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No dia 24 de setembro, às 21h, o Festival Meio de Campo realiza, no Cine Theatro Brasil Vallourec, a última partida desta temporada com time de peso. O consagrado multi-instrumentista Egberto Gismonti se encontra com Alexandre Andrés, destaque da música instrumental em Minas Gerais.

Egberto Gismonti é um dos mais importantes artistas da música brasileira, considerado um dos grandes nomes do jazz mundial. Suas composições são interpretadas por diversas gerações e, em BH, serão interpretadas pelo jovem compositor e instrumentista Alexandre Andrés.

Destaque da nova cena instrumental, Alexandre tem um trabalho que dialoga musicalmente com Egberto Gismonti. Apesar da pouca idade, Andrés possui uma bagagem intensa e que vai ser compartilhada neste show inédito, no qual os músicos dividem palco pela primeira vez.

Assim como nas demais partidas do Festival Meio de Campo, a curadoria uniu músicos que além de admiração têm uma relação de identificação musical, que cria um elo e cumplicidade durante as apresentações.

Festival Meio de Campo

A segunda edição do Festival Meio de Campo acontece às quintas-feiras de setembro e promove encontros inéditos com grandes nomes da música independente mineira e do país. Os artistas se apresentam em shows criados especialmente para o projeto. Até o final do mês serão realizadas apresentações que contemplam MPB/rock experimental, regional e instrumental.

Antes de cada show, os artistas participam de uma imersão musical para se conhecerem melhor e afinarem suas bandas. Este intercâmbio musical proporciona maior visibilidade para o cenário independente em Minas e a oportunidade de apresentar consagrados nomes da música brasileira em um mesmo palco.

Egberto Gismonti

Egberto Gismonti nasceu em berço musical e na adolescência já estudava no conservatório flauta, clarinete, violão e piano. Em 1969, gravou seu primeiro disco e iniciou sua caminhada rumo ao reconhecimento como um dos nomes mais importantes nomes da música instrumental brasileira. Sua música abrange variadas paletas sonoras, texturas, dialetos musicais e estados de espírito. Suas composições são criadas para diversos instrumentos e formações, desde violão solo até orquestra sinfônica. O multi-instrumentista também compõe trilhas para filmes, peças teatrais, televisão e ballet.

Alexandre Andrés

O belo-horizontino Alexandre Andrés foi premiado pelo BDMG Instrumental em 2009. No mesmo ano, foi contemplado pelo edital Natura e recebeu patrocínio para realizar a turnê de lançamento do seu primeiro disco, Agualuz. Pelo edital Música Minas, o flautista realizou shows em Curitiba e São Paulo, em 2010. O segundo álbum da sua carreira,Macaxeira Fields, foi vencedor do prêmio de melhor CD de música brasileira no Japão, em 2013. No ano seguinte, lançou Olhe bem as montanhas. Alexandre graduou-se em flauta transversal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e finalizou o mestrado em performance musical pela mesma instituição. O músico fez aulas com Fábio Adour, Artur Andrés, Maurício Freire e Neyde Ziviani. Atualmente, o compositor realiza espetáculos com o seu quarteto, formado por Rafael Martini, Pedro trigo Santana e Adriano Goyatá. Alexandre participa de gravações e produções no estúdio Fazenda das Macieiras e é professor de flauta transversal. Recentemente, o músico venceu pela segunda vez o Prêmio BDMG Instrumental.

Foto: Fernando Lutterbach