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Sempre ácido, crítico e incompreendido, o quarteto Maurinho e os Mauditos oferece ao público um reencontro com a poesia dos enfants terribles da música brasileira em versões rock, com uma pegada venenosa. A banda será atração da sétima edição do Claro Rock e dividirá o palco do Jack Rock Bar com o renomado baixista Rodrigo Santos do Barão Vermelho. O inusitado encontro está marcado para o dia 23 (quinta-feira), a partir das 21h.

 

Juntos há quatro anos, o quarteto Maurinho e os Mauditos tem se destacado na cena do rock belo-horizontino pelas releituras pessoais de canções de MPB. Os pilares do projeto estão baseados em dar nova roupagem às músicas de grandes nomes como Sergio Sampaio, Walter Franco, Tom Zé, Arnaldo Baptista e até Belchior. Além disso, a banda também possui algumas composições próprias que seguem a mesma linha dessas “canções malditas”, como eles intitulam. Algumas delas estarão presentes no primeiro álbum do quarteto, que será lançado em 2015.

 

O convidado, baixista consagrado da banda Barão Vermelho, iniciou carreira solo em 2007, após recesso do grupo. Nesse período, Santos gravou três CD´s e um DVD, além de realizar  1,3 mil shows, incluindo as elogiadas apresentações nos Rock in Rio´s 2011 e 2013 (Palco Rock Street), onde fez, segundo os organizadores, um dos melhores shows do festival. 

 

Assim como o Claro Rock, Rodrigo Santos também acredita e investe em bandas independentes. Tanto que, em 2009, seu segundo CD, "O Diário do Homem Invisível", foi gravado com a participação de sete bandas da cena independente.

 

AS DIVERSAS CARAS DO ROCK EM UM SÓ PROJETO

O Claro Rock tem como proposta mostrar que a cena do rock em Belo Horizonte vai além do cover. Visa a evidenciar as bandas autorais, a partir de encontros inéditos, para a formação de público. O evento já reuniu uma banda que toca sem guitarrista, a The Hells Kitchen Project, a um dos maiores guitarristas do Brasil, Kiko Zambianchi. Já teve o grupo Tianastácia, queridinho do pop belo-horizontino, dividindo o palco com a referência do rock nacional dos anos 80, Nasi, vocalista da banda Ira!.

 

Para Gigi Favacho, coordenadora cultural e curadora do Claro Rock, a diversidade do projeto garante boas surpresas para o público. “Cada um dos shows teve um perfil bem diferente do outro e isso irá se repetir nos próximos eventos. A diversidade das bandas selecionadas e dos convidados resulta em uma química imperdível”, afirma.

 

Até novembro, o projeto Claro Rock vai promover 12 encontros inéditos, sempre com a participação de uma banda mineira autoral e um convidado do cenário nacional. As apresentações vão ocorrer em casas conhecidas como Jack Rock Bar, Lord Pub, Circus Rock Bar, Studio Bar e CCCP.

 

MAURINHO E OS MAUDITOS  

Maurinho, idealizador do projeto, é muito conhecido por seus vocais da banda Tianastácia e, juntamente com os Mauditos Fernando Murcego (bateria), Vinicius “Cavalo Doido” (baixo) e Lucas França (guitarra), comanda a iniciativa navilouca.

 

No repertório chamam atenção as versões de “Sujeito de sorte”, de Belchior, com um arranjo áspero à altura de sua força, porém com mais recheio e mais colorido que o original. Completam o pacote os vocais rascantes –  totalmente de acordo com o espírito maldito do projeto - e o violão vigoroso de Maurinho. Outro destaque é “Todo Mundo Está Feliz Aqui na Terra”, composição em parceria de Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Edy Star, do álbum da Sociedade da Grã-Ordem Kavernista de 1973.

 

RODRIGO SANTOS

Rodrigo Santos tem sua história atrelada a do rock nacional. Afinal, há 20 anos o baixista é um dos grandes destaques da cena musical brasileira. Nas décadas de 80 e 90, além do Barão Vermelho, também tocou com Lobão, Kid Abelha e Blitz. Participou dos Rock in Rios 1991 e 2001 e esteve em três edições do Hollywood Rock: em 1990 (com Lobão), 1994 (com Midnight Blues Band) e 1995 (com Barão).

 

Desde 2007, Santos segue carreira solo em paralelo aos compromissos do Barão Vermelho. Lançou três CD´s e um DVD nesse período.  O primeiro CD solo, "Um Pouco Mais de Calma", saiu em 2007 pela Som Livre e foi tema de personagens na novela "Os 7 Pecados", da Rede Globo. Em 2009, Rodrigo lançou "O Diário do Homem Invisível", e emplacou a música gravada junto com Cidade Negra, "Não Vá", nas rádios. O CD contou ainda com participações de Ney Matogrosso. Em 2010, depois de dois discos autorais, o artista optou por um CD de regravações (como intérprete). Intitulado "Waiting On A Friend", o disco produzido por Santos, é todo cantado em inglês, com musicas de variados compositores, abrindo o leque de Caetano Veloso a Rolling Stones. Ainda em 2010 Rodrigo Santos gravou o seu primeiro DVD da carreira solo: " Ao Vivo Em Ipanema". O DVD contem participações de Leo Jaime, Evandro Mesquita, Pepeu Gomes, Frejat, Ney Matogrosso, Isabella Taviani, Leoni, Milton Guedes e João Penca & Miquinhos Amestrados. O tecladista do Guns´n Roses Cris Pittman, participa do projeto nos extras.

 

Como se não bastasse os prêmios conquistados pelo Barão Vermelho, ao longo de sua carreira solo, o artista foi indicado na imprensa como dos melhores de 2009 e seu o disco, "O Diário do Homem Invisível", premiado pela Revista Fotografe Melhor como das três melhores capas do ano.

 

SOBRE O CLARO ROCK

Claro Rock tem o patrocínio da Claro por meio da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. A realização é assinada pela Do Brasil Projetos e Eventos, com produção e gestão cultural conjunta entre a Do Brasil, Cuia Cultural e Altiplano. O Claro Rock integra a plataforma cultural #ClaroExperiências, que prevê uma série de eventos patrocinados pela operadora em Minas Gerais, durante 2014.

 

Responsável pelo texto: Bárbara Mazoni

 

Sugestão de fontes:

  - Patrícia Tavares, Coordenação Geral e curadora do Claro Rock

- Gigi Favacho, Coordenação Cultural e curadora do Claro Rock

- Edinéia Santos, Gerente de Marketing da Claro