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DaPenha lança cd e tenta decifrar o cotidiano das metrópoles
“Da troça ao trampo” será apresentado no dia 30 de setembro, na casa de shows A Autêntica, e terá a companhia das bandas Otherside e Cordilheira
Tambores fortes, uma distorção de guitarra que, como um despertador, acorda pro dia, pro som, pra vida. É assim que a banda DaPenha dá início ao álbum “Da troça ao trampo”, seu primeiro trabalho. Ao dar o play você verá, de cara, o que virá: um som urbano em músicas pra quem anda de ônibus lotado e enfrenta uma dura semana de trabalho. A proposta, que será apresentada no palco da Autêntica (rua Alagoas, 1172, Savassi), no dia 30 de setembro, a partir das 22h, traz o registro em forma de música do dia-a- dia de trabalhadores, estudantes, “favelados”, negros, pobres, gente simples das grandes cidades.
O rock é o principal vetor de todo o trabalho, mas está presente a mistura típica da produção musical brasileira, como o congado, o baião, o samba, o blues e o entrelaçar das melodias produzidas em Minas Gerais. Tudo presente em onze faixas que estarão disponíveis para download, a partir do dia 30 de agosto, no site www.dapenha.art.br. “Estamos trabalhando há três anos nas nossas músicas. Somos operários, cada um em uma área diferente. Mas nos encontramos na música e nela tentamos mostrar um pouco do que a gente vive diariamente”, explica o vocalista da banda, Marcelo Marte.
A banda
O grupo surgiu há seis anos no bairro Goiânia, região nordeste de Belo Horizonte, e no início tocava músicas do rock dos anos 70. “Não queríamos tocar música de outras pessoas. Era uma vontade louca de falar da gente mesmo e de fazer um som que fosse nosso”, afirma Marcelo. Formada por Márcio Martins (guitarras e voz), Ronan Zarattini (baixo), Alexandre Messias (guitarra), Dudu Correa (bateria), além do vocal de Marcelo Marte, a banda DaPenha vem acompanhada ainda de Marcelo Teixeira (sax, gaita e flauta) e Wesley Moura (percussão). “Para quem gosta de ter o cd na mão, estamos lançando um disco físico. Tudo feito com recurso próprio e ajuda de bons amigos”, conta o guitarrista, Márcio Martins, que vê a rua como espaço privilegiado. “Estamos sempre tocando pra amigos nas ruas da cidade e praças da cidade. Não queremos perder este contato com as pessoas”.
O Álbum
Além do rock, o disco traz muita brasilidade. A malandragem do samba está presente na música “Doutor” e a força dos tambores abrem o disco com a sofrida “Cachimbo de zumbi”. O punk/rock de “Segunda-feira” que traz o áspero e monótono dia de um trabalhador suburbano se contrapõe a faixa final do disco, “Pra Acabar”, bem mais introspectiva. O disco conta com a direção musical de Cláudio Moraleida e foi gravado entre março e dezembro de 2015 nos estúdios Mamute, em Belo Horizonte.
“Da troça ao trampo” não é nada mais do que o próprio nome quer dizer: da farra ao trabalho pesado... do sonho à realidade... do domingo à segunda. Como disse o jornalista e amigo da banda, Manuel Marçal, “Cada música de ‘Da Troça ao Trampo’ é como a luz forte de uma vela acesa pelas duas pontas - não se sabe quanto tempo irá durar - mas meus amigos, é de muito brilho.” Quem quiser conferir o som da banda é só ir ao site e aumentar o volume.
Foto: Divulgação
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