumentos. Seu nome faz referência às câmaras palaciais, os locais em que esses grupos incialmente se apresentavam. 

 

No sábado, dia 11, o primeiro movimento da Pequena Serenata, de Mozart, abre a apresentação, seguida por Intermezzo, da Cavalleria Rusticana, do Italiano Pietro Mascagni. O concerto segue com Schon Rozmarin, do australiano Fritz Kreisler e Valsa da Serenata, do polonês André Tchaikowsky. 

 

A composição brasileira também ganha destaque neste primeiro momento, em um passeio por Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Cesar Guerra-Peixe é lembrando com a execução das composiçõesPetrópolis da Minha Infância, A Baronesa sobe a Serra, Crianças na Praça da Liberdade e Os índios do Mourin.

 

Em seguida, a Orquestra de Câmara Sesiminas interpreta a obra Tico-tico no Fubá, do paulista Zequinha de Abreu, e termina com a execução de dois sucessos da banda mineira Skank: Dois Rios e Vou deixar.

 

O maestro Marco Antônio Drummond destaca a singularidade das apresentações na Série Concertos no Parque. “A apresentação no Parque Municipal é única, pois reúne um público muito diversificado, pessoas com diversas formações culturais. Por isso, pensamos em um programa que agrade o máximo de pessoas”. 

 

Folclore e clássicos – Para a segunda parte do concerto, o Coral Infantojuvenil apresenta 4 canções sobre a regência de Lara Tanaka e arranjos de Frederico Natalino. Uirapuru, de Waldermar Henrique, é a composição que abre a segunda parte do concerto e retrata a lenda indígena da criação do pássaro homônimo. Na mesma linha de músicas folclóricas, o Coral Infantojuvenil interpreta Hava Nagila, obra que integra o folclore Israelense e é uma das músicas mais famosas do mundo. 

 

A composição Dance, Sing, Clap Your Hands, de Douglas Wagner, também será executada pelo grupo da FCS que encerra a apresentação com a composição Edmundo, de Aloysio de Oliveira. Essa canção é uma adaptação da composição In the Mood, do americano Glenn Miller. A obra conta as trapalhadas do seu protagonista e atingiu sucesso mundial ao ser interpretada por Carmen Miranda e, posteriormente, Elza Soares.  

 

Para a maestrina Lara Tanaka, essa diversidade de repertório do Coral Infantojuvenil demostra a capacidade desde jovem grupo. “Esses meninos são muito privilegiados, pois se apresentam com grupos muito importantes do estado, como a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e, agora, pela primeira vez, com a Orquestra de Câmara Sesiminas. Essas apresentações exigem repertórios diversificados que vão da música erudita à música popular. É uma responsabilidade grande, mas também um privilegio, que alguns artistas nunca chegam a ter e outros só têm depois de formados”, conclui. 

 

Música Brasileira e os Beatles – A terceira parte do espetáculo reúne no palco a Orquestra de Câmara Sesiminas e o Coral Infantojuvenil, sob a regência de Lara Tanaka, para a interpretação de canções brasileiras e britânicas com o arranjos do pianista e arranjador Fred Natalino. 

 

A primeira canção interpretada é Desenredo. Composta por Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro e conta a história de amor de Jó Joaquim. A história faz parte de um conto integrante de Tutaméia – Terceiras Estórias, de João Guimarães Rosa. O concerto segue com a interpretação de Estrela e Benke, de Milton Nascimento e Vitor Ramil, e Cajuína, de Caetano Veloso. 

 

Para encerrar o espetáculo, o Coral Infantojuvenil e Orquestra de Câmara Sesiminas interpretam duas canções dos Beatles, ainda do início da carreira do quarteto: Michelle e Help, de John Lennon e Paul McCartney.

