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Peça aborda a superficialidade dos relacionamentos

Com adaptação e direção de Andrea Avancini, “Closer, perto demais” mostra a fragilidade dos sentimentos de amor, fidelidade e tesão

Qual o valor do relacionamento? Tem antes? Tem depois? Vale alguma coisa? “Então me diz, a vida é boa pra mim” 1. A peça “Closer, perto demais”, que será encenada no Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube, trata da busca por ter alguém que possa abraçar e se sentir seguro, a busca pelo amor e seu conforto, ou desconforto, a efemeridade e superficialidade das relações e seus objetivos. Nos dias 18 e 19 de setembro, sexta e sábado, às 21h. As entradas custam R$60 (inteira) e R$30 (meia).

 

O texto do dramaturgo inglês Patrick Marber, com adaptação e direção de Andrea Avancini e tradução de Rachel Ripani é um ensaio sobre a paixão e os relacionamentos afetivos.

No palco, como na adaptação para o cinema dirigida pelo alemão Mike Nichols (1931-2014) em 2004, estão quatro atores que formam dois casais. Pessoas muito diferentes umas das outras, mas que são idênticas no que tange a busca de sentido para vida e conforto do amor nos braços de outro alguém. A intimidade, que é o centro da trama apresenta reflexões sobre fidelidade em contraponto ao apetite sexual.

 

Vividos por Luciano Szafir, Paula Moreno, Karen Mota e Rafael Sardão, os destinos das personagens se cruzam de forma inusitada e corriqueira. Cada um com seus traumas, medos, desejos e sonhos. A superficialidade dos sentimentos dessas pessoas convida o espectador a ver de mais perto (closer) a natureza humana, as paixões cruéis, arrebatadoras e incontroláveis.

 

A opção de Jairo de Sender, arquiteto responsável pela direção de arte, por uma cena limpa, contribui para o foco do espectador nos diálogos e na interpretação minimalista dos atores. O desenho de luz é de Ricardo Fuji e vai de encontro com o projeto de Jairo ajudando na definição os espaços.

 

Closer é um dos mais importantes textos da dramaturgia atual. Trata-se de um texto difícil de dissolver já que as fraquezas do homem em busca de amor, sexo, e satisfação se mostram intensas. Chega a causar desconforto no espectador perceber que para alguns, quando se trata de sentimentos como paixão, amor e tesão, escrúpulos e valores são deixados de lado. Os dilemas humanos e contradições dos relacionamentos pós-modernos e dos chamados ‘amores líquidos’ - sem regras, voláteis e fluidos estão de forma muito transparente na peça.



Foto:  Divulgação 

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