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CCBB Educativo convida o público a participar de laboratório e cortejo realizado no Centro Cultural
O que nos une? Esse é o título do cortejo-encenação que o CCBB Educativo realiza entre 17 e 20 de setembro, na entrada principal e corredores do Centro Cultural Banco do Brasil. Sempre às 18 horas, a apresentação é resultado do trabalho realizado pelo publico no Laboratório Aberto montado para a exposição “Leonilson: Truth, Fiction” (e ainda disponível para visitação diariamente, de 9 às 20 horas, exceto às terças).
Para criar o Laboratório e o cortejo, o CCBB Educativo se inspirou na relação que Leonilson manteve com o teatro. Segundo o coordenador do programa, Danilo Filho, em 1982, o artista plástico entrou para o grupo teatral 'Asdrúbal Trouxe o Trombone'. Ele foi responsável pela criação de cenários, figurinos, objetos de cena e textos. “É dentro desse clima intimista que nasce o Laboratório. A ação promove a estruturação de uma performance cênica criada com a ajuda dos visitantes. Opúblico é convidado a conhecer a vida e obra do artista e depois dividir suas percepções através de um bate-papo com os educadores do CCBB sobre as especificidades que perpassam o trabalho de Leonilson”.
As várias formas de criação de Leonilson são exploradas e o visitante é colocadocomo produtor de um conteúdo. Lá os educadores instigam a criatividade do público na confecção de adereços, figurinos e cenários discutindo, além da obra do artista, o próprio processo de construção cênica. “No laboratório o público se transforma também em criador, alimentando os personagens do cortejo com suas memórias, reflexões e poesias. Tudo que foi elaborado por eles será apresentado pelos educadores-artistas em ‘O que nos une?’, realizado entre 17 e 20 de setembro”.
Leonilson e o teatro
José Leonilson Bezerra Dias: pintor, desenhista e escultor brasileiro. Sua obra é predominantemente autobiográfica e está concentrada nos últimos dez anos de sua vida. O trabalho manual como costura e bordado estão muito presentes em suas obras. Além disso, pinturas, desenhos, algumas esculturas e instalações também fazem parte de suas criações. Suas peças foram desenvolvidas como “pequenos diários íntimos” e muitas delas estão diretamente ligadas a vida do artista e tratam de assuntos como vida, morte, amor e doença.
Um ano após se juntar ao Asdrúbal Trouxe o Trombone, em São Paulo e no Rio de Janeiro, acontecem as primeiras apresentações oficiais do espetáculo A Farra na Terra, assinado pelo grupo. O trabalho foi definido pela desconstrução da dramaturgia, a interpretação despojada e a criação coletiva. Vários grupos no Rio de Janeiro, até início dos anos 80, foram seus seguidores, Entre eles, a Companhia Tragicômica Jaz-o-Coração, Banduendes Por Acaso Estrelados, Beijo na Boca, Diz-Ritmia.
O grupo criou uma linguagem pela prática desenvolvida no processo de improvisações e jogos coletivos. O ator é o eixo da criação e a função do diretor consiste em selecionar, sequenciar e costurar os fragmentos produzidos. Trabalham com a noção de jogo, suprimindo a de interpretação: o ator entra em cena para contracenar com seu parceiro, criando a partir do seu próprio imaginário. Entre os seus integrantes destacam-se Patrícia Pillar, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna, Cacá Dionísimo, Nina de Pádua, Cazuza e Gilda Guilon.
Para mais informações acesse bb.com.br/cultura ou ligue para 31 3431 9440.
Foto: Pablo Bernardo
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