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A exposição “ALA - Pelos Parques da Cidade”, do coletivo Arte Livre Ambulante (ALA), que é conhecido por intervenções artísticas urbanas, ocupa o Parque Municipal Américo Renné Giannetti (av. Afonso Pena, 1.370, Centro), na capital mineira, com uma mostra de reflexão ambiental. Até 20 de outubro, das 9h às 17h, o público poderá contemplar obras que mesclam registros fotográficos e matérias naturais, frutos das intervenções realizadas em cinco parques de BH. A entrada é gratuita.

Fundado por quatro amigos da Escola de Belas Artes da UFMG — Antônio Salgado, Saulo Pico, Pierre Fonseca e Dri Sant’ana —, o ALA nasceu da vontade de levar arte contemporânea para espaços públicos. “Nosso desejo sempre foi usar a cidade como palco e envolver as pessoas em experiências poéticas e democráticas", explica Antônio Salgado. Desde 2017, o coletivo vem explorando intervenções efêmeras com a bike-ateliê, um “carrinho” que se transforma em ateliê ambulante, onde o público pode criar suas próprias obras.

“A cada projeto do ALA vivemos uma experiência única de interação com o público e os espaços. Nesta edição, o ponto de maior potência para nós é a relação com essas áreas verdes em meio a cidade, os parques municipais. O trabalho do ALA nasce e se recria a partir do retorno e da interação do público, e nesta edição, podemos ouvir vários relatos de que olhamos para os detalhes dos parques e ressignificados materiais e elementos que muitas vezes são banalizados pelas pessoas”, completa.

A exposição no Parque Municipal é uma síntese do projeto realizado nos parques Ecológico da Pampulha, Lagoa do Nado, Jacques Cousteau, Guilherme Lage e Burle Marx. E, como explica o artista, a proposta é criar uma conexão afetiva e sensorial com o ambiente natural. “O tema é urgente e é preciso que a conscientização ambiental não dependa apenas da informação, mas também da sensibilização, da construção de uma memória afetiva e da identificação do meio ambiente como um todo, sendo que somos parte dele”, explica.

Além de uma forte mensagem de conscientização ambiental, a exposição também garante acessibilidade, com placas em braile para pessoas cegas e monitores para guiar os visitantes por todo o espaço da mostra.  “As ações do ALA são sempre efêmeras e poéticas, com o intuito de gerar uma reflexão sobre meio ambiente, memória coletiva e afetiva, relacionadas ao local da intervenção e a sua história”, revela Antônio.

EXPOSIÇÃO ALA - PELOS PARQUES DA CIDADE
Até 20/10, das 9h às 17h
Local: Parque Municipal Renné Giannetti (av. Afonso Pena, 1.377, Centro) - BH
Entrada gratuita
Mais informações: @ala_artelivreambulante

COLETIVO ARTE LIVRE AMBULANTE

Fundado em 2017, o Arte Livre Ambulante (ALA) surgiu com a proposta de democratizar o acesso à arte contemporânea, levando intervenções para espaços públicos. Desde as primeiras ações, nas ruas de BH, até a consagração com a aprovação em editais culturais, o grupo tem se destacado por promover arte interativa e efêmera, com forte caráter reflexivo.

Com sede na região de Venda Nova, o coletivo une linguagens diversas, como fotografia, artes gráficas, arte urbana e audiovisual para transformar ruas, praças e parques em verdadeiras galerias a céu aberto. Um dos diferenciais do ALA é a bike-ateliê, um carrinho acoplado a uma bicicleta que se abre e se transforma em um ateliê itinerante, permitindo que o público participe ativamente das criações artísticas.

Além das intervenções em BH, o ALA já marcou presença em Fortaleza e Rio de Janeiro, com participações em eventos como o Festival de Inverno do SESC e o Arte Praia 2023.

Foto: ARQUIVO COLETIVO ALA/DIVULGAÇÃO