Notícias

LUIS ALBERTO DE ABREU e CHICO PELÚCIO estão na equipe do novo espetáculo da Pierrot Lunar

Todo mês, o Espaço Aberto Pierrot Lunar (Floresta) abre suas portas para o público em geral e comunidade, com uma programação diversificada, que reúne temporada de espetáculos, workshops com artistas convidados, o delicioso “Aberto Para o Jantar”, com noites temáticas acompanhadas de degustação, boa música e sessão de cinema.

No dia 1º de outubro, sábado, a partir das 19h, tem única apresentação do espetáculo 19h45, da Miúda Cia, com direção de Rita Clemente. Os ingressos custam R$10 (inteira) e R$5 (meia) e são adquiridos 1 hora antes do espetáculo na bilheteria do espaço. A Companhia surgiu após encontro dos atores no curso Técnico em Arte Dramática do Centro de Formação Artística e Tecnológica do Palácio das Artes (Cefart) e já está no segundo espetáculo de repertório.

E outra novidade do mês é a presença de Luis Alberto de Abreu, um dos mais importantes autores da cena teatral brasileira contemporânea, que dará sequência ao processo de criação do novo trabalho da Pierrot Lunar, ainda sem data de estreia prevista, e que terá o artista na coordenação de dramaturgia, ao lado de Vinícius Souza (idealizador do Projeto Janela de Dramaturgia – Belo Horizonte), Chico Pelúcio (Grupo Galpão), na direção, e Jussara Fernandino, Léo Quintão e Neise Neves, em cena.

A ideia é fazer um encontro-oficina com Luis Alberto de Abreu para um primeiro impulso ao novo trabalho da Pierrot Lunar. Através de exercícios e jogos de escrita conduzidos pelo autor, os participantes pensarão possíveis formas e temáticas do contemporâneo, levando em conta seus desejos e inquietações. Será um encontro para explorar assuntos da atualidade de maneira poética e criativa. Os materiais produzidos neste encontro artístico servirão como motores dramatúrgicos do novo espetáculo da companhia.

Durante o encontro, os artistas vão discutir a primeira ideia-tema: “Um pouco de ar, por favor”. O primeiro mote a ser desenvolvido pelo grupo neste momento se constrói sobre a metáfora da asfixia contemporânea, o desejo por mais ar, pela circulação de ventos em tempos de abafamento e repressão. Para participar da oficina serão convidados artistas e imprensa.

SINOPSE ESPETÁCULO 19H45

Uma família; um casamento; um acidente; um aceno ou uma dúvida... Às vezes, dos fatos mais simples aos mais surpreendentes, nos perguntamos: afinal, foi por acaso? Se aquela moça não tivesse passado por ali, justo naquela hora, não teria deixado cair a sacola; não teria encontrado aquele senhor bonito de meia idade que lhe ofereceu ajuda para recolher as laranjas que rolavam pela calçada. Se essa moça não tivesse passado por ali, justo naquela hora, não teria sido surpreendida pelo garoto do violino que também, neste momento, passava de bicicleta com seus fones de ouvido e sorriso aberto e avistando a garota que acabava de recolher suas laranjas, e para desvencilhar-se de um possível choque com ela, para não machucá-la, precipitou-se ao encontro de um automóvel que, por sua intrínseca potencia e tamanho, compatibilizou em conformidade total com a fatalidade. Então o garoto, pontual com o acaso e sem capacete, após o impacto com o carro, foi projetado há 2 metros de distancia daquele local que, agora, pensando assim, parece, não passou de um encontro.

Laura, Gabriel, Arthur, Raquel, Carlos, Luíza, Eleonora, Heloísa, Heraldo, Aroldo, Geraldo e Antônio, este é o dia em que suas vidas estão ligadas e é bem provável que vocês nem se deem conta disso.

