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Fundação Clóvis Salgado realiza A Viúva Alegre, de Franz Lehár em BH
Récitas da opereta mais famosa do mundo acontecem no Grande Teatro do Palácio das Artes, de 16 a 26 de outubro, com direção de Jorge Takla A Paris do início do século XX e seu clima de bailes, leques, valsas e diamantes onde reinavam príncipes, reis, aristocratas e milionários, cercados de mulheres lindas e elegantes. É esse o contexto em que se passa A Viúva Alegre (1905), de Franz Lehár, considerada a opereta mais famosa do mundo. Com tradução de Millôr Fernandes, a montagem mineira tem direção musical e regência de Silvio Viegas, direção de Jorge Takla e traz a soprano Rosana Lamosa no papel de Hanna, a viúva. As récitas acontecem no Grande Teatro do Palácio das Artes, nos dias 16, 18, 20, 22, 24 e 26 de outubro, e contam com a participação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Ballet Jovem Palácio das Artes. Os ingressos já estão à venda nas bilheterias do Palácio das Artes e no site fcs.mg.gov.br. Esta é a terceira produção da Fundação Clóvis Salgado para A Viúva Alegre. A primeira foi realizada em 1984 e a segunda em 1999. Além de Rosana Lamosa, o elenco de solistas da montagem atual é formado por 14 renomados artistas da cena lírica brasileira, entre eles Homero Velho (Conde Danilo), Licio Bruno (Barão Zeta), Giovanni Tristacci (Camille de Rosillon), Carla Cottini (Valenciene), Flavio Leite (Visconde Cascada), Marcos Lisenberg (St Brioche), e traz o ator Cassio Scapin no papel de Njégus. A montagem conta ainda com figurinos de Fabio Namatame, coreografia de Tania Nardini, iluminação de Ney Bonfante e cenário de Paulo Correa. “O figurino e cenário estão sendo recriados, com o desafio de levar o público ao início do século passado, mas com uma releitura atual”, adianta Takla. “A Viúva Alegre é uma obra de leveza encantadora, retrato de uma Europa sem preocupações, onde as intrigas amorosas eram mais importantes do que as questões políticas. Para esta montagem, produzida especialmente para o Palácio das Artes, optamos por manter o contexto original da obra. Esse é o nosso grande desafio: o retrato de um bela época, a partir de bailes repletos de mulheres alegres, ousadas e elegantes, e de homens extrovertidos, ingênuos e românticos. Vamos resgatar a delicadeza dos sentimentos, o jogo amoroso, o humor na medida certa – típico da opereta -, sem excessos nem caricaturas”, afirma o diretor Jorge Takla. Campeã de bilheteria em inúmeros países, com versões em diversos idiomas, A Viúva Alegre estreou triunfalmente em 30 de dezembro de 1905, em Viena. Desde então, o charme da obra de Franz Lehár seduz milhões de pessoas, por sua leveza, fantasia, elegância, humor refinado e romantismo desenfreado, arrastando por mais de um século várias gerações de espectadores. Em 1948, ano de falecimento de Franz Lehár, a obra já havia sido apresentada mais de 300 mil vezes. Esta é mais uma produção da Fundação Clóvis Salgado que, ao longo dos seus 40 anos de história, já realizou 78 montagens de óperas de compositores como Verdi, Rossini, Villa- Lobos, Puccini, Mozart e Strauss, com sucesso de público e crítica. Sobre Silvio Viegas Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas formou-se em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo dos maestros Sergio Magnani e Roberto Duarte. Em 1992, por seu desempenho durante o Festival de Verão em Poços de Caldas, foi agraciado com uma bolsa de estudos, indo estudar na Itália com os maestros Francesco La Vecchia (Itália) e Ivan Koshuharov (Bulgária) na Arts Academy di Roma. Após seu retorno, foi imediatamente convidado para ser maestro auxiliar da Orquestra Filarmônica Nova de Belo Horizonte. Entre 1994 e 1998 foi diretor musical do espetáculo Árias, com Sylvia Klein e Wagner Sander, sob direção geral de Tizuka Yamasaki, apresentando-se em várias cidades do Brasil, Estados Unidos e Europa; arranjador e coordenador musical do filme La Serva Padrona, com direção de Carla Camurati; além de realizar gravações com orquestras e coros para o cinema e teatro. Ao mesmo tempo, no meio acadêmico, foi professor de Harmonia e Contraponto na Universidade do Estado de Minas Gerais. Desde 1998 é professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem se destacado por sua atuação no meio operístico, tendo já regido as óperas La Serva Padrona (Pergolesi), Così fan Tutte (Mozart), Le Nozze di Figaro (Mozart), Tiradentes (M. J. de Macedo), La Bohème (Puccini), O Barbeiro de Sevilha (Rossini) e La Serva e L’Ussero (L. Ricci). Em 2001 ficou com o primeiro lugar no Concurso Nacional Jovens Regentes, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. De 