Notícias
“Descobrindo a Cachaça d’Alambique” faz sua primeira edição em Belo Horizonte com programação variada, ressaltando a tradição deste importante patrimônio mineiro
Evento acontece no Mercado de Origem Olhos d’Água em setembro
O prazer de degustar uma boa cachaça. Isso é de uma brasilidade incontestável. Assim como o futebol e a feijoada, a bebida destilada da cana-de-açúcar é um símbolo nacional. É em Minas Gerais que o maior volume deste líquido tão especial é produzido em alambiques do estado todos os anos. Por isso, não podia ser em outro lugar a sede da primeira edição de um evento que promete ressaltar a cultura e a tradição da produção da aguardente de acordo com o modo de fazer da mineiridade. Descobrindo a Cachaça d’Alambique, ocorrerá entre os dias 11 e 15 de setembro no Mercado de Origem Olhos d’Água (Rua Adriano Chaves Matos, 447, Olhos D’Água – Belo Horizonte), das 10h às 22h, com entrada gratuita. O evento será pet friendly e contará com uma feira de expositores de diversas cidades mineiras, aulas show, palestras, rodadas de negócios e atrações musicais. O objetivo é ampliar o conhecimento e orgulho dos mineiros com um dos seus produtos mais emblemáticos.
Com curadoria de Humberto Candeias, a estrutura do Descobrindo a Cachaça d’Alambique impressiona por ocupar diversos setores do Mercado. No primeiro piso, ficará concentrada a feira, as palestras e bate-papo com o público, que acontecerão na Cava Zé Ribeiro, em sinergia com as atrações musicais que se apresentarão no rooftop. Portanto, todo espaço será envolvido por esta temática tão especial, envolvendo o público numa experiência única e sensorial deste universo. Ao fim deste release, você poderá conferir a programação completa.
Concomitante ao evento no mesmo espaço acontecerá também o 1º Concurso de Cachaça Mineira, promovido pelo Governo do Estado de Minas Gerais e realizado pela EMATER. A etapa de julgamento das bebidas será realizada no período de 11 à 13 de setembro, quando é comemorado o Dia Nacional da Cachaça. Para julgar as bebidas, foi escalado um corpo de jurados com 24 profissionais, com experiência em bebidas destiladas, que também passaram por qualificação realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas. Lucas Rocha Carneiro, coordenador da Comissão Organizadora do Concurso comenta: “Já na sua primeira edição podemos considerar o concurso um sucesso. Nós tínhamos a expectativa de 250 inscrições e atingimos um número bem superior, com participação de cachaças de todas as regiões do Estado”. A premiação das marcas escolhidas em cada categoria acontecerá dentro da programação oficial do evento.
Descobrindo a Cachaça d’Alambique tem patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Apoio Cultural da Associação Nacional dos Produtores e Integrantes da Cadeia Produtiva e Valor da Cachaça de Alambique (ANPAQ), Cachaça Gestor, Cava Zé Ribeiro e Mercado de Origem – Unidade Olhos D’Água. O Apoio Institucional é da Rádio Inconfidência, Rede Minas, Empresa Mineira de Comunicação, Sebrae, Emater Minas Gerais, Instituto Mineiro de Agropecuária, Sindbebidas, Palácio da Liberdade, Circuito Liberdade, Secult/Governo de Minas. A gestão é da produtora Zely Figueiredo, com realização da Executiva Promoções.
IMPORTÂNCIA DA CACHAÇA PARA O MERCADO BRASILEIRO
A cachaça como negócio, geradora de empregos e renda para Minas Gerais
Vários são os países que possuem sua bebida emblemática que traduzem a essência de cada nação. É assim com a Vodka (Rússia), Saquê (Japão) Whisky (Escócia), Tequila (México) entre tantas outras. Está última, por sinal, em função do trabalho de divulgação promovido de forma brilhante, é uma das bebidas mais consumidas no mundo.
O Brasil ainda possui um vasto território coberto por florestas ricas em diversidade biológica. É crescente o uso de espécies nativas para a fabricação de dornas e barris destinados ao envelhecimento e ao armazenamento das cachaças de alambique. Essa pluralidade de madeiras para esse fim faz com que esse produto, genuinamente brasileiro, atenda paladares distintos, do básico ao sofisticado. Esse é um grande diferencial quando comparado a outras bebidas normalmente padronizadas em ouro e prata, como o rum e a tequila ou como o conhaque e o whisky, oferecidos somente após o envelhecimento em um só tipo de tonel, o de carvalho. Há quem diga que a cachaça está no caminho do chocolate ou das cervejas belgas, com uma infinidade de aromas e sabores. Apresentar toda potencialidade de opções e possibilidades ao público mineiro é um dos objetivos principais deste projeto.
De acordo com o Anuário da Cachaça, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2023 o número de estabelecimentos produtores de cachaça registrados no Brasil teve um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1217 cachaçarias registradas no Brasil.
O estado de Minas Gerais é o principal produtor da bebida: são 504 cachaçarias, o que corresponde a 41,4% dos produtores do país; São Paulo vem em segundo lugar, com 169 estabelecimentos; e o Espírito Santo ocupa a terceira posição, com 81.
Ao abrigar os três estados com maior volume de produção de cachaça, a Região Sudeste concentra 67,3% dos produtores, ou 819 estabelecimentos.
A cidade campeã em número de cachaçarias no Brasil é Salinas, em Minas Gerais, com 24 estabelecimentos, o que corresponde a 4,8% da produção do estado. Outras duas cidades mineiras compõem o pódio nacional: Alto Rio Doce, em segundo lugar, com 20 estabelecimentos (o que equivale a 4% da produção de Minas Gerais) e Rio Espera, com 16 estabelecimentos (3,2%).
Ainda sobre a produção da bebida em Minas Gerais, o estado possui uma cachaçaria registrada para cada 40.754 habitantes, fazendo com que os mineiros sejam os mais bem servidos, quando o assunto é essa bebida tão especial.
O relatório do Ministério da Agricultura e Pecuária também mostra o potencial do Brasil para a exportação da bebida: Em 2023, houve um total de 8.618.832 litros exportados, gerando uma renda de U$20.242.453,00. No ranking de países que mais compraram nossos produtos, estão o Paraguai, que importou 1.556.475 litros; seguido da Alemanha, com 1.511.532 litros; e os Estados Unidos, 1.078.374 litros.
No acumulado de 2023, a fabricação de aguardentes e outros destilados foi responsável por 10.096 empregos (sendo 6.371 apenas na fabricação da aguardente de cana-de-açúcar).
Ao término de 2023, foi declarada uma produção aproximada de 226 milhões de litros de cachaça no Brasil.
Foto: Luiza Gontijo
Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.