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A forte presença das artes plásticas na arquitetura é uma das marcas desta edição da CASA COR Minas
A força das artes plásticas está presente em grande parte dos ambiente, exaltando a relação entre arte, design e arquitetura.
Muito raramente a arquitetura e o design conseguem se colocar no mesmo nível da arte. Há quem diga o contrário, mas a arquitetura está diretamente ligada ao caráter funcional do que produz, e essa funcionalidade já a coloca em outra categoria. Tecnicamente, portanto, arte é arte e arquitetura é arquitetura. Há momentos em que um edifício (ou mesmo um ambiente) é arquitetado de tal maneira, que alcança esse caráter de experiência artística, capaz de evocar estranhamento, reflexões metafísicas e outras sensações que definem as artes visuais. Mas de maneira geral, as exceções são feitas para confirmar a regra, e o que arquitetura faz é aproximar a arte ao seu universo.
Nesta edição da CASA COR Minas Gerais, o que se percebe dessa aproximação é que a presença da arte reforça o impacto do ambiente, até mesmo para um público que não esteja intimamente ligado às galerias, exposições e artistas em destaque. É o caso, por exemplo, do ambiente de Pedro Félix, a Sala de Leitura. “Tenho notado que até as pessoas que não possuem uma relação de proximidade com a arte estão com uma receptividade muito boa. A arte faz toda a diferença no ambiente. Criei um projeto que é uma espaço de contemplação da arte”, comenta o arquiteto, que levou para seu espaço um aporte de peso, com obras como a escultura geométrica de Raul Mourão, o óleo de Paulo Whitaker e a xerografia de Liliane Dardot ( Galeria Celma Albuquerque). Há mais: a principal, a obra do sergipano Cícero Alves dos Santos, o Véio, uma tela em grande extensão de Rodolfo Lamounier, esculturas de pássaros de Jeferson Lourenço, duas esculturas rústicas de Zé Bezerra e uma fotografia de Sara não tem nome (Galeria Orlando Lemos). Tudo isso aliado ao mobiliário assinado por grandes nomes do design brasileiro fazem com que o ambiente se transforme em espaço de pura contemplação da arte.
A mesma proposta de criar uma intimidade com as artes plásticas faz parte do trabalho de Lucas Lage, no ambiente Toalete Galeria. Embora o espaço funcione como banheiro, ao ambiente cotidiano soma-se a oportunidade de ampliação de seu uso, exatamente com a presença da arte. As quatro cabines de uso individual e o hall principal foram transformados em mini-galerias com obras do azulejista Alexandre Mancini, dos artistas Marcelo Solar, Véio e João Maciel (Orlando Lemos Galeria de Arte), Morgana Mafra e do fotógrafo Fábio Cançado (arquivo pessoal) e o cobogó assinado pela artista Ana Paula Castro. “Procuro ter sempre a presença da arte em meu trabalho. Nesse caso, ela tem muito mais do que o lado contemplativo, mas propõe uma funcionalidade a mais do ambiente, que passa a ser também uma galeria”, comenta Lucas.
Impossível não falar do projeto de Ricardo Rangel, do Escritório integrado e galeria. A ideia era romper com a ideia de que a circulação é um espaço de transição. Com a presença de obras de arte, o arquiteto conseguiu inverter essa máxima, transformando-o em um ambiente de permanência. A galeria criada aí, leva em suas obras a assinatura de artistas exclusivamente mineiros, como Marcos Coelho Benjamim, Manfredo Souzaneto, Paulo Neves, Erili Fantini, Máximo Soalheiro e Nícia Braga. “Usei a arte para quebrar a presença predominante da madeira no mobiliário. Quando o cliente é aberto a receber um projeto em que a arte tem relevância, ela passa a ser a cereja do bolo do nosso trabalho”, comenta Ricardo Rangel.
Há muitas outras propostas de ambientes em que a arte tem seu merecido destaque nessa edição da Casa Cor Minas. Ana Paola Paolinelli, por exemplo, levou para o Living, projeto que assina, uma proposta de bem estar. “Se em um contexto coloquial, contemplação significa admirar e pensar sobre alguma coisa, aqui é o lugar para se exercer essa máxima, seja no ato do livre pensar, ao ler um livro ou simplesmente na boa companhia de um vinho”, comenta. Aqui, mais uma vez, a solução, simples e luxuosa ao mesmo tempo, foi permear o espaço com obras de arte de peso, que instigam o olhar e afloram sensações. Algumas foram trazidas de São Paulo, outras são da AM Galeria de Arte, mas o certo é que todas foram escolhidas a dedo, como a Musa que dança, de Leopoldo Martins e telas de Amílcar de Castro, por exemplo.
No Closet assinado por Carico, o destaque fica por conta da Angel Chair, assinada pelo escultor Neozelandês Mark Brazier Jones. Foram produzidas apenas 50 exemplares desta cadeira-escultura e ela já se tornou um dos objetos de desejo das pessoas que visitam a CASA COR Minas. O Teatro CASA COR Minas conta com quatro telas do mineiro Fernando Velloso, que formam um magnífico painel que separa o palco do camarim. As poltronas de Hugo França no Jardim de Nana Guimarães e as esculturas em mármore trazidas diretamente da Itália para o Giardino e Spazio di Vivo integram o acervo de obras que podem ser conferidas nesta edição da mostra.
SOBRE CASA COR
A CASA COR é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas e reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas. Em 2016 chega à sua 22a edição em Minas Gerais e com 20 eventos nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina) e cinco internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador e Bolívia).
Redes
SITE: www.casacorminas.com.br
FACEBOOK: www.facebook.com/casacormg
INSTAGRAM: @casacorminas
CASA COR Minas Gerais 2016
Até 04 de outubro de 2016
Endereço: Alameda das Latânias, 30 – São Luiz – Pampulha – Belo Horizonte
Ponto de referência: Esquina com Avenida Otacílio Negrão de Lima
Horário de funcionamento: de terça à sexta de 15h às 22h/ Sábados, de 13h às 22h e aos domingos e feriados de 13h às 19h.
Informações: www.casacorminas.com.br
A entrada para todos os eventos promovidos no Teatro CASA COR Minas é gratuita mediante compra do ingresso para a mostra CASA COR Minas Gerais. Sujeito a lotação do espaço, que deverá variar em função da configuração adotada para cada evento.
Ingressos:
Acesso único(terça a domingo): de terça a sexta-feira: R$40 inteira e R$20-meia
Sábados, domingos e feriados: R$50 inteira e R$25-meia
Passaporte(válido para visitas ilimitadas durante todo o período da mostra):
R$140- inteira ou R$70–meia-entrada
Vendas na bilheteria da CASA COR Minas ou pelo site: http://www.blueticket.com.br
Foto: Jomar Bragança
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