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Lançamento “Memória Maria Helena Buzelin

Em eventos com entrada franca, tem lançamento oficial no dia 26 de setembro, quinta-feira, no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro – BH – MG), a obra “Memória Maria Helena Buzelin”. O projeto bilíngüe – português e inglês – traz cinco discos que apresentam interpretações históricas da cantora lírica mineira, Maria Helena Buzelin (1931 +2005), destaque cultural no Brasil e no exterior, nas décadas de 60 e 80. Une-se à obra, outro cd contendo entrevista da artista concedida a Lauro Gomes, na Rádio MEC-RJ, em 11 de abril de 1987 e ainda um libreto de raro valor histórico-cultural e biográfico. A noite de lançamento contará com dois momentos especiais: às 19h, no foyer principal, exposição de figurinos, fotos, programas e os painéis “Jornal Memória Maria Helena Buzelin”, falecida em 2005. Layout da exposição, pela designer: Virna Genovese. Em seguida, às 20h30, acontece no Grande Teatro, o Concerto de premiação do 4º Concurso de Canto Jovens Solistas, dedicado à memória de Maria Helena Buzelin. Sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, acompanha o soprano Lilian Assumpção, que interpreta duas obras homenageando a diva. Em projeto realizado com os benefícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura, através da CEMIG, idealizado pelo marido de Maria Helena Buzelin, Sr. Dalnio Teixeira Starling, “Memória Maria Helena Buzelin”, tem a coordenação geral de Raquel Romano, pesquisa musicológica e textos do libreto de Carlos Buzelin. Produção fonográfica: Viola Urbana Produções - João Araújo; compilação: Authentic Multimidia - Nivia Queiroz; remasterização: Sonhos & Sons; concepção do projeto gráfico: Cappo Fontana e finalização: Adriano Alves. Apoio: Fundação Clóvis Salgado. Os convites para o lançamento podem ser retirados, gratuitamente na Bilheteria do Palácio das Artes, sob a solicitação de tickets para o Concerto de premiação do 4º Concurso de Canto Jovens Solistas. Serão disponibilizados 2 (dois) pares de convite por pessoa, a partir do dia 24 de setembro. A obra “Memória Maria Helena Buzelin” não será comercializada. Os mil exemplares serão distribuídos entre pinacotecas, bibliotecas, museus, estudantes, profissionais, e instituições relacionadas ao gênero musical e trajetória da cantora. No entanto, 100 exemplares serão sorteados para o público do evento do dia 26 de setembro. Oportunidade muito especial para aquisição deste importante documento. MARIA HELENA BUZELIN Aclamada cantora brasileira de prestígio internacional, o soprano Maria Helena Buzelin é natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, onde nasceu em 25 de maio do ano de 1931.Descende de família musicalmente ancorada por sua bisavó Maria Emília Horta Buzelin, pianista virtuosa de Ouro Preto, então capital mineira. Foi admirada pela Corte, por Dom Pedro II.O avô José Emílio Horta Buzelin e o pai, maestro Francisco de Assis Horta Buzelin, foram intérpretes e compositores reconhecidos pelo talento de nata vocação. Autores de valsas, canções, hinos, enfim vasto repertório. Certamente transmitiram à família o gosto pelas artes, notadamente a música. Em 1950 casou-se com Dalnio Teixeira Starling. Grande admirador de sua arte,foi sobre tudo companheiro da cantora até o final da sua vida, tendo sido também o incentivador e cuidadoso observador deste projeto de memória. Desde a infância, Maria Helena Buzelin mostrou-se fascinada pelo canto, tendo sido premiada pela Rádio Guarani, em sua terra natal. O fato ocorreu num programa infantil comandado pelo conceituado comunicador Rômulo Paes. Oportunidade em que interpretou trechos de operetas e uma valsa de seu avô. O TeatroFrancisco Nunes foi seu palco de estreia, com Mimi, de La Bohème, em 1959. No Rio de Janeiro, onde passou a fixar residência, fez o curso de Pedagogia na Escola Nacional