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Tarifaço de Trump atinge setores industriais e desafia o Brasil a repensar produção e destino das exportações
Com tarifas de até 50% sobre exportações, setores como siderurgia, químicos e alimentos precisam reagir. Para a PMA, a automação é uma aliada na redução de custos e adaptação ao mercado interno.
A retomada das políticas protecionistas dos Estados Unidos sob Donald Trump, com tarifas de até 50% sobre produtos importados, já começou a impactar diretamente setores estratégicos da indústria brasileira, como siderurgia, químicos e alimentos. Embora o setor de automação industrial ainda não esteja no centro das medidas, há um clima de incerteza no mercado sobre possíveis desdobramentos, especialmente no que diz respeito a componentes, tecnologias e equipamentos com cadeias globais de fornecimento.
Ao mesmo tempo, o cenário desafiador pode abrir espaço para oportunidades. Com a pressão por redução de custos e ganho de eficiência, a automação ganha protagonismo como solução estratégica tanto para manter a competitividade das exportações quanto para fortalecer o mercado interno. Além disso, o realinhamento de cadeias globais pode beneficiar empresas brasileiras com capacidade de substituir fornecedores asiáticos ou norte-americanos.
Segundo Hugo Ferreira, Diretor da PMA Automação Industrial, especialista em desenvolvimento tecnológico e palestrante, o movimento exige uma rápida adaptação da indústria nacional. “As medidas protecionistas dos EUA já afetam diretamente setores-chave da indústria brasileira, como siderurgia, químicos e alimentos. A imposição dessas tarifas cria um clima de pressão e incerteza que se espalha por toda a cadeia produtiva nacional”, afirma.
Embora o setor de automação não esteja no centro das tarifas neste momento, o especialista alerta para os riscos indiretos. “A incerteza paira sobre a cadeia global de fornecimento de componentes eletrônicos, robôs e softwares. Se houver um desdobramento negativo, teremos custos mais elevados e prazos de entrega mais longos”, explica.
Automação como resposta estratégica
Apesar da incerteza, Ferreira acredita que a pressão por eficiência pode acelerar investimentos em automação. “Em um primeiro momento, algumas empresas podem adiar decisões. Mas a necessidade de reduzir custos e manter competitividade torna a automação uma solução estratégica. Nossa expectativa é de aceleração dos projetos”, complementa.
Nesse cenário, diversificar fornecedores e fortalecer a produção nacional são caminhos essenciais. “As empresas devem buscar novas fontes de fornecimento e, sempre que possível, investir em alternativas nacionais. É uma forma de mitigar riscos e agregar valor local”, reforça Hugo.
Do desafio à oportunidade
Para o especialista, o tarifaço deve ser visto como um sinal de alerta e de oportunidade. “Empresários devem se preocupar e se preparar, mas também enxergar que é um momento de crescimento. A automação é a principal ferramenta para transformar esse desafio em vantagem competitiva, fortalecendo a indústria nacional para um futuro mais resiliente e inovador”, conclui.
Fonte: Hugo Ferreira — Diretor PMA Automação Industrial | Especialista em Desenvolvimento Tecnológico e Palestrante.
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