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Festival de Choro Comemora 100 Anos do Mestre do Cavaquinho Waldir Azevedo
Com o objetivo de divulgar e tornar ainda mais conhecida esta obra fabulosa, o projeto, nos seus três dias de duração, ofertará ao público apresentações com seis grupos musicais distintos, cada um interpretando Waldir a sua maneira
Waldir Azevedo, além de músico e compositor genial, alcançou enorme sucesso nos anos 50, foi também, um dos pilares na fundação do Clube do Choro de Brasília. Mais um motivo para o Clube do Choro de Belo Horizonte realizar o projeto CENTENÁRIO WALDIR AZEVEDO, tendo em vista a sua importância para a história do choro e na música popular brasileira. Esta homenagem é muito oportuna, pois graças ao trabalho dele e de vários outros, o choro é declarado, agora em 2024, como Patrimônio Cultural Brasileiro.
O festival, na praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, será nos dias 11,12 e 13 de outubro, inteiramente gratuito, com infraestrutura e acessibilidade para todos, e tem o patrocínio da MGS – Minas Gerais Administração e Serviços S/A, realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com produção da Idear Produção.
Waldir nasceu no dia 27 de janeiro de 2023, no Rio de Janeiro e foi o artista que, além de revelar as potencialidades do cavaquinho como instrumento solista, criou sucessos que percorreram o mundo e permanecem em cartaz até hoje. Um exemplo recente da perenidade dos clássicos de Waldir aconteceu no filme “O irlandês” de Martin Scorsese, no qual a versão do baião “Delicado”, executado pela Orquestra de Percy Faith, aparece em destaque por 5 minutos na trilha sonora.
Seu talento musical foi revelado ainda na infância. Em 1933, na adolescência, se apresentou pela primeira vez, tocando flauta. Posteriormente, por influência de amigos, passa a tocar Bandolim. Depois, adota o Cavaquinho como o instrumento da sua vida. A partir de 1943, começa a tocar profissionalmente no regional de Cesar Moreno. Waldir abraçou a música, definitivamente, quando foi tocar no regional liderado pelo violinista Dilermando Reis, na Rádio Clube do Brasil, em 1946. Em 1949, Waldir foi convidado para gravar pelo diretor artístico da gravadora continental, o compositor Braguinha. Em pouco tempo, chegava ao mercado o novo artista, com um 78 rpm trazendo “Carioquinha” do lado A e “Brasileirinho”, no B. O sucesso foi estrondoso e a ele se seguiram outros êxitos maiúsculos, como o baião "Delicado" em 1950 e “Pedacinhos do céu" em 51.
O sucesso de Waldir se espalhou pelo mundo, com “Delicado” no hit parade norte americano e sendo abertura de um programa de grande audiência na TV italiana. Anualmente, Waldir excursionava por países da América do Sul como Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. O fim da chamada Era do Rádio (1964) e as mudanças ocorridas na música brasileira nessa década, diminuíram o seu ritmo de trabalho e o grande músico foi, em 1970, morar em Brasília, onde retomou o fôlego com novas parcerias musicais. Em 1976, após um acidente, onde quase perdeu um dedo, compõe e grava o choro “Minhas Mãos, Meu Cavaquinho”. Nesta época voltou a ser aclamado e atuou na retomada do choro, então em curso, se mantendo em atividade até setembro de 1980, quando faleceu. Deixou mais de 200 gravações e 70 composições.
Com o objetivo de divulgar e tornar ainda mais conhecida esta obra fabulosa, o projeto, nos seus três dias de duração, ofertará ao público apresentações com seis grupos musicais distintos, cada um interpretando Waldir a sua maneira.
Ausier Vinicius, um dos maiores cavaquinhistas do Brasil, sempre se dedicou ao estudo e interpretação da obra de Waldir, além de possuir um acervo sobre ele de grande importância e valia. Ele e seu grupo, não poderiam ficar de fora desta homenagem. Por sua vez, o lendário grupo “Flor de Abacate”, comandado pelo Silvio Carlos, o Silvio 7 cordas, virá com uma formação renovada e sua apresentação terá a competência e qualidade de sempre.
No segundo dia, teremos os convidados Henrique Cazes, com seu grupo e a multi-instrumentista Daniela Spielmann, como convidada do grupo “Abre a Roda – Mulheres no Choro”. Henrique, músico virtuoso, compositor, historiador, produtor e professor responsável pela criação do primeiro Bacharelado em Cavaquinho do mundo, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Spielmann, professora, compositora, intérprete, com carreira consolidada no exterior, com uma turnê anual, se junta ao famoso grupo feminino da capital, para demonstrar a importância da mulher no choro de Belo Horizonte.
Encerrando, o grupo bissexto “BH Choro”, com uma formação de músicos de diversas gerações, numa apresentação surpreendente. A seguir, a fina essência do choro, com o grupo do Clube do Choro de Belo Horizonte.
Um projeto imperdível, cujo tema é uma grande obra, com músicos excelentes, para uma plateia maravilhosa!
Serviço: CENTENÁRIO WALDIR AZEVEDO
Festival de Choro Comemora 100 Anos do Mestre do Cavaquinho Waldir Azevedo
PRAÇA DUQUE DE CAXIAS – Santa Tereza, BH
11/10/2024 - sexta-feira
19h30 – Ausier Vinícius e Grupo
21h – Flor de Abacate
12/10/2024 – sábado
17h – Abre a Roda Mulheres no Choro convida Daniela Spielmann
18h30 – Henrique Cazes e Grupo
13/10/2024 – domingo
17h – Grupo BH Choro
18h30 – Clube do Choro de Belo Horizonte
Informações: www.facebook.com/clubedochorodebelohorizonte
Foto: Marília Figueiredo
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