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Sônia Mota comemora cinquenta anos de carreira no 50 1, 2 na Dança
Comecei a dançar com oito anos e sigo dançando com 65. No Brasil meus dois primeiros contratos foram em 1963: na TV REcord Canal 7 e na Sociedade Balé de São Paulo. De 1968 à 1988 trabalhei como bailarina do Balé da Cidade de São Paulo e de 1976 à 1988 como coreógrafa e professora na cena independente de dança. Foi com a Arte da Presença em 1976 que iniciei o movimento da busca da dança contemporânea dessa época. (ver entre outros.: Navas, Cassia/Dias, Lineu, Dança Moderna, P. 142 até P. 147, Editora SMC 1992). Em 1989 fui convidada por Jamers Saunders para dar aulas e dirigir o departamento de dança do seu “Tanzprojekte Köln“ em Colônia, na Alemanha. Devido ao grande interesse nas aulas da Arte da Presença, meu contrato foi se renovando a cada ano e acabei fixando residência nessa cidade. Por causa da morte súbita o diretor do “Tanzprojekte Köln“ esse espaço foi fechado e eu segui trabalhando como professora convidada em diversas companhias profissionais e estudios de dança da Alemanha. Dessa maneira tive a chance de ampliar internacionalmente meu método de ensino “Arte da Presença“, que nasceu em 1976 no Brasil. De 2000 a 2005 me dediquei também ao ensino desse método para pessoas que buscam um meio de autoreconhecimento e auto realização. Em 2004 decidi voltar ao palco e criei o solo VI-VIDAS que passou a ser a primeira parte de uma trilogia que fala do papel da mulher na sociedade contemporânea a qual denominei VIQuaaTris. Depois da estréia em Colônia, apresentei este solo em 2005 também em Bonn, Düsseldorf e Dresden e em 2006 numa turnê por diversas cidades brasileiras. Em 2005 VI-VIDAS foi indicado pelo Premio de Dança e Teatro da cidade de Colônia como um dos cinco melhores espetáculos do ano, em 2006 ganhou o terceiro lugar na seleção da Folha de São Paulo e foi contemplado em 2008, com o Premio Bravo! Prime Cultura como melhor coreografia. Também neste ano estreei QuaaDriDuuo, a segunda parte da trilogia, apresentando na Alemanha e no Brasil. Em 2009 iniciei a pesquisa e da criação de Tristesa & Josefine que encerrará a trilogia, mas em 2009 os ventos começaram a soprar para outros rumos... Recebi o convite da direção do Teatro Mars de São Paulo para ativar a sua programção de dança. Cristina Machado, diretora da Cia de Dança do Palácio das Artes de Belo Horizonte, me chamou para dirigir um projeto de pesquisa e montagem para sua Cia. Estreamos 22 Segredos em novembro deste mesmo ano. Este convite despertou em mim a vontade de voltar a criar no meu país. Vontade de levar para o palco o que essas duas culturas tem para dialogar, complementar e enriquecer uma à outra e de criar uma ponte entre a dança contemporânea alemã e brasileira, começando pelas cidades de São Paulo, Colônia e Bonn e para tanto, conto com o apoio de vários artistas interessados e de tres centros de produções: o teatro Mars de São Paulo, o teatro Alte Feuerwache de Colônia e o teatro Theater im Ballsaal em Bonn. Em março de 2010 assumi a direção artística da Cia de Dança Palácio das Artes em Belo Horizonte/Brasil. Sob minha direção foram apresentados os espetáculos Segredos Masculinos e Segredos Femininos, a ocupação performática Se eu pudesse entrar na sua vida, o projeto 5as da Dança, o projeto Aula Aberta e o espetáculo Tudo que se torna Um, que faz parte do projeto Zona 04 que celebra os 40 anos da CDPA. Ainda tenho como projeto promover o diálogo e sobretudo o intercâmbio entre as gerações, integrando e alternando as visões de profissionais experientes com os da nova geração e oferecer instrumentos a todos os interessados nas artes do movimento.
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