A MIÚDA CIA

A Companhia surgiu após encontro dos atores no curso Técnico em Arte Dramática do Centro de Formação Artística e Tecnológica do Palácio das Artes (Cefart). Após três anos de curso e repercussão dos espetáculos "máquina", com direção de Cláudio Dias e “19:45!”, com direção de Rita Clemente, o grupo decidiu se estabelecer como Miúda Cia.

Em experimentação há três anos e completando, em 2016, um ano de Companhia, os atores compartilham o desejo de expandir possibilidades explorando diferentes vertentes no mercado teatral.

Além de temporada de dois meses no Palácio das Artes com os dois espetáculos, a miúda cia soma outras temporadas e participação em diversos festivais, como o FIT BH 2016, FITUB 2016, Cena Aberta - Funarte/MG 2016, Virada Cultural 2015, FLIARAXÁ 2015, entre outros.

LUIS ALBERTO DE ABREU

O premiado Luis Alberto de Abreu começou a carreira como dramaturgo e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV. A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças Foi Bom, Meu Bem? e Cala a Boca já morreu. Em seus 28 anos de carreira, já conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem. Como roteirista se destacou no cinema com os filmes Maria (1985); Lila Rapper (1997), juntamente com Jean Claude-Bernardet; e os premiados Kenoma (1998) e Narradores do Vale de Javé (2000); além de Andar às Vozes (2005), juntamente com Eliane Caffé. Já para TV, escreveu os roteiros de duas minisséries globais recentemente: Hoje é Dia de Maria (2005) e A Pedra do Reino (2006). Foi, ainda, professor de dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo Andrépor oito anos e dramaturgo residente no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), sendo o autor de peças levadas à cena por Antunes Filho, como Rosa de Cabriúna e Xica da Silva. O autor recebeu prêmios, como quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA – 1980, 1982, 1985, 1996), Prêmio Mambembe do Instituto Nacional de Artes Cênicas (1982), Prêmio Molière da Companhia Air France (1982), Prêmio Estímulo de dramaturgia para desenvolver o projeto de pesquisa sobre Comédia Popular Brasileira (1994), Prêmio Mambembe (1995), Prêmio Apetesp (1995), Prêmio Panamco (2002) e Prêmio Shell (2004). Atualmente, reside na cidade de Ribeirão Pires, SP.

CIA PIERROT LUNAR

A Cia Pierrot Lunar surgiu em 1993, tendo seu nome se inspirado na peça musical dodecafônica de Arnold Schoenberg, Pierrot Lunaire, e ciclo de poemas de Albert Giraud. Apresenta em seu currículo oito espetáculos, sendo dois ainda em repertório, cenas curtas, leituras dramáticas, o "Palco BH - primeiro guia de artes cênicas de Belo Horizonte", produzido  entre 2000 e 2005, e diversos eventos: "Bazar de Histórias”, "Café com Cinema”, "Mostra Mulheres em Cena", "Curta Dança - 1ª mostra de danças curtas", e o "Aberto para o Jantar - coma, beba e seja feliz", evento de gastronomia e arte da Cia.

Desde 2007, a Cia. Pierrot Lunar desenvolve sistematicamente processo de investigação que estuda e experimenta modos de fazer narrativo na cena teatral, período em que a Cia. realizava Atrás dos olhos das meninas sérias, que já sinalizava um apontamento da pesquisa. Esse espetáculo foi premiado no II Festival Nacional de Teatro de Teresina/PI, com os prêmios de Melhor Atriz, (Neise Neves) e Melhor Ator Coadjuvante (Léo Quintão). Os atores foram indicados às respectivas categorias no 5º Prêmio Usiminas/Sinparc-2008. O espetáculo se apresentou no Festival de Teatro de Curitiba – Fringe e no 9º FIT- BH – Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte. A evolução da pesquisa resultou em três espetáculos que levam a narrativa literária à cena: Sexo (2010), para espaço alternativo e palco convencional, e Acontecimento em Vila Feliz (2011) em formatação para rua, propondo um cruzamento da narrativa com a música popular, executada ao vivo pelo elenco, e Tudo de Nós (2013), espetáculo autobiográfico de quatro jovens atores.

