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Filarmônica de Minas Gerais divide o palco com a violinista Rachel Barton Pine e maestro convidado Edmon Colomer

O repertório do concerto conta com obras de Max Bruch, Schumann e Toldrá

O maestro convidado Edmon Colomer

Colomer atuou como diretor artístico e regente principal do Festival de Música do Leste, nos Estados Unidos, da Orquestra Filarmônica de Daejeon, na Coreia do Sul, da Orquestra de Picardie, na França, da Orquestra Filarmônica de Málaga e das sinfônicas Balears e de Vallés, na Espanha. Já se apresentou como convidado com a Sinfônica de Londres, Filarmônica Real Britânica, Ópera de Paris, Sinfônica de Québec, Filarmônica de Estrasburgo, entre outras. Colomer também se apresenta regularmente em programas de rádio e televisão na Europa, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte e América do Sul.

 

Vários prêmios foram concedidos ao maestro por sua extensa atividade em gravações com a Orquestra Nacional Jovem da Espanha, a Orquestra Sinfônica de Barcelona, ??Orquestra de Câmara Inglesa, Sinfonietta de Londres, Orquestra de Picardie, o Coro da Radio France e o Coro BBC Symphony. Suas gravações foram lançadas pelos selos Auvidis-Naïve, Assai, Harmonia Mundi, Calliope, Triton, Naxos, Ensayo, Virgin e Philips. Sua carreira tem um vínculo recorrente com a educação musical. Em 1983, o Ministério da Cultura da Espanha confiou-lhe a criação da Joven Orquesta Nacional de España (Jonde); em 2002, ele foi condecorado pelo Ministério da Cultura francês como Chevalier dans l'Ordre des Palmes Académiques.

 

A violinista Rachel Barton Pine

Na arte e na vida, a violinista Rachel Barton Pine tem uma habilidade extraordinária para se conectar com as pessoas. Celebrada como uma grande intérprete, suas performances combinam a exibição poderosa de sua técnica impecável, seu tom brilhante e sua alegria contagiante em fazer música. Já tocou com orquestras de prestígio em todo o mundo e trabalhou com maestros como Charles Dutoit, Zubin Mehta, Neeme Järvi, Marin Alsop e Erich Leinsdorf. A artista ganhou o prêmio principal em importantes competições do mundo, incluindo medalha de ouro no Concurso Internacional J. S. Bach de Violino 1992, em Leipzig, e outros prêmios no Rainha Elizabeth 1993, Bruxelas; Kreisler 1992, Viena; Szigeti 1992, Budapeste; e Montreal 1991.

 

Rachel Barton Pine tem uma extensa discografia pelos selos Cedille, Warner Classics e Dorian e escreve suas próprias cadenzas para muitas obras. Em 2009, Carl Fischer publicou Rachel Barton Pine Collection, uma compilação de composições originais, arranjos e cadenzas escritos por Pine, fazendo dela a única artista viva a se juntar aos grandes mestres Kreisler e Heifetz na série Masters Collection de Fischer. Ela colabora com muitos compositores da atualidade, como Augusta Read Thomas, John Corigliano, Luis Jorge González e José Serebrier. Fora da sala de concertos, Rachel Barton Pine é uma filantropa dedicada a projetos sociais e educacionais. Sua Fundação Rachel Elizabeth Barton foi criada para ajudar jovens artistas na fase inicial de suas carreiras.

 

Repertório

Para dar início ao concerto, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta a suíte de La filla del marxant, de Eduard Toldrá (Espanha, 1895-1962). Toldrá teve destaque no cenário musical catalão, no período que precede a Guerra Civil Espanhola. Figurou como violinista, regente e compositor. Foi integrante da Escuela Municipal de Música de Barcelona e em 1912 conquistou o Premio Extraordinario de Violín. Além disso, foi diretor do grupo amador Orquestra de Estudios Sinfónicos, de 1924 a 1934.

