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Fred Martins lança CD - Para além do muro do meu quintal - no Domingo no Museu
Cantor e compositor faz show inédito e apresenta seu primeiro trabalho solo produzido no exterior
Para além do muro do meu quintal é o novo CD de Fred Martins, músico consagrado que se dedica a um som que dialoga com o samba e com a bossa nova, com elementos daworld music e sonoridades mediterrâneas. O show, pela primeira vez em Belo Horizonte, acontece no Domingo no Museu, da Veredas Produções, dia 13 de setembro, às 11h, noMuseu de Arte da Pampulha (MAP). O músico será acompanhado pelos instrumentistasMarcelo Martins (sax e flautas), Pablo Souza (contrabaixo) e Márcio Bahia (bateria).
Com um caráter de perfil, o trabalho recém-lançado de Fred Martins selecionou canções marcantes de sua trajetória artística. Algumas das composições ficaram conhecidas nas vozes de outros intérpretes, como Ney Matogrosso, Maria Rita e Zélia Duncan.
O nome que dá título ao disco é um verso de Alberto Caieiro, heterônimo de Fernando Pessoa e extraído do poema “Noite de São João”. O trabalho foi gravado em Lisboa e comemora a experiência do músico pelo mundo, além da sua impressão sobre o continente europeu, sem perder a brasilidade da sua música. O cd está sendo lançado com exclusividade pelo meu Selo Sete Sóis.
Fred Martins desenvolveu relação com a música brasileira ao transcrever, durante dez anos, partituras de compositores como Chico Buarque, Noel Rosa, Tom Jobim, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Seu talento foi premiado pelo Visa de Música Brasileira, em 2006, na categoria de melhor compositor, por votação unânime do júri e do público. O músico participou de eventos como o “Lula World 2014”, no Canadá; “Músicas Portuárias” e “Cantos na Maré”, na Espanha; “Festival de verão de músicas do mundo de Vila Real”, em Portugal, e “Festival Jawhara”, no Marrocos.
Para Além do Muro do Meu Quintal – Faixa a faixa
Abrindo o CD Para Além do Muro do Meu Quintal, a inédita “Terras do Sem Fim” (parceria com Roberto Bozzetti) aborda o imaginário amazônico Brasileiro, a partir de poema de Raul Bopp (Cobra Norato), e tem participação preciosa do cantor Renato Braz. A toada-xote“Novamente” (Parceria com Alexandre Lemos; já gravada por Ney Matogrosso) passeia pela sonoridade ibérica influenciada pela colonização dos mouros, que também pousa no nordeste brasileiro. Destaque para os pandeiros de Márcio Bahia, o som oriental do cumbus (Fred Martins) e o violoncelo de Sérgio Menem. “Noite de São João” (que teve registro também no DVD Tempo Afora) é um poema de Alberto Caeiro que Fred Martins musicou, do qual foi extraído o verso que dá nome álbum (Noite de São João... Para além do muro do meu quintal... Do lado de cá eu sem... Noite de São João). “Esta música é muito representativa do atual momento de minha vida, gravando meu primeiro CD fora do Brasil”, comenta o artista.
A quarta faixa, “Flores” (de Fred Martins e Marcelo Diniz; conhecida na voz de Zélia Duncan), mostra a interpretação do autor para essa bela e divertida arquitetura poética. Já a melancólica “Meu Silêncio” (com Fred Girauta) mostra a perfeita harmonia da voz e do violão de Fred Martins para falar de solidão. Com participação da cabo-verdiana Nancy Vieira, “O Samba Me Diz” (de Fred e Marcelo Diniz; gravada anteriormente por Regina Machado) é um samba com tratamento bossa que tem a clássica leitura da música brasileira apresentando a obra em primeiro plano. Segundo Fred Martins, “Poema Velho”é a música mais nordestina do disco. É quase um lamento com letra de seu parceiro de longa data, o poeta Manoel Gomes.
A oitava música do CD, “Telefonema” (parceria com Marcelo Diniz), tem estética pop tropicalista, onde o samba abraça o blues. Na sequência, vem outro samba tradicional:“Sem Aviso” (com Francisco Bosco) segue a ‘linha Nelson Cavaquinho’, gravado também por Maria Rita. E, fechando o álbum, vêm duas músicas compostas com Marcelo Diniz. Parceiros desde a adolescência, afastaram-se por 10 anos. Do reencontro musical nasceu“Tempo Afora”, a primeira da fase profissional. E “Depressa a Vida Passa” é um soneto musicado. “Gosto das rimas que imprimem a ideia de tempo, que materializam o tempo onipresente”, finaliza Fred Martins.
A série Domingo no Museu
Tradicional no cenário cultural de Belo Horizonte e do estado, o Projeto Domingo no Museu apresenta ao público ícones da música em um dos cartões postais da capital, o Museu de Arte da Pampulha (MAP). Patrocinado pelo Instituto Unimed-BH e pela empresa Ativas Data Center, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o projeto já recebeu artistas como NáOzzeti, Paulo Belinatti, Juarez Moreira, Trio Madeira Brasil, Henrique Cazes, Paulo Freire, André Mehmari, entre muitos outros. A realização do Domingo no Museu no MAP foi responsável por consolidar o local como um espaço de lazer e cultura para todos os belo-horizontinos.
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