Alguns trabalhos já realizados pela Cia.

Pierrot Teen (2016); Aberto para o Jantar - coma, beba e seja feliz (2015-2016); Café com Cinema - Curtas Jovens Realizadores (2015); Curta Dança - mostra de danças curtas (2015 e 2016); Café com Cinema (desde 2011); Mostra Mulheres em Cena (2014); Leitura dramática Bodas de Sangue - Leitura dramática - Projeto Leitura Rara (2014); Espetáculo Tudo de Nós (2013); 21º e 22º Encontro SESI de Artes Cênicas (2011 e 2012); Espetáculo de rua Acontecimento em Vila Feliz (em repertório desde 2011); Sexo (2010); Bazar de Histórias (desde 2008); Projeto Espaço Aberto (desde 2008); Espetáculo Atrás dos Olhos das Meninas Sérias (em repertório desde 2007); PALCO BH - primeiro guia de artes cêicas de Belo Horizonte (2000-2005); Leitura dramática VISÕES DO PARAÍSO (2004); Espetáculo infantil Yabba-Dabba-Doo! uma História dos Flintstones! (1997- 1999); Espetáculo Alice (1996); Cena curta Reticências entre Aspas (1993); Espetáculo Bodas de Sangue (1993) e Espetáculo Teledeum (1993).

ESPAÇO ABERTO PIERROT LUNAR

O Espaço Aberto Pierrot Lunar, fundado em junho de 2008, é sede da Cia Pierrot Lunar e espaço multidisciplinar que abriga espetáculos de teatro, dança, performance, música, leituras, exibições cinematográficas, além de residências de criação, experimentação de linguagens, ensaios abertos, encontros e reflexões sobre teatro, arte e sociedade contemporânea e oficinas. Destina-se tanto a jovens criadores e novos expoentes na cena artística, quanto a artistas e grupos veteranos. As atividades propostas contemplam novos modos de formação de plateia e relacionamento com o público, a partir da sua integração e da quebra de fronteiras entre artista e receptor, como a realização bazares culturais com apresentações de artes cênicas, música, fotografia, circo, literatura.

Este espaço de trabalho abriga ainda a continuidade das atividades de pesquisa de linguagem (encenação de textos narrativos) da Cia Pierrot Lunar e a realização de propostas de fomento à criação e compartilhamento com outros artistas e público, privilegiando o contato com a comunidade em torno de sua localização, no bairro Floresta, zona leste de Belo Horizonte. Situa-se, portanto, fora da região centro sul da capital mineira em que se concentra a maior parte da produção artística local, privilegiando a descentralização de atividades culturais e estabelecendo contato com novos espectadores.

Além de apresentações dos espetáculos em repertório da Pierrot Lunar, o espaço já acolheu diversos trabalhos de grupos e artistas locais e internacionais. Possibilita também a interlocução com intelectuais e pensadores, por meio da realização de seminários, encontros e debates; oficinas de clown, iluminação, iniciação teatral para crianças e adolescentes, musicalização e canto. Em diversas edições do evento gratuito “Bazar de Histórias” já expuseram seus trabalhos inúmeros artesãos, artistas plásticos, músicos, atores, bailarinos, performers e cineastas.

O Espaço Aberto Pierrot Lunar vem consolidando-se como espaço relevante em Belo Horizonte de apresentações artísticas e culturais, pois permite variações na sua utilização espacial, oferece entrada a portadores de necessidades especiais, incentiva a pesquisa, a troca de experiências e a interação com o público, constituindo-se como um lugar acessível a outros artistas e grupos e reafirmando a vocação da capital mineira para a descentralização dos espaços culturais públicos e privados.

Foto: Divulgação

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.