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Com o workshop Criaturas, integrantes do Ballet Jovem Palácio das Artes encaram produção de espetáculos

Projeto incentiva bailarinos a conhecerem todas as etapas do fazer artístico Criar e produzir um espetáculo de dança não é fácil. Conciliar ensaios, pensar em iluminação, figurino, coreografia, cenário, direção. Diversas tarefas são necessárias para que a estreia seja impecável. Esse desafio foi proposto pela direção do Centro de Formação Artística – Cefar, e encarado pelos bailarinos do Ballet Jovem Palácio das Artes. Os integrantes do grupo profissionalizante deixaram de lado a função de bailarinos para assumirem os papéis de criadores e produtores no Workshop CRIATURAS. O resultado será apresentado ao público nos dias 17 e 18 de setembro, no Teatro João Ceschiatti, com a apresentação de nove coreografias desenvolvidas durante todo o processo e executadas pelos alunos do curso regular de Dança do Cefar. Em sua primeira edição, o Workshop motiva os bailarinos a explorarem seus talentos artísticos não só como intérpretes, mas, também, como realizadores do fazer artístico. Para participar do projeto, os integrantes do Ballet Jovem precisaram apresentar para a diretora e a assistente de coreografia do Grupo uma proposta geral sobre a montagem, detalhando as coreografias, a iluminação, os cenários e os figurinos. O próximo passo foi o processo de seleção de alunos do Curso de Dança do Cefar para interpretarem as obras escolhidas. Participaram da concorrência 46 estudantes, sendo selecionados 23. Para a execução do projeto, algumas regras foram estabelecidas: cada jovem poderia se candidatar a duas coreografias, mas só poderiam interpretar uma e, os bailarinos, só poderiam usar os recursos da Fundação Clóvis Salgado – nenhum gasto foi autorizado. O vasto acervo do Centro Técnico de Produção da Fundação Clóvis Salgado foi, contudo, disponibilizado para a construção do espetáculo. A diretora artística do Cefar, Andreia Maia, e Tiça Pinheiro, assistente de ensaios e coreografia do Ballet Jovem, ficaram responsáveis por observarem os processos e esclarecerem as dúvidas, mas deixaram os bailarinos livres para desenvolverem seus trabalhos. “A proposta é que eles se sintam realizadores do projeto e saibam que a escolha que fizeram tem consequências diversas e irão ajudar no amadurecimento profissional”, aponta Andreia. Além disso, a atividade permite a aproximação e a troca de experiências entre os jovens aprendizes e os integrantes do Ballet Jovem Palácio das Artes. Além de 12 bailarinos trabalhando como coreógrafos, uma equipe de produção foi criada para viabilizar o projeto. Por traz das cortinas estão Willian di Paula (produtor), Dener Bispo (técnico de iluminação) e Maxmiler Santos (editor de trilha sonora), que integram o corpo técnico do espetáculo. João Paulo de Castro e Cecília Cherem ficaram encarregados de criar a identidade visual e o release do projeto, auxiliados pela Assessoria de Comunicação Social da Fundação Clóvis Salgado. De acordo com Tiça Pinheiro, essa nova experiência modificará o olhar do bailarino sobre o próprio trabalho. “O Workshop Criaturas enriqueceu muito o processo didático do Grupo, tanto no aspecto da aquisição de novas experiências quanto no fomento de possíveis coreógrafos, cenógrafos, iluminadores, produtores, figurinistas e designers”, revela. O Workshop também criou expectativas diversas entre os participantes, resultando em uma grande surpresa. “Quando vi o projeto criando vida, percebi que era tão bom quanto imaginava. São novas responsabilidades e dedicações compensadoras. Temos em mente que o mais importante foi o conhecimento adquirido, não só meu, como da única intérprete também”, aponta Caroline Rodrigues, bailarina responsável pela coreografia Diáspora Negra.

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