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No dia 19 de setembro o Teatro Bradesco recebe a estreia nacional do grupo As Cores do Clube. Liderada por Toninho Horta, a banda conta com diferentes gerações de artistas ligados ao Clube da Esquina. No repertório estarão músicas emblemáticas como “Nada Será Como Antes”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”, dentre um repertório que também dá a aportunidade ao público de desfrutar de temas raramente levados a shows. Paralelo a isso, o grupo realiza Ensaios Abertos em diversos pontos de Belo Horizonte. Apesar do tempo recente do grupo, formado em 2013, Toninho Horta não teve grandes dificuldades para encontrar músicos e cantores que vivenciam de forma intensa a história e a sonoridade do Clube da Esquina. As Cores do Clube conta com integrantes que construíram a história do movimento, como Telo Borges, e famílias que continuam mostrando seus talentos, como “os Guedes” (Gabriel e Ian Guedes), “os Borges” (Rodrigo Borges) e “os Tiso” (com Tutuca). O grupo também traz grandes instrumentistas do cenário nacional. O baixista Paulinho Carvalho deixou sua marca no Clube da Esquina em clássicas gravações e acompanhando todos os ícones do movimento, enquanto o guitarrista Beto Lopes possui carreira consolidada em discos autorais e trabalhos com diversos nomes da MPB, além de seu reconhecido virtuosismo. O show do próximo dia 19 contará com três participações especiais, o lendário baterista Esdra Neném e as cantoras Carla Villar e Bárbara Barcellos. Essa comunhão em torno do repertório do movimento também tem outro objetivo: levar ao palco a sonoridade e o vigor das gravações dos anos 70 e 80 que cativaram adimiradores por todo o mundo. Para chegar a esse resultado, foram trabalhados arranjos, timbres, vozes e até mesmo solos originais, como aquele feito por Toninho Horta em “O Trem Azul” e que poderá ser conferido ao vivo no show. O músico também optou por tocar os mesmos instrumentos que empunhou em gravações clássicas: baixo em “Nada Será Como Antes”, bateria em “Ruas da Cidade” e piano em “Via Láctea”. Com competentes músicos e cantores envolvidos, o maior desafio do grupo foi selecionar um repertório de show dentre o vasto cancioneiro produzido por Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes e Toninho Horta – grupo principal de 1972 –, e outros como Nelson Ângelo e Flávio Venturini. O resultado disso é um recorte que revela toda a riqueza musical do movimento, com músicas que marcaram época, entre elas “Um Girassol da Cor do seu Cabelo” e “Manuel o Audaz”, além de temas que raramente são apresentados em shows, como “A Página do Relâmpago Elétrico” e “Vento de Maio”. Após Belo Horizonte e shows no Rio de Janeiro e São Paulo, As Cores do Clube parte para turnê nacional com orquestras dos próprios locais, além de preparar uma série de apresentações no exterior. Paralelo a isso, o grupo mantém uma estreita relação com a cidade através de Ensaios Abertos que vêm marcando sua trajetória. O Clube na cidade Nos mês de junho, a Praça de Santa Tereza, em Belo Horizonte, foi surpreendida por shows inusitados: em torno de um piano colocado no local – em projeto de iniciativa de Gabriel Guedes –, grandes artistas evocavam clássicos do Clube da Esquina sob as sombras das árvores e com o calor do público ao redor dos instrumentos. Os Ensaios Abertos do grupo As Cores do Clube vêm estreitando a relação que o movimento musical sempre construiu com a cidade, seja por sua história que teve início nas ruas de Santa Tereza, pelas letras de canções que são parte essencial da vida de tantas pessoas ou pelo espírito musical de juventude que renova essa relação. A iniciativa pretende levar os Ensaios Abertos para lugares da cidade com memória afetiva para membros do Clube da Esquina, como o Colégio Arnaldo (onde Toninho Horta estudou) e espaços de grande efervescência artística e intelectual. No dia 12 de setembro, As Cores do Clube faz ensaio aberto no Teatro de Arena da PUC Coração Eucarístico, com o apoio da Faculdade de Comunicação e Artes da universidade.