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A Casa Kubitschek, um dos mais charmosos espaços culturais de Belo Horizonte, comemora o seu primeiro aniversário nesta semana (dia 11). Administrada pela Fundação Municipal de Cultura, a Casa Kubitschek foi inaugurada em 2013, depois de um amplo processo de restauração, com o intuito de contar a história de uma casa modernista por meio de espacializações, objetos e estímulos sensoriais. Neste primeiro ano de existência, a Casa recebeu mais de 13 mil visitantes em suas exposições e em outras atrações como shows e peças de teatro.

Para celebrar o aniversário, a Casa Kubitschek preparou uma série de eventos culturais para este final de semana, com shows musicais e uma apresentação de teatro, além de visitas guiadas às suas dependências. Os eventos tem entrada gratuita. A programação está disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br.

A Casa Kubitschek surgiu com a ideia de ampliar a experiência do visitante em relação aos modos de habitar dos anos 1940, 1950 e 1960, período singular para consolidação do pensamento modernista em Minas Gerais, e suas manifestações na arquitetura, no urbanismo, no paisagismo e nas artes.

A Casa apresenta as várias características que tornam a Pampulha singular para o Brasil. A começar pelos jardins do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), que também foram restaurados. A Casa foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) para ser a residência de fim de semana do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek (1902-1976). Com telhado em forma de asa de borboleta e planos inclinados, a Casa Kubitschek configura tipologia característica da arquitetura brasileira do modernismo. A edificação é tombada pelas instâncias do patrimônio municipal, estadual e federal.

Baseada no conceito de “casa museu”, a Casa Kubitschek apresenta ao público duas exposições. As mostras “Casa Kubitschek: Uma Invenção Modernista do Morar” e “Pampulha: Território da Modernidade” pretendem levar o visitante a experimentar aquele movimento cultural que deixou marcas profundas no modo de ser local. Como bem definiu o urbanista e arquiteto Lúcio Costa (1902-1998), um dos precursores daquele movimento, “ser moderno é ser prospectivo e atual”. É esta experiência que o lugar oferece por meio de espaços arquitetônicos e afetivos, racionalizados e vividos, que se desdobram e se somam no caminho percorrido que vai da orla da Lagoa da Pampulha, passando pelo singular jardim frontal e seguindo pelos espaços sociais e íntimos.

Programação especial de anoversário

Para celebrar o aniversário com o público, a Casa Kubitschek preparou três dias de apresentações culturais gratuitas para o público. Na sexta-feira, dia 12, às 18h, o espaço recebe a apresentação da Banda da Guarda Municipal Patrimonial (BGMP), sob a regência do maestro Sylvio Nascimento. Criada oficialmente em 2007, a Banda apresenta um repertório abrangente, com canções clássicas e ainda muita Música Popular Brasileira. Às 19h, é a vez do grupo de choro Assanhado Quarteto, composto pelos músicos André Milagres, Lucas Ladeia, Rodrigo Heringer e Evaristo Bergamini. O conjunto surgiu com a proposta de experimentar a execução do repertório chorístico com uma formação não muito convencional, utilizando instrumentos como o baixo-acústico, a bateria e o vibrafone, além dos característicos violão de sete cordas e cavaquinho.

No sábado, dia 13, a Casa Kubitschek promove duas visitas guiadas por suas exposições, às 10h e às 14h, e, na sequência, às 15h, lança o projeto de contação de histórias “Nesta Casa tem Histórias”.

No domingo, às 10h30, as comemorações se encerram com o espetáculo infantil “A Flauta Que Você me Faz”, do Ateliê Titetê. Na peça, os palhaços Titetê e Serpentina se encontram com o público promovendo riso e a alegria contagiantes. O espetáculo tem em sua natureza intrínseca o desejo de divertir e emocionar o público. A emoção perpassa entre os atores e a plateia. A interação é conduzida de maneira consentida, onde o público se envolve no desenrolar da história, numa atmosfera de mútua permissão.