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Czaro, codinome de César Augusto, é natural do Rio Grande do Sul, reside em Belo Horizonte há quatro anos e expõe publicamente suas obras pela primeira vez na Aliança Francesa Belo Horizonte, até dia 14 de outubro.  A mostra “Bandeira” estará aberta ao público, com 40 obras do artista.

A exposição é composta por trabalhos em óleo sobre tela e acrílica sobre tela, de duas séries: “Bandeiras”, de 2014, que deu origem a “Faixas”, de 2015. A inspiração da primeira vem de uma referência direta a este elemento que, para o artista, tem uma função de marcar território, de anunciar uma regra espacial.

“Primeiro produzi essa série na qual busquei dar suporte às bandeiras enquanto elemento, tentando dar um lugar de representação para elas. Depois senti a necessidade de outro meio que se comunicasse com elas, disso vieram as experiências com as faixas, enquanto horizontes manipulados”, conta.

Na série das bandeiras é possível identificar diferentes ritmos, com o elemento exposto em verticais, horizontais e diagonais. Vê-se a sobreposição de planos e a tela aparente; bandeiras representadas, tomando o papel de máscaras: é perceptível a espessura da tinta e sua relação com as camadas abaixo e com a trama da tela.

Já nas faixas, o caráter objetal é reforçado. Nelas, o movimento é real: girar as telas (fisicamente ou mentalmente) pode ser um modo de manipular os planos a que somos submetidos. Cada tela é um módulo individual.

Sobre o artista

Cesar Augusto, ou Czaro, é estudante de Artes Visuais pela UFMG, iniciou seus estudos em pintura no Centro de Arte e letras, na universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, de onde é natural.

Suas referências imagéticas tratam de estruturas e objetos geométricos provenientes da arquitetura e as representações de perspectivas ligadas a ela.  O caráter construtivista, sistemas modulares e a busca pela síntese formal acompanham seus trabalhos.

Foto: Divulgação