de Música, simultânea e sucessivamente aperfeiçoando conhecimentos sobre a arte do canto com o maestro austríaco Maximiliano Hellmann. De austera exigência e irrepreensível disciplina, o mestre orientou sua aluna em direção ao sucesso. Sua dedicação à musica de refinado teor de erudição, proporcionou-lhe organizar e divulgar repertórios cameristas dos grandes mestres, nossos e de outros países. Do barroco ao contemporâneo; de Bach a Villa-Lobos, ou Debussy e Guarnieri, passando por infinita gama de outros como Mozart, Gluck, Purcel, Santoliquido, Schubert, Beethoven, enfim o que de mais notável existe no gênero. Em 1956 foi laureada no Grande Concurso Nacional de Canto, promovido pela Rádio Ministério da Educação e Cultura - Rádio MEC – do Rio de Janeiro, alcançando a segunda colocação da categoria.Foi então que, como prêmio, participou de concerto, acompanhada pela Orquestra da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sob regência do maestro Léo Perachi. Foi também premiada com uma série de recitais da Rádio MEC, no Rio. Concomitantemente às montagens operísticas, interpretava complexas partituras como “Eurídice”, de “Órfeu e Eurídice” de Gluck e “Pamina”, da “Flauta Mágica”, de Mozart, apresentados sob a forma de oratório. Esta, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro mereceu os aplausos do público e da crítica, tendo Renzo Massarani, do Jornal do Brasil, revelado admiração à cantora que, por delongados anos, se tornaria célebre. A atriz impôs aos seus subsequentes papéis características teatrais de dramática performance. Assim se sucederam “Violeta Valery” da “ La Traviata ” de Verdi, “Cio-Cio-San” de “Madame Butterfly”, de Puccini, ou “Nedda”, dos Palhaços, de Leoncavallo. Foi aclamada a melhor intérprete da meiga japonesa “Ciao-Ciao-San”, de MmeButterfly, nas vestes que reprisou por muitas vezes, com absoluto êxito! Maria Helena Buzelin estreou nas Temporadas Líricas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1964, ao lado do extraordinário tenor Assis Pacheco, nas vestes de “ Mimi” , da “ La Bohème ”, de Puccini. Reeditou, pois, num patamar bem superior a heroína que vivera em Belo Horizonte em 1959. Além de uma voz belíssima, de uma técnica de canto comparável às maiores cantoras do mundo, distinguiu-se pela perfeição de suas interpretações, sempre baseadas em meticuloso estudo e intensas práticas das obras e papéis que interpretou. Destacada nos meios musicais brasileiros, seu nome constitui referência elogiosa na configuração do canto lírico e camerista, bem como em relação à sua personalidade e ao seu caráter pessoal e profissional. Nessa trajetória de uma carreira palmilhada de lutas e êxitos, estendeu a mão a tantos quantos a procuraram na busca de orientação e até mesmo de preparação para o palco. Além do Rio e de São Paulo, Maria Helena Buzelin era convidada a atuar em outras capitais brasileiras, sobretudo em Belo Horizonte pelo Palácio das Artes ou nos auditórios do Minas Tênis Clube e do Pampulha Iate Clube, sob a coordenação do exímio produtor Palhano Jr. Sem quaisquer solenidades, pode-se dizer que sua despedida dos palcos líricos ocorreu em Belo Horizonte , em 1984, revivendo “Micaela”, na ópera Carmen, de Bizet, sobaclamação da crítica e do público. Tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo , Belo Horizonte, Porto Alegre e nos grandes centros brasileiros, americanos e europeus, Maria Helena se notabilizou através de interpretações que faziam a fama dos melhores cantores do mundo.Em Genebra, pelo empresário Jean Cordey, teve o seu nome incluído numa relação de primeiro mundo ao lado de Plácido Domingo, Maria Chiara, dentre outros. Maria Helena Buzelin faleceu em Belo Horizonte no dia 02 de novembro de 2005, amparada pelo esposo, amigos e familiares, inclusive a mãe, Dona Helena Buzelin, hoje com 105 anos de idade.

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