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Mostra-Show – M.O.B.I.L.E
Como o Brasil se transformou na potência musical que representa? De onde veio o samba? Como nasceu o baião? Não foi, como disse Gil, de baixo do barro do chão
Como nasceu o samba? E a Bossa Nova? O que é, de fato, a MPB? E o funk carioca? É bom? A canção está fadada ao fim? Por que a música é tão importante na história do Brasil? Essas perguntas serão respondidas na mostra-show, pelo jornalista e pesquisador da música brasileira, Ricardo Frei, no curso portátil de história da música brasileira popular, M.O.B.I.L.E, Música brasileira, oralidade, história, lições e ensinamentos culturais. As apresentações serão entre setembro e dezembro no Minas Tênis Clube.
Segundo Ricardo a ideia da aula-show “surgiu no ano de 2006, devido à necessidade de apresentar conteúdos acadêmicos de interesse coletivo para um público não especializado”, afirma. A partir daí, a proposta de um modelo de apresentação menos formal, mais lúdico, ligado à experimentação apareceu, misturando arte, comunicação e conhecimento. A aula-show é o encontro entre aula, palestra e show artístico, que ensina e ao mesmo tempo entretém um público diversificado. Este formato já foi aplicado e obteve sucesso em apresentações no Brasil e no exterior.
O M.O.B.I.L.E conta a história da Música Brasileira Popular em sete módulos focados num período da história brasileira, em seus estilos musicais e nas relações entre música, sociedade, cultura. Como disse Seu Jorge no Sambabook em homenagem a João Nogueira, “muitas vezes a música, posso dizer que na maioria das vezes (...) vem substituir a literatura no nosso país. Ela (música) vem tomar às vezes da literatura porque sabemos que a oportunidade de acessar os livros ainda é muito remota ao nosso povo, e a música vem fazer este papel.” O curso de Ricardo Frei ilustra a fala de Seu Jorge no que tange apresentar a história da música brasileira como pano de fundo da história do país. Ricardo afirma que “a música popular está intimamente relacionada à nossa história, produzindo múltiplos efeitos políticos e sociais, participando na construção de identidades de grupos marginalizados e oprimidos da sociedade, sendo usada como estratégia e política de Estado, diferenciando grupos e criando noção de pertencimento entre diferentes camadas. Enfim, se queremos conhecer o Brasil e o brasileiro, escutemos as canções,” diz o pesquisador.
As sete mostra-shows do M.O.B.I.L.E serão realizadas quinzenalmente na Sala Multimeios do Minas Tênis Clube proporcionando ao público/aluno arte, informação, sensibilidade, conhecimento, lazer e sociabilidade. Durante os shows serão discutidos a história da Música Brasileira Popular desde o século XIX até a atualidade, mesclando diversas linguagens da cultura, alternando história, diálogos e cancioneiro popular, imagens e documentos históricos (lp’s originais, fotos, fonogramas e vídeos), com apresentação musical e projeções.
Entre setembro e dezembro, duas terças-feiras por mês, serão apresentadas as mostra-shows do M.O.B.I.L.E com duração de três horas. O esquema dos encontros consiste na exposição do tema por meio de apresentação oral, diálogo com a plateia, audição de fonogramas originais, apresentação musical ao vivo, exibição de vídeos históricos e de outros materiais visuais.
Sobre Ricardo Frei
Mestre em histórica defendendo dissertação Ary Barroso e Edu Lobo: a exaltação de um povo nos ponteios do cancioneiro popular. Jornalista com formação complementar em Ciências Sociais no qual escreveu o estudo Nas vozes dos festivais. Bacharel em Composição pela UFMG. Estuda música desde criança e fez parte do coral infanto-juvenil da Fundação Clóvis Salgado entre os anos de 1985 e 1987, fez aula de técnica vocal com a professora Meire Armendani entre 2001 e 2002. Oficina de criação do Uakit com Marco Antônio Guimarães, curso de extensão de canto coral e teoria musical na UFMG. Em 2005 fez os cursos de História da Arte Brasileira: da pré-história à contemporaneidade C/Arte educativa – Fumec, estudos de piano com Robério Molinari. Em 2006 fez o curso técnico de Formação Artística de Belo Horizontes (CEFAR)- Fundação Clóvis Salgado. No ano seguinte fez o curso cênico A Voz no corpo em Movimento com o professor João das Neves no Centro Cultural da UFMG. No Rio de Janeiro em 2008, fez o curso de Home Studio – produção, gravação, edição e restauração de áudio. Na Fundação de Educação Artística de Minas Gerais cursou Musicalização, apreciação musical e violão popular em 2008 e 2009, curso de extensão em Saxofone na UFMG em 2009, canto popular com Celinha Braga de 2010 a 2012, Captação de Som no IATEC em 2013, Gestão de Carreira Musical na Casa UNA em 2013, Percepção e Musicalização com Rubner de Abreu e Canto Popular Brasileiro Urbano com Felipe Abreu, ambos em andamento.
Frei foi o organizador e idealizador do I Encontro de Estudos da Música Popular Brasileira – Escola de Música da UFMG, em 2006. Fez apresentação e gravação de especial televisivo para o Projeto Zás da ALMG intitulado Ricardo Frei e o Cordão da Saideira no ano de 2006. Em 2007 foi professor convidado do curso Decantando a República: Itinerários da Canção Popular Brasileira no Século XX promovido pela Diretoria de Assuntos Estudantis e a Pró-reitoria de Extensão da UFMG. Também em 2007 responsável pela concepção, arranjos, direção artística, produção musical, direção de estúdio, produção executiva do EP independente intitulado Miniatura do Grupo de MBP experimental Aparelho. Organizou em 2008 do seminário Imaginação da Terra: memória e utopia na canção popular e no cinema brasileiro. Responsável, em 2007 e 2009, pela concepção, pesquisa iconográfica e musical, tratamento de áudio e masterização do CD-Rom Direito à Memória, Direito à Verdade – mídia eletrônica produzida pelo Projeto República da UFMG em parceira com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Em 2009 fez a concepção, pesquisa iconográfica e musical, tratamento de áudio e masterização do CD-Rom Da Corrupção – mídia eletrônica produzida pelo Projeto República da UFMG incentivado pela FORD FOUNDATION. Em parceria com a UFMG e o Ministério de Desenvolvimento Agrário fez, em 2007 e 2009, o tratamento de áudio e masterização dos CDS relacionados à pesquisa Sentimento de Reforma de Agrária, Sentimento de República. Frei é pesquisador associado do Núcleo de Estudos Musicais (NEM) do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesap) da Universidade Cândido Mendes (Ucam). Rio de Janeiro – RJ. É coordenador do Grifos - Grupo de Estudos Interdisciplinares dos Fenômenos Sonoros na Universidade Federal de Ouro Preto. Produziu, realizou e atuo das seguintes aulas-show (formato inovador de divulgação de conhecimento histórico por meio de teatro, poesia e canções populares).
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