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Semana Aberta encerra segundo ciclo do Programa de Residências Internacionais promovido pela Fundação Clóvis Salgado e JA.CA
Atividades reúnem artistas que exploram as relações entre sujeito e espaço urbano
A Fundação Clóvis Salgado, em parceria com Centro de Arte Jardim Canadá – JA.CA, promove a segunda semanaaberta do Programa de Residências Internacionais, de 6 a 13 de setembro. Durante sete dias, palestras,workshops e intervenções vão pautar a programação da semana aberta.
Nesse período, o público poderá conhecer mais sobre o processo de criação e as experiências artísticas de PilarOrtiz, Tamara Gubernat, Ricardo Burgarelli, Graça Pizano e Steffania Paola. A segunda edição do Programa de Residências Internacionais tem como eixo comum entre os trabalhos a apropriação política e simbólica do espaço urbano pelos sujeitos.
Para a gerente de Artes Visuais da FCS, Sara Moreno, a semana aberta do JA.CA é uma iniciativa que amplia o diálogo entre os residentes e, durante o período em que os trabalhos são expostos, pode-se criar maior aproximação entre público e artistas. “História, memória e experiência da cidade são eixos importantes presentes nos trabalhos desenvolvidos pelos artistas residentes. Ao participar das atividades da 2ª Semana Aberta, o público poderá vivenciar parte do método criativo de cada projeto e conhecer mais o processo criativo dos residentes”, destaca.
As atividades começam no sábado (6), com o workshop Rastreando a Cidade – experimento coletivo de reconhecimento e registro do espaço urbano. A oficina será conduzida pela pesquisadora chilena Pilar Ortiz e pela residente nova-iorquina Tamara Gubernat. O trabalho é fruto da pesquisa Belo Horizonte Inside Out – desenvolvido conjuntamente por Pilar e Tamara. As artistas percorreram a Avenida do Contorno e registraram em vídeo a dinâmica de uma das vias mais importantes de Belo Horizonte.
No mesmo dia, haverá conversa aberta com os artistas Ricardo Burgarelli (Belo Horizonte), Steffania Paola (Rio de Janeiro), Tamara Gubernat e Pilar Ortiz sobre os processos desenvolvidos durante a residência no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, sob mediação da gerente de Artes Visuais e representante do Comitê de Seleção do Programa de Residência, Sara Moreno.
As relações afetivas da cidade também permeiam alguns projetos. É o caso de Contra/Força da artista mineira Steffania Paola. Trata-se de uma investigação artística e documental sobre o colégio Estadual Central, que envolveu o levantamento de imagens de acervo, pesquisa in loco e entrevistas em vídeo com ex-alunos, professores e funcionários da escola. Todo o processo de residência artística e de pesquisa será detalhado para o público no sábado (13).
Sobre a residência – Com mais de 270 artistas inscritos, o edital de Residência Nacional e Internacional selecionou 12 candidatos, sendo sete brasileiros e 5 estrangeiros. Eles foram divididos em três ciclos de residência que se iniciaram em abril e terminam em novembro. Pela primeira vez, o projeto – que é uma iniciativa do JA.CA, conta com o apoio da Fundação Clóvis Salgado. A primeira semana aberta do JA.CA foi realizada em junho desse ano.
Durante o programa, os aprovados utilizam o 3º andar do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia e participam de atividades como visitas curatoriais, debates, workshops e ações de encerramento, a serem realizadas no final de cada ciclo de residência.
Os profissionais foram eleitos nas categorias Arte e Pesquisa, após avaliação da comissão de seleção, composta por um profissional do JA.CA, um da FCS e três convidados, notoriamente reconhecidos na área de artes visuais. Os critérios observados foram originalidade e coerência do projeto proposto, trajetória artística, interações com o território urbano e com a comunidade local.
O primeiro ciclo aconteceu entre 15 de abril e 15 de julho, com participação dos artistas Fernanda Rappa (Jundiaí/SP), Guilherme Cunha (Belo Horizonte/ MG) e Thelmo Cristovam (Brasília/ DF); e o pesquisador Krzysztof Gutfranski, da Polônia.
O último ciclo acontece entre os dias 22 de setembro e 22 de novembro, com os artistas Ariel Ferreira (Belo Horizonte/ MG), Maura Grimaldi (São Paulo/ SP) e Santiago Villanueva (Argentina); e a pesquisadora Anja Isabel Schneider (Alemanha).
O programa é estruturado em 3 ciclos, com duração de 2 meses. Em cada um deles serão contemplados 3 projetos de arte e 1 de pesquisa. Os artistas e pesquisadores são beneficiados também com o registro impresso ou eletrônico do resultado final dos trabalhos. Os aprovados que residirem em outros estados ou no exterior recebem passagem aérea, de ida e volta, e hospedagem.
Os artistas ou pesquisadores brasileiros recebem, como ajuda de custo, um aporte de R$2.600,00. Os estrangeiros têm esse valor convertido em tíquetes ou cartões de alimentação e transportes com validade durante a residência. Além disso, os artistas têm um aporte com valor de até R$4.000 para execução de seus projetos.
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