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Belo Horizonte é a única cidade brasileira selecionada para a nova Agenda 21 da Cultura
A capital mineira entrou na rota das definições culturais do mundo ao ser escolhida como uma das dez cidades piloto para a revisão da Agenda 21 da Cultura.
Em 2004, o documento foi aprovado por governos do mundo inteiro comprometidos com os direitos humanos e a criação de condições para a paz. A participação da cidade está sendo conduzida pela Fundação Municipal de Cultura e até o final do ano será produzido um documento com propostas que estão relacionadas à nova Agenda 21 da Cultura. As iniciativas de cada cidade piloto servirão como base para a revisão do documento e o período para a implantação das atividades propostas acontece entre 2015 e 2017.
Como uma das cidades piloto da América Latina, ao lado de Concepción e Talca no Chile e Bogotá na Colômbia, BH terá a função de identificar os objetivos que já foram alcançados desde a sua primeira edição e a proposição de políticas e ações que levem à adoção dos eixos da Agenda 21 da Cultura: Direitos Culturais, Governança da Cultura, Cidades Inteligentes, Cultura e Coesão Social, Cultura e Educação, Cultura e Economia, Cultura e Ecologia e Patrimônio Cultural, alinhando discurso e prática juntamente com os diversos atores do fazer cultural, sejam governos, sociedade civil e/ou organizações internacionais.
Segundo o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, a escolha de Belo Horizonte deve-se a uma série de ações ligadas a uma rede de Centros Culturais em projetos que buscam descentralizar a cultura. “Isso é muito significativo para Belo Horizonte e um salto para o Plano Municipal de Cultura que prevê a internacionalização da cidade”, afirma.
Entre os dias 20 e 25 de outubro, Belo Horizonte recebe a visita do consultor externo da Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), Jordi Baltá, que vem explicar o motivo da escolha da capital mineira e acompanhar o planejamento de trabalho. Ele participará de encontros, seminários, visitas e agendas públicas.
A “Agenda 21 da Cultura” é o primeiro documento, com vocação mundial, que aposta por estabelecer as bases de um compromisso das cidades e dos governos locais para o desenvolvimento cultural. O projeto foi adotado pela organização mundial CGLU, que abriga 127 países, com mais de mil cidades e 112 associações de governos locais.
A revisão do documento trabalha com a perspectiva de pensar o ser humano em sua totalidade, entendendo a área cultural para além das expressões artísticas. Foi nesta linha que o consultor José de Oliveira Júnior explicou a revisão do projeto, de modo a enfatizar a participação de Belo Horizonte, devido a “visibilidade internacional que será dada a esse compromisso”. Para o consultor, é necessário pensar a cultura como uma resposta a contrastes da sociedade. “Nós temos uma politica extremamente vinculada à desigualdade e desigualdade não se resolve somente fazendo peça de teatro, música e tudo mais. Temos que pensar a cidade como um todo”, afirma.
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