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Clássico Fantasia, dos estúdios Walt Disney, inspira apresentação da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais

Maestro convidado Roberto Tibiçá, rege concerto que também traz trechos de óperas

A Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais se reúnem para mais uma apresentação da série Concertos no Parque. Nesta edição, o repertório celebra o trabalho de grandes compositores da música clássica, além de trechos de famosas óperas, que inspiraram os roteiristas da animação Fantasia. Sob regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá, os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado interpretam peças de Tchaikovsky, Beethoven, Schubert, Verdi entre outros.

 

Lançado em 1940, pelos estúdios Walt Disney, Fantasia é um dos filmes mais inovadores da história do cinema. O diálogo explícito com a música orquestral é o que mais chama a atenção nessa obra e inspira o programa de apresentação desta edição do Concertos no Parque.

Para Roberto Tibiriçá, Fantasia é uma produção atemporal e fascinante. “Quem assiste a essa obra, não esquece, seja pelo impacto que a trilha sonora causa ou pelas imagens”, aponta.

 

A abertura do concerto traz para o público a suíte de uma das mais famosas peças do compositor russo Pyotr IlyichTchaikovsky, O Quebra-Nozes. Em Fantasia, a composição representa a mudança das estações. Ao contrário do original de Tchaikovsky, esta versão de O Quebra-Nozes reúne fadas, peixes, flores, cogumelos e folhas em uma animada dança, ao som de violas e violinos com duas flautas, pares de oboés, clarinetes, fagotes, trompas e triângulo, elementos característicos da composição do século XIX.

 

O coro feminino do Coral Lírico de Minas Gerais sobe ao palco para interpretar Ave Maria, de Franz Schubert, ao lado do naipe de cordas da Orquestra Sinfônica. Na animação, a peça embala a sequência de Noite no Monte Calvo e serve como trilha para as relações entre o profano e o sagrado. Escrita a partir de um poema de Walter Scott, a peça de Schubert é um dos hinos religiosos mais famosos de todos os tempos.

 

Da temática religiosa de Schubert, o Concertos no Parque passa para uma celebração da vida no campo. A OSMG executa o quinto movimento da Sinfonia nº 6 de Beethoven. Conhecida como Sinfonia Pastoral, A obra, que inspirou a cena do MonteOlimpo em Fantasia, é conhecida como Sinfonia Pastoral e, na animação, é trilha sonora para o hino de ação de graças dos pastores, após a tempestade.

 

Do cinema à Opera – O programa desta edição da Série Concertos no Parque faz uma transição, passando de composições que integram o filme Fantasia para obras operísticas. “Esse diálogo com diferentes composições é uma característica do Coral Lírico e da Orquestra Sinfônica. Quando esses grupos se encontram o público sempre acompanha um concerto de extrema qualidade e que traz obras de estilos diferentes da música clássica”.

 

Última obra a ser homenageada dentro da temática de Fantasia, a OSMG executa Dança das Horas, da ópera La Gioconda, deAmilcare Ponchielli. A cena narra três diferentes estilos de dança entre hipopótamos, avestruzes e elefantes.

O Coro feminino volta mais uma vez ao palco para interpretar, ao lado da OSMG, Coro di Zingarelle, da ópera CavalleriaRusticana, de Pietro Mascagni, e Intermezzo, de La Traviata, de Giuseppe Verdi.

 

ROBERTO TIBIRIÇÁ, MAESTRO CONVIDADO – Vencedor do Concurso para Jovens Regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em duas edições, atuou como Principal Regente Convidado por quase 18 anos, quando teve a grande oportunidade de conviver e trabalhar com o maestro Eleazar de Carvalho por todo esse período. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, Portugal, e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Pró Música e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010, assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e, em 2011, da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai). Desde 2003, ocupa a Cadeira nº5 da Academia Brasileira de Música.

 

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Fundada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais interpreta repertório que compreende todos os períodos da história da música escrita para orquestra: óperas, balés, concertos, poemas sinfônicos e grandes obras sinfônico-corais, em apresentações ao ar livre, na capital e no interior. Um dos corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado, é considerada um dos mais importantes patrimônios artístico-culturais do Estado. Seu regente titular é o maestro Marcelo Ramos. 

 

CORAL LÍRICO DE MINAS GERAIS – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem Concertos no Parque, Lírico na Cidade, Concertos Didáticos e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado Seu atual regente titular é o maestro Lincoln Andrade.

 

Sobre os compositores:

Piotr Ilitch Tchaikovsky – Músico russo, nasceu em 1840. Com cinco anos já dedilhava o piano e aos sete já compunha. Seu primeiro balé, "O Lago dos Cisnes", estreou no teatro Bolshoi em Moscou. "A Bela Adormecida", o "Quebra Nozes" e a "Quarta Sinfonia" são algumas de suas composições. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade de Cambridge em 1893, mesmo ano de seu falecimento.

 

Ludwig Von Beethoven – Compositor alemão, nascido, provavelmente, em 1770. Sua música é típica do período de transição entre as épocas Clássica e Romântica. Atormentado pela surdez e por problemas emocionais, Beethoven foi considerado um poeta-músico, o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. Faleceu na Áustria, em 1827.

 

Franz Schubert – Nasceu em 1797, nos arredores de Viena. Seu pai o iniciou no violino e seu irmão ensinou-lhe piano. Em um ano, compôs cerca de 150 canções líricas, baseados em textos de Shakespeare, Heinrich Heine e Goethe, entre outros autores. Escreveu cerca de 600 canções, além de óperas, sinfonias e sonatas, entre outros trabalhos. É considerado um dos maiores compositores do século 19, marcando a passagem do estilo clássico para o estilo romântico. Faleceu aos 31 anos, também em Viena.

 

Pietro Mascagni – Compositor, nasceu em 1863 na Itália. Compôs dezessete óperas, sendo Cavalleria Rusticana sua obra mais conhecida, escrita em apenas dois meses e baseada num texto do escritor italiano Giovanni Verga. Foi um expoente do período musical na ópera conhecido como verismo.  Mascagni era declaradamente fascista e aceitou ser o músico oficial do Partido Fascista. Faleceu em 1945, em Roma.

 

Giuseppe Verdi – Nasceu na atual Itália, em 1813. É autor de óperas como La Traviata, Rigoletto, Il Travatore, Aída, entre outras. É considerado o maior músico italiano do século XIX. A partir de 1861 sua vida artística une-se à política. É eleito deputado ao primeiro Parlamento italiano em 1874 e proclamado senador. Em 1887, já com a oitenta anos, compõe Otello, comparando-se com Shakespeare. Faleceu em 1901, em Milão.

 

Amilcare Ponchielli – Compositor italiano, nasceu em 1834. Aos nove anos ganhou uma bolsa de estudos para estudar música no Conservatório de Milão, e escreveu sua primeira sinfonia quando tinha dez anos. Dois anos após deixar o conservatório, escreveu sua primeira ópera, baseada no grande livro I promessi sposi, de Alessandro Manzoni. Faleceu em Milão, em 1886.

 

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