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Criminalidade e sobrevivência são temas de espetáculo no Salgado Filho
A Fundação Municipal de Cultura apresenta nesta quinta-feira, dia 15 de setembro, às 19h, no Centro Cultural Salgado Filho, o espetáculo “Cara Preta” da Maldita Cia. de Investigação Teatral. Com direção de Amaury Borges, a apresentação traz fragmentos de narrativas e lugares que falam da negligência, criminalidade e sobrevivência humana. A entrada é gratuita.
Na peça, Lenine Martins interpreta vários personagens malditos que tomam de assalto um caminho que os levam à própria condição. Estando à margem, esses personagens se deparam com situações e lugares que revelam suas diversas facetas. Sujeitos deslocados em luta pela própria sobrevivência. A montagem pergunta: como pessoas confrontadas ao “estado de necessidade” desvelam as suas faces criminosas do ato contra a vida? Por outro lado, tenta expor cruelmente a própria natureza precária das relações de convívio e de exclusão social. Para isso, utiliza mecanismos de narrativas de princípios épicos e dramáticos, explorando pontos de vista sobre a cena, gerados pelas figuras surgidas do mascaramento do ator e da interação com os demais elementos da cena: luz, som, vozes, materialidades sensoriais, espectadores e espacialidades.
O espetáculo foi projetado a partir dos princípios do teatro como arte do espaço e do teatro como arte do encontro, uma obra possível de ser levada para espaços com diversas características arquitetônicas, e que possibilita a fruição de uma experiência sinestésica entre os participantes, mediada pela poética de ocupação cênica.
Maldita Cia de Investigação Teatral
Sediada em Belo Horizonte desde 2002, a Maldita Cia. de Investigação Teatral desenvolve como eixo de seu trabalho a co-autoria da cena através de princípios do processo de compartilhamento na criação. Já realizaram o projeto de formação Cena 3x4, em parceria com o Galpão Cine Horto, e o Circuito OFF, em parceria com o grupo Teatro Invertido. Além da obra “Cara Preta”, criada em 2009, o grupo possui em seu repertório os espetáculos “Casa das Misericórdias”, de 2002, e “Maxilar Viril”, a mais recente, de 2014. Suas ações percorrem a criação teatral, atividades de formação e a promoção de encontros entre artistas e pensadores que possam fomentar a efervescência criativa e reflexiva no teatro.
Foto: Guto Muniz
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