2003 a 2005 ocupou o cargo de Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, trazendo novamente ao palco do mais importante teatro de Minas Gerais nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen, Serguei Nakariakov, Pavel Nercessian, Isaac Karabtchevsky, entre outros, além de realizar a monumental montagem da ópera Turandot de Puccini, sob direção cênica de Fernando Bicudo. Já esteve à frente das Orquestras: Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica Nova, Sinfônica Brasileira, Sinfônica de Brasília, Petrobras Sinfônica, Orquestra do Teatro da Paz – Belém, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Sinfônica do Teatro Nacional, Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outras. Atualmente é diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Sobre Jorge Takla Diretor, produtor, cenógrafo, figurinista, iluminador. Formado na Ecole des Beaux-Arts (Paris) e no Conservatoire d´Art Dramatique (Paris), atuou e dirigiu no teatro LaMama em New York de 1974 a 1976. No Brasil, Jorge Takla dirigiu e produziu mais de 80 espetáculos (incluindo teatro, musicais e óperas), entre eles Vermelho (John Logan), Evita (Tim Rice e Lloyd Webber), O Rei e Eu (Rodgers e Hammerstein), West Side Story (Bernstein), My Fair Lady (Lerner e Loewe), Candide (Bernstein), Mademoiselle Chanel (Maria Adelaide Amaral), Vitor ou Vitória (Mancini-Bricusse), Últimas Luas (Furio Bordon), Medéa (Eurípides), Electra (Sófocles), A Gaivota e O Jardim das Cerejeiras (Tchecov), Cabaret (Kander e Ebb), Pequenos Burgueses (Gorki), Madame Blavatsky (Plínio Marcos), Lembranças da China (Alcides Nogueira) e dezenas de outras peças. Em ópera, dirigiu (no Municipal de São Paulo e do Rio) La Traviata (Verdi), La Bohème e Madama Butterfly (Puccini), As Bodas de Fígaro (Mozart), Cavalleria Rusticana (Mascagni), I Pagliacci (Leoncavallo) e Os Contos de Hoffmann (Offenbach). Foi diretor da Divisão de Teatro da CIE-Brasil de 2002 a 2004, com as produções de A Bela e a Fera (Broadway), Chicago (Broadway), A Flor de Meu Bem Querer (Juca de Oliveira), Suburbano Coração (Chico Buarque), entre outras. Jorge Takla foi também administrador e diretor artístico do Teatro Procópio Ferreira de 1983 a 1992. SINOPSE Ato I Paris, início do século XX. Uma recepção é organizada na Embaixada de Pontevedro em homenagem ao aniversário do Príncipe. Seu representante em Paris é o embaixador Mirko Zeta, barão casado com a sedutora Valencienne. Hanna Glawari, viúva e herdeira da imensa fortuna de um falecido banqueiro pontevedrense, é convidada. Com a finalidade de evitar a fuga desse dinheiro para o estrangeiro (o que seria catastrófico para as finanças de Pontevedro), o Barão Zeta arquiteta um casamento entre Hanna e seu compatriota Conde Danilo Danilovitsch, diplomata sedutor, também convidado para o baile da embaixada. O que ninguém sabia é que, no passado, o pai de Danilo havia proibido seu casamento com Hanna, plebeia de origem modesta, apesar da grande paixão dos dois jovens. Ato II Na noite seguinte, a bela Viúva promove um baile à fantasia em seu jardim, cujo tema é o folclore de Pontevedro. Valencienne flerta com Camille de Rosillon, um jovem e fogoso parisiense. Danilo continua resistindo às provocações de Hanna e não admite que ainda a ama. O Barão reconhece a silhueta de sua mulher com Camille no pavilhão do jardim. Para salvar Valencienne, Hanna assume o seu lugar e anuncia que vai se casar com Camille. Desesperado, Danilo vai ao Maxim’s, seu cabaret favorito, com a intenção de afogar sua mágoa em muito champagne, cercado de grisettes e dançarinas de can-can. Ato III Mesma noite, mais tarde. Para surpreender Danilo, Hanna e Valencienne organizaram uma atração especial: convidaram as grisettes do Maxim’s e sua renomada trupe de bailarinos para irem ao jardim da mansão, recriando a atmosfera do famoso cabaret. Danilo volta à festa, já que o Maxim’s está deserto. Hanna confessa-lhe, finalmente, a verdade sobre o episódio do pavilhão. Eles admitem que ainda se amam e decidem se casar. O Barão descobre que Valencienne não o traiu e o ama, e fica mais feliz ao saber que a fortuna de Hanna ficará no banco de Pontevedro. A Viúva Alegre em números: Esta é a 78ª ópera produzida pela Fundação Clóvis Salgado nos seus 40 anos de existência e a terceira vez que A Viúva Alegre é apresentada pela instituição. 146 pessoas subirão ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes. 60 músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, 46 coralistas do Coral Lírico de Minas Gerais, 22 bailarinos e 14 solistas estão envolvidos na montagem da ópera. Site: http://www.fcs.mg.gov.br
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