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Processo criativo do espetáculo “Você Perto…”, da Cia de Dança Palácio das Artes, vira documentário e tem estreia no Cine Humberto Mauro
Produção retrata o processo criativo que deu origem à última montagem do corpo artístico; exibição acontece no dia 29 de setembro, às 19h30, com entrada gratuita
Com estreia em junho de 2024, o espetáculo “Você Perto…”, da Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA), encheu o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes e retornou em outras temporadas desde então. A direção, coreografia, cenário e iluminação foram assinados por Henrique Rodovalho, com participação dos bailarinos e bailarinas da CDPA no desenvolvimento do projeto. Os bastidores desse processo criativo foram registrados ao longo de oitenta e dois dias e originaram a produção “Você Perto… O Documentário”, que terá sua estreia no dia 29 de setembro (segunda-feira), às 19h30, no Cine Humberto Mauro. Metade dos ingressos estará disponível, de forma on-line, a partir de meio-dia do dia da sessão, no site da Eventim; o restante será distribuído presencialmente na bilheteria do Cine Humberto Mauro, meia hora antes da exibição, mediante a apresentação de documento com foto.
O média-metragem, de 55 minutos, apresenta entrevistas com os envolvidos no espetáculo e captações de momentos em que a ideia foi desenvolvida. Com concepção e direção geral de Maxmiler Junio e assistência de direção de Maíra Campos — que juntos formam o Núcleo de Acervo e Memória da CDPA —, o filme surge, a princípio, como uma forma de reforçar a importância do registro documental como ferramenta para a compreensão e valorização da memória artística. Contudo, a ideia se expandiu, permitindo a realização de um produto audiovisual que também conversasse com o público externo, como relata Max. “Inicialmente começamos a registrar o processo pensando em criar apenas uma documentação interna. No momento de revisitar o material para organizá-lo, percebemos a riqueza e a quantidade de registros reunidos. Apesar de a obra ainda estar muito viva em nossa memória, o processo envolveu tantas etapas que muitas cenas e ideias ficaram de fora do palco, embora tenham sido fundamentais para o resultado final. Diante disso, surgiu o desejo de editar um documentário para compartilhar com os próprios integrantes da CDPA. Ao finalizarmos, percebemos que o projeto havia crescido: já não se tratava apenas de um registro interno, mas de um material que também poderia dialogar com o público em geral. Gostamos de pensar nele como um desdobramento do espetáculo”, conta Maxmiler Junio.
Sendo derivado do espetáculo apresentado nos palcos, o público pode se deparar com outros aspectos que não teriam como experienciar de outra maneira. Dessa forma, Maíra salienta que o documentário apresenta as ideias que originaram a produção e dá visibilidade a rostos conhecidos nos bastidores, mas desconhecidos para aqueles que assistiram às apresentações. “Acreditamos que o público terá a oportunidade de revisitar o espetáculo a partir de um novo ponto de vista: o início de tudo. O documentário revela como surgiram as ideias, de onde vieram as proposições e as transformações que sofreram ao longo do processo. É possível acompanhar materiais brutos sendo criados e experimentados pelos intérpretes-criadores, além de momentos bastante pessoais compartilhados por alguns integrantes. Outro aspecto essencial é trazer à tona os rostos e vozes de pessoas fundamentais que, do ponto de vista do público, costumam permanecer nos bastidores — como Cássio Brasil, responsável pelo figurino, e Luiz Naveda, pela trilha sonora”, relata Maíra Campos.
Os produtores e bailarinos relatam, ainda, o desafio que foi produzir o material ao mesmo tempo em que estavam implicados na criação do espetáculo. “No início foi mais desafiador, porque, além de aprender as coreografias que estavam sendo criadas, precisávamos também propor materiais, trazer pesquisas sobre o tema e realizar registros — tudo ao mesmo tempo. Com o avanço do processo, fomos nos tornando mais íntimos dos materiais coreográficos e as estruturas começaram a se consolidar”, comenta Max.
O auxílio de outros membros da Cia também foi crucial para que o documentário fosse realizado. “É importante destacar que contamos com a colaboração de colegas para filmar em momentos em que estávamos em cena. Ao mesmo tempo, foi muito prazeroso registrar os depoimentos de pessoas envolvidas de outras formas na criação, o que nos permitiu acessar novas perspectivas da obra ainda durante sua formação”, destaca Maíra.
CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – A Cia de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da Dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada, em 1971, pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS e em espetáculos com o Coral Lírico e a Orquestra Sinfônica. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a CDPA desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Ao longo de seus 54 anos de atuação, já se apresentou em várias cidades de Minas e em diversas capitais do Brasil, além de países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.
Foto: Guto Muniz
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