 

Como compositor, Eduard Toldrà é comumente reconhecido por suas canções, nas quais concilia tradição popular catalã com tendências neoclássicas e impressionistas. Algumas de suas obras exploram o potencial dramático e cênico com texto e música, o que se fortalece com o convite do pintor, cineasta e dramaturgo Adrià Gual, para compor a música para a peça Lionor o La filla del marxant, obra teatral inspirada em uma canção popular homônima. Após algumas decepções na composição da obra, seu mecenas Manuel Claudell o convence a não abandonar o trabalho, que, por fim, rende a suíte orquestral La filla del marxant (A filha do mercador), estreada pela reconhecida Orquestra Casals sob a regência do próprio compositor em 16 de outubro de 1934.

 

Na sequência, será interpretada, com a presença da violinista Rachel Barton Pine, Fantasia Escocesa, op. 46, de Max Bruch (Alemanha, 1838 – 1920). Bruch aprendeu música com a mãe e começou a compor aos nove anos de idade. Sua habilidade orquestral sem dúvida só é ultrapassada por sua inventividade melódica, que misturam origens folclóricas da Suécia, Rússia, tradições celtas e judaicas.

 

Composta em Berlim no inverno de 1879 e 1880, Fantasia Escocesa, op. 46 partiu de pedido do violinista espanhol Pablo de Sarasate, ao qual foi dedicada. Fritz Simrock (da tradicional casa editora musical alemã) a publicou em 1880 como Fantasia para Violino Acompanhado de Orquestra e Harpa, com Uso Livre de Melodias Folclóricas Escocesas. Joseph Joachim estreou-a em Liverpool, em 22 de fevereiro de 1881, sob a batuta do autor.

 

Para encerrar, a Orquestra executa a Sinfonia nº 3 em Mi bemol maior, op. 97, “Renana”, de Robert Schumann (Alemanha, 1810-1856). A obra é considerada um marco para o compositor, tanto em sua vida pessoal quanto profissional. O ano que antecede sua composição é o mais produtivo de sua carreira. Dentre suas experiências nos mais diversos gêneros, a Terceira Sinfonia emerge como articulação entre subjetividade e objetividade, mundo interior e sociedade, deslumbramento e religião.

 

Considerada por Tchaikovsky o ponto máximo da produção de Schumann, a obra foi composta entre os dias 2 de novembro e 9 de dezembro de 1850. Wasielewski – regente da orquestra de Düsseldorf, cidade onde Schumann exerceu o cargo de diretor municipal de música – acredita que a Terceira Sinfonia foi inspirada na catedral de Colônia, local visitado pelo compositor em setembro de 1850 e no início de novembro do mesmo ano.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, criada em 2008 com o intuito de inserir o Estado de Minas Gerais nos circuitos nacional e internacional da música orquestral, é um corpo artístico administrado pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Formada por 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, a Filarmônica pauta seu trabalho pela excelência artística e vigorosa programação. Sua constante preo­cupação com a qualidade foi re­conhecida com importantes premiações: em 2012 recebeu o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra brasileira; em 2010 foi eleita como melhor grupo musical erudito do ano pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA); e seu diretor artístico e regente titular, maestro Fabio Mechetti, recebeu o Prêmio Carlos Gomes em 2009 como melhor regente brasileiro.

 

Mais de meio milhão de pessoas já ouviram a Filarmônica de Minas Gerais que apresenta, regularmente, as séries Allegro e Vivace no Palácio das Artes, Concertos para a Juventude e Concertos Didáticos no Sesc Palladium, além de Clássicos na Praça e Concertos de Câmara em diferentes espaços culturais de Belo Horizonte. Realiza turnês por Minas Gerais e pelo Brasil, tendo feito sua primeira turnê internacional em 2012, com cinco concertos na Argentina e no Uruguai.

 

Como ações de estímulo à música, a Filarmônica promove o Festival Tinta Fresca, destinado a compositores de todo o país, e o Laboratório de Regência, atividade inédita no Brasil, que abre oportunidade para jovens regentes brasileiros.

 

Em 2013, a Orquestra gravou seu primeiro CD comercial e firmou parceria com o selo Naxos, para o registro, no momento, de obras de Villa-Lobos. Para 2015, a Filarmônica aguarda a inauguração de sua sala de concertos, a Sala Minas Gerais.

 

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