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O Grupo Galpão volta a BH, em curta temporada, com Os Gigantes da Montanha
Uma oportunidade única para assistir o espetáculo no conforto do teatro, para quem ainda não conseguir ver nas apresentações concorridas na Praça do Papa e no Parque Ecológico da Pampulha. Desde a estreia, o novo espetáculo do Galpão já foi apreciado por mais de 60.000 espectadores, em cidades de Minas Gerais, Goiás, Paraíba e Pernambuco. Após longa temporada de apresentações fora de casa, o Grupo Galpão volta a Belo Horizonte com o espetáculo “Os Gigantes da Montanha”. Mais uma chance de assistir a nova montagem que estreou em maio deste ano e celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994). O espetáculo fica em cartaz nos dias 13, 14 e 15 de setembro, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244 - Lourdes). Classificação: livre. Duração: 80 minutos. Gênero: Fábula trágica. Ingressos à venda na bilheteria do teatro ou pelo site www.ingressorapido.com.br / Informações: 3516 1360. Peça “Os Gigantes da Montanha” Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações. O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela, para celebrar o reencontro com o Galpão, que vem com um grande desafio: levar à cena o verso erudito de Pirandello. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. “Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam. Pirandello Nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Pirandello considerava a atividade teatral menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas estão “Henrique IV” e “Seis Personagens à Procura de Um Autor”, que abordam a natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, em sua obra, a tradição elisabetana da “peça dentro da peça” e temas referentes aos bastidores da maquinaria cênica. Em 1936, o autor morre vítima de uma forte pneumonia. Música Gabriel Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua. Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de “Os Gigantes da Montanha”. Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal. Cenário e Figurino A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo-teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. "Os Gigantes da Montanha" convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo. Construído por madeira feita de demolição, o cenário de “Os Gigantes da Montanha” traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula. Coloridos e brilhantes, concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e ganham nova função em “Os Gigantes da Montanha”, com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Gabriel e sua equipe também se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del’Arte e fabricadas pelo artista natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao mesmo tempo, sombrio. Galpão e Petrobras Há mais de 10 anos, o Grupo Galpão conta com o patrocínio da Petrobras. Foram muitos espetáculos montados, temporadas nacionais, turnês por todas as regiões do Brasil e presença em festivais proporcionados por essa parceria. Maior empresa brasileira e maior patrocinadora das artes e da cultura no país, a Petrobras sempre apostou no compromisso do Galpão: reinventar a vida através da arte, possibilitando ao maior número de pessoas a vivência do teatro como alegria e transformação. Ficha Técnica ELENCO Antonio Edson - Cromo Arildo de Barros - Conde Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo 101 Eduardo Moreira - Cotrone Inês Peixoto - Condessa Ilse Júlio Maciel – Spizzi / Soldado Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo Lydia Del Picchia - Mara-Mara Paulo André - Batalha Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena Simone Ordones - A Sgriccia Teuda Bara - Sonâmbula EQUIPE DE CRIAÇÃO Direção: Gabriel Villela Texto: Luigi Pirandello Tradução: Beti Rabetti Dramaturgia: Eduardo Moreira e Gabriel Villela Assistência de direção: Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro Assistência e Planejamento de ensaios: Lydia Del Picchia Antropologia da Voz, direção e análise do texto: Francesca Della Monica Direção, arranjos, composição e preparação musical: Ernani Maletta Preparação vocal e texto: Babaya Iluminação: Chico Pelúcio e Wladimir Medeiros Operação de Luz: Rodrigo Marçal Figurino: Gabriel Villela, Shicó do Mamulengo e José Rosa Coordenação Artística do Ateliê Arte e Magia: José Rosa Cenografia: Gabriel Villela, Helvécio Izabel e Amanda Gomes Assistência de Cenário: Amanda Gomes Pintura do cenário: Daniel Ducato e Shicó do Mamulengo Adereços: Shicó do Mamulengo Bordados: Giovanna Vilela Costureiras: Taires Scatolin e Idaléia Dias Luthier: Carlos Del Picchia Fotos: Guto Muniz Registro e cobertura audiovisual: Alicate Design sonoro: Vinícius Alves Programação Visual: Dib Carneiro Neto, Jussara Guedes, Suely Andreazzi Tratamento de Imagens do Programa: Alexandre Godinho e Maurício Braga Logo do espetáculo: Carlinhos Müller Direção de Produção: Gilma Oliveira EQUIPE GRUPO GALPÃO Gerência executiva: Fernando Lara Coordenação de produção: Gilma Oliveira Consultoria de planejamento: Romulo Avelar Coordenação de planejamento: Ana Amélia Arantes Coordenação de comunicação: Beatriz França Coordenação administrativa e financeira: Wanilda D’artagnan Produção executiva: Beatriz Radicchi Iluminação: Wladimir Medeiros Cenotécnica: Helvécio Izabel Sonorização: Vinícius Alves Assistência de produção: Evandro Villela Assistência de planejamento: Natalha Abreu Assistência de comunicação: Ana Carolina Diniz Assistência financeira: Renata Ferreira Assistência administrativa: Andréia Oliveira Recepção: Cidia Santos Serviços gerais: Lê Guedes Site: http://www.grupogalpao.com.br
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