 

LARA TANAKA

Natural de Belo Horizonte, Lara Tanaka é Regente Titular do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes e Regente Assistente do Coral Lírico de Minas Gerais. Concluiu, em 1993, os estudos de piano pelo Conservatório de Música de Minas Gerais. Em 2001 graduou-se bacharel em Regência pela Escola de Música da UFMG. Participou de aulas e masterclasses com Sérgio Magnani, Roberto Tibiriçá, Cláudio Ribeiro, Per Brevig (Estados Unidos), Mogens Dahl (Dinamarca) e Nelson Niremberg (Estados Unidos). Em 2000 regeu a ópera Le Nozze de Fígaro, de W.A.Mozart, com a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2001 ministrou aulas de Regência no 33 Festival de Inverno da UFMG e dirigiu a oficina de Coral Infantil no Festival Nacional de Música de Câmara na Paraíba. Em 2003 gravou com o Coral Infantojuvenil Palácio das Artes e o Grupo de Percussão da UFMG o CD Villa-Lobos e os brinquedos de roda, classificado como finalista no Prêmio TIM de Música – 2004 na categoria CD Infantil. Lara Tanaka também tem atuado como cravista continuísta em festivais de música antiga, como a Oficina de Música Antiga de Curitiba e a Semana de Música Antiga da UFMG, bem com as orquestras da Musicoop e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

 

CORAL INFANTOJUVENIL PALÁCIO DAS ARTES – Criado na década de 1980, o Coral Infantojuvenil Palácio das Artes da Fundação Clóvis Salgado foi estruturado com a proposta de propiciar condições para a profissionalização dos jovens artistas, investindo no apuro técnico, na experimentação e na sua valorização e divulgação junto ao público. O Coral Infantojuvenil desenvolve um trabalho de divulgação da arte do canto coral, apresentando obras de diversas fases da história da música vocal, em vários idiomas e estilos. Formado por 49 jovens cantores, com faixa etária entre 8 e 16 anos, o grupo exerce um importante papel para a descoberta de novos talentos. Vários cantores que iniciaram sua trajetória musical no Coral Infantojuvenil integram, atualmente, o Coral Lírico de Minas Gerais e outros grupos profissionais do Brasil e do exterior. O grupo participa de montagens com a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais nas temporadas de ópera da Fundação Clóvis Salgado e outras apresentações eruditas.

 

MARCO ANTÔNIO MAIA DRUMOND – Mineiro de Belo Horizonte, Marco Antônio Maia Drumond é graduado Regência pela Escola de Música da UFMG e pós-graduado em regência sinfônica e operística, na Academia de Música “Frederyk Chopin”, em Varsóvia, na Polônia. Em 1986, a convite do então Diretor Regional do Sesiminas, Dr. Nansen Araújo, funda a Orquestra de Câmara da instituição, tornando-se também o seu primeiro regente titular. Assume também a direção artística do Madrigal Renascentista, onde realizou importantes projetos, como a gravação do CD com a “Missa de São Sebastião” de H. Villa-Lobos e a turnê à Europa em 2000. Em 1989, funda a Escola de Formação de Instrumentistas de Cordas do SESIMINAS (EFIC) e, a partir de 1995, torna-se também o regente de sua Orquestra Jovem. Em 2007, funda o “Inhotim Encanto”, coral infantil do Inhotim. E, em 2012 assume a coordenação da Escola de Cordas do Instituto Cultural Inhotim, que atende a cerca de 90 jovens de Brumadinho e adjacências.


 
ORQUESTRA DE CÂMARA SESIMINAS – Criada em Belo Horizonte, em 1986, pelo então presidente da FIEMG, Dr. Nansen Araújo, a Orquestra de Câmara Sesiminas, sob a regência do fundador e titular Maestro Marco Antônio Maia Drumond, caracteriza-se principalmente pelos concertos de cunho didático com a finalidade maior de levar ao industriário, seu público alvo, o repertório camerístico de boa qualidade. Desde sua criação, a Orquestra tem ampliado seu repertório, com a execução de obras populares e eruditas. A Orquestra realiza várias apresentações em galpões, pátios de empresas, escolas e canteiros de obras, garantindo mais acesso à cultura. Realiza diversas apresentações nos mais importantes espaços culturais de Minas Gerais, como o Palácio das Artes, Teatro Sesiminas, Teatro Municipal de Ouro Preto. Fora do estado, se apresentou no Festival de Inverno de Campos (RJ) e em Natal (RN). Constantemente, convida artistas internacionais para as apresentações, dentre os quais destacam-se os violinistas Paulo Bosísio, Cláudio Cruz, Maiuccia Iacovino, Leopold LaFosse e Vadim Brodsky, o pianista Nelson Freire, o duo Assad, o violoncelista Antônio Menezes, o violista Horácio Schaffer e o regente polonês Jaroslaw Lipke. Em 1998, teve seu desempenho elogiado pelos diretores musicais da tradicional Orquestra de Câmara “I Musici”.

 

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