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A Rede Pró-Criar Medicina Reprodutiva, uma das maiores clínicas do país, promove na próxima quarta-feira, dia 1º de outubro, um evento no Hotel Clarion, em Belo Horizonte, sobre a preservação da fertilidade em pacientes oncológicos.

Gratuita e aberta ao público, a Pró-Criar receberá a médica americana dra. Mary Zelinski, professora da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon e membro da associação internacional Oncofertility Consortium, que irá abordar os principais trabalhos científicos sobre o tema e as implicações dos avanços da técnica experimental de maturação folicular in vitro para a preservação da fertilidade em pacientes com câncer.

“Primeiro o diagnóstico do câncer e, depois de muita luta para sobreviver, há a possibilidade da não realização do sonho da maternidade ou paternidade. A oncofertilidade propõe mudar esta situação, desenvolvendo técnicas que possam auxiliar na obtenção de gravidez no futuro. Eventos como este possibilitam a troca de informações entre a comunidade médica e a disseminação das informações à sociedade, que deve estar ciente das possibilidades de preservação da fertilidade em pacientes com câncer”, ressalta o dr. João Pedro Junqueira, diretor da Pró-Criar.

O evento contará também com as contribuições do diretor científico da clínica dr. Ricardo Marinho e da embriologista Jhenifer Rodrigues, que estão à frente da Rede Brasileira de Oncofertilidade, ReBOC, que parte doOncofertility Consortium, uma associação internacional, interdisciplinar e interprofissional composta por médicos, cientistas e pesquisadores que estão explorando as relações entre saúde, doença, sobrevivência e preservação da fertilidade em pacientes jovens com câncer e que desejam ser mães ou pais ao final do tratamento. No Brasil, oito centros fazem parte da Rede.

Pesquisa premiada

A Rede Pró-Criar Medicina Reprodutiva acaba de ganhar o primeiro lugar no prêmio do XVIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida com a pesquisa “Maturação in vitro de folículos ovarianos pré-antrais humanos em sistema de cultivo tridimensional”.

De acordo com a embriologista da Rede Pró-Criar e coordenadora do trabalho, dra. Jhenifer Kliemchen Rodrigues, a pesquisa representa um grande avanço da medicina reprodutiva. “Com o desenvolvimento desta técnica, aliada aos avanços das técnicas de criopreservação de tecido ovariano, que também estamos estudando, poderemos fornecer uma nova possibilidade de fertilidade às mulheres que sobreviveram ao câncer”, explica a embriologista.

O projeto da Rede Pró-Criar é a primeira iniciativa de pesquisa do tema no Brasil e a uma das poucas no mundo.  A pesquisa é realizada em parceria com o curso de Pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais/FELUMA, com o Oregon National Primate Research Center/Oregon Health and Science University e com o Oncofertility Consortium.