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Melissa Mundim lança “P’Rosa gallica” e apresenta exposição "Meu ouTro", em BH

“P’Rosa gallica” revela sua poesia a cada página. Junto ao livro, a poetisa mineira apresenta uma exposição de telas desenhadas por ela, que fazem uma releitura da obra na linguagem de cores e formas.

A ancestralidade do feminino resgatada por meio da poesia. Essa é a proposta do livro “P’Rosa gallica”, segundo da mineira Melissa Mundim, que será lançado na capital juntamente com uma exposição de telas assinadas pela artista, no dia 4 de outubro (sábado), das 13 às 17h, no Espaço 670 (Rua do Ouro, 670).

 

Após lançar “Banzo Branco”, que reunia poesias guardadas em gavetas por muitos anos, Melissa “olha pra dentro e pra trás”, propondo aos homens e mulheres deste início de século, que não ignorem o “de onde vieram” relacionando a repetição de comportamentos cristalizados na genética. Numa poesia que se revela a cada página, muitas questões acerca do feminino, esquecido do mundo, se transformam em versos que convidam a uma leitura suave, envolvente e, não menos, indagante.

 

A autora compara a obra às tradicionais bonecas russas: um ser que sai de outro, que sai de outro e vai se descobrindo ao questionar, internamente, as afetações desta realidade que, às vezes liberta, mas também aprisiona.  “P’Rosa gallica  é algo como, com olhos de ser, abrir cada uma das coloridas bonecas matrioshka, pois não se trata de um livro de poesia, propriamente, mas de um livro por meio dela”. Meu compromisso poético é, antes de qualquer preocupação de estilo, ‘com o que me vai cá no bronze’, como dizia Sá Maria, minha vó”, explica Melissa.

 

Junto ao lançamento do livro, a poetisa também apresenta sua exposição "Meu ouTro", um “ouro” pessoal descoberto ao dar surpreendida vazão a “outra” faceta “eis que somos todos diamantes a brilhar a face que escolhemos”, brinca ela. O mergulho nas artes plásticas começou logo após o fechamento deste segundo livro, quando divertindo-se com traços curvos e cores de lápis aquarelável e pastel sobre o papel canson, Melissa pegou-se em um processo autodidata, que demonstrou conexão imediata com o verbo já manifesto. As imagens foram surgindo através de iniciais “rabiscos”, que ganharam vida própria transformando-se em telas com personalidade e mensagem muito bem situadas no conceito da obra. “Ao concluir o primeiro desenho, mostrei-o a um grande amigo das artes cênicas, que me aconselhou a não ficar apenas nele, mas desenvolver uma série. Seguindo seu conselho, deparei-me com uma bela surpresa que ‘cerejou’ este trabalho”, define Melissa com os neologismos típicos de sua escrita também lúdica.

 

O conjunto desta obra se enriquece com duas joias presenteadas à artista: uma canção carinhosamente composta pela amiga e cantora Márcia Tauil, com a letra de um poema constante do livro, e um prefácio generosamente elaborado pela compositora Simone Guimarães que, também como a autora, teve vontade de expressar em telas, as emoções provocadas por esta P’Rosa gallica, assim o fazendo.

 

O processo criativo de P’Rosa Gallica  - Através da pergunta “Que mulher é essa?”, feita por um desconhecido coração-poeta, surgiu o tema abordado na obra. Ao ver que não sabia responder a esta inquietante pergunta, a autora percebeu que precisaria começar por olhar para as mulheres de quem veio. Tarefa que foi seu objeto de pesquisa por cinco anos. Esse ciclo se completa no dia do lançamento do livro, quando a Melissa dá por encerrado o processo, passando a bola às mulheres e homens do mundo.

 

Sobre Melissa Mundim - Mineira, nascida em Belo Horizonte, atualmente residindo em Brasília. Formada em Direito, compreende a arte, hoje, como um caminho sem volta em sua vida, embora pise com cuidado e consciência cada chão que experimenta.  Assim, ela dança entre a razão do universo jurídico e a sensibilidade dos ofícios com os quais brinca para manter sua inspiração em fluxo, tais como o canto, a dança, o artesanato, a culinária, o indispensável contato com a natureza e o universo do palhaço, entre outras modas que inventa de vez em quando. 

 

Publicou seu primeiro livro, Banzo Branco, em 2012, inspirada em interações com músicos negros de sua terra natal. Nele, rende homenagens ao compositor Mestre Jonas que ao compor quase sem querer um samba com um de seus poemas, acabou por dar o empurrão que precisava para que sua obra saísse da gaveta.

 

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