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CCBB-BH recebe temporada de Contra o Vento

Depois de uma estreia com grande sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, onde mais de 5.200 pessoas lotaram as apresentações no CCBB-RJ, e de uma temporada igualmente bem sucedida no CCBB de Brasília, a montagem estará na capital mineira entre os

O público da capital mineira poderá embarcar numa viagem no tempo e relembrar um dos momentos mais criativos das artes e do pensamento do passado recente de nosso país: o Movimento Tropicalista, ou a Tropicália, será evocado em no espetáculo que revive os dias de efervescência cultural do SOLAR DA FOSSA, lendária pensão que ficava num casarão do final do século 18 em Botafogo, onde hoje está o shopping Rio Sul e queabrigou nomes fundamentais da arte e do pensamento que surgiam nos anos 1960 como Caetano Veloso, Gal Costa, Tim Maia, Paulo Leminski, Paulo Coelho, Aderbal Freire-Filho, Magro (MPB 4), Capinan, Zé Kéti, Paulinho da Viola, Guarabyra, Naná Vasconcelos, Maria Gladys, Claudio Marzo, Betty Faria, Ruy Castro, Nelson Ângelo, Sueli Costa, Cristovam Buarque entre outros.

  

O musical é um projeto do coletivo de artistas Complexo Duplo, com concepção e direção de Felipe Vidal e texto de Daniela Pereira de Carvalho, e traz no elenco Adassa Martins (Adriana Seiffert), Ana Moura, André Araújo, Clarisse Zarvos (Mona Vilardo), Felipe Antello, Guilherme Stutz, Izak Dahora, Jefferson Almeida, Julie Wein, Laura Becker, Leonardo Corajo, Luciano Moreira e Tainá Nogueira.

 

A direção musical é de Marcelo Alonso Neves, a cenografia de Aurora dos Campos, a luz de Tomás Ribas e os figurinos de Flávio Souza e Raquel Theo. O projeto foi contemplado pelo edital de Fomento da Secretaria Municipal de Cultura – RJ e está inserido nas comemorações oficiais dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro.

 

O CASARÃO COMO TESTEMUNHA

O “Solar”, como seus hóspedes, visitantes e simpatizantes gostavam de chamar, foi uma incubadora de artistas e episódios memoráveis: dentro de seus apartamentos, Caetano Veloso compôs a emblemática “Alegria, Alegria”, além de homenagear a casa na letra de “Panis et circenses” (“Mandei plantar folhas de sonhos no jardim do Solar”); Paulinho da Viola compôs a belíssima “Sinal Fechado”; o trio Sá, Rodrix e Guarabyra se formou; entre muitos outros encontros e parcerias artísticas que ocorreram neste emblemático local.

 

O Pensionato Santa Terezinha, ligado à Igreja de Santa Terezinha (até hoje ao lado do shopping), ganhou seu “nome artístico” quando recebeu o carnavalesco Fernando Pamplona em plena “fossa” logo após uma sofrida separação – “fossa” era o nome que se dava naqueles dias a um estado de espírito depressivo, fosse ele de origem romântica ou existencial.

  

SINOPSE

A peça conta a história de um diário (fictício) que teria sido encontrado na demolição do Solar da Fossa. Este diário tem, presas à sua capa, somente as páginas do início, em 1967 e do final, em 1969, pois todo o conteúdo do meio está espalhado por entre páginas desordenadas, organizadas em três blocos. Ficamos sabendo disso através de atores do espetáculo, que no início de cada apresentação mostram ao público este diário, repleto de relatos escritos, desenhos, fotos, poemas concretos e mensagens cifradas.

 

A ENCENAÇÃO

A dramaturgia foi construída em conjunto por Felipe Vidal e Daniela Pereira de Carvalho. Durante o período de ensaios o texto foi escrito por Daniela Pereira de Carvalho e as canções foram compostas por Felipe Vidal e Luciano Moreira.

 

Tanto as histórias contidas no diário quanto os personagens são ficcionais, e inspirados e criados a partir de fusões de personagens reais. As páginas internas do diário estão organizadas em três blocos fora de ordem cronológica: PANIS ET CIRCENCIS; SINAL FECHADO; TRÊS DA MADRUGADA. Ao início de cada apresentação é proposta uma eleição com a participação da plateia para decidir em que ordem estes blocos serão apresentados. A cada espetáculo esta ordem poderá mudar, fazendo com que a história seja contada de forma diferente a cada dia.

 

A música original composta por Felipe Vidal e Luciano Moreira , é executada ao vivo pelos próprios atores, que cantam e tocam instrumentos. As canções tem inspiração nos estilos musicais dos anos 1960 em geral, e no tropicalismo em especial. A estética dos figurinos também remete à época, resgatando atmosfera do final da década de 60 e início de 70.

Foto: Divulgação 

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