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O encerramento da 2ª edição do Festival Nacional de Arte de Rua – FENAR Matozinhos 2024, no último dia 25 de agosto, consolidou o evento como uma das principais ferramentas de valorização da arte nas ruas e das tradições culturais em Minas Gerais. Durante 10 dias intensos, 300 artistas e técnicos trabalharam na produção de 30 atrações, que incluíram música, teatro, circo, dança, artes visuais e manifestações da cultura popular.

O Festival, que atraiu em torno de 30 mil pessoas, arrecadou mais de 10 toneladas de alimentos e transformou praças e ruas em palcos vibrantes e acessíveis, destacando talentos locais e nacionais. Os alimentos, doados pelo público em troca de ingressos para os shows de João Neto e Frederico e Elba Ramalho, serão repassados a entidades assistenciais de Matozinhos, em uma parceria entre poder público e FENAR. Além disso, ingressos solidários foram disponibilizados para famílias beneficiárias do programa Bolsa Família.

Das mais de 30 atrações, algumas vão ficar para sempre em Matozinhos, como de costume. A exposição "Origens", da fotógrafa Renata Ataíde composta por fotografias gigantes instalada na Praça Bom Jesus fica em cartaz até o 29 de agosto, mas será posteriormente incorporada ao acervo do Museu Histórico Ojú Aiyê de Matozinhos, em um formato mais compacto, doado pela própria fotógrafa. 

“Origens”, segundo Renata, é uma homenagem às raízes que sustentam Matozinhos e um convite para refletir sobre as heranças culturais, valorizando as práticas herdadas e aquelas que continuam a ser construídas. “Celebramos, assim, a força e a continuidade das tradições que, mesmo diante das mudanças e desafios contemporâneos, continuam a pulsar vivas em nossa identidade”, conta. 

Outro presente à cidade vem em forma de arte urbana. Matozinhos, que na edição anterior foi agraciada com murais assinados por Julia Bruno e André Brasa, ganha agora dois novos trabalhos. A muralista Laris, de Sete Lagoas, trouxe sua visão para o Palácio da Cultura, onde retratou a fauna brasileira com uma linda arara vermelha. 

André Brasa, repetindo seu feito da primeira edição, criou "Bússola Perdida", um mural na Escola Municipal Professor Eurico Viana, que homenageia a cidade e seus habitantes. O trabalho de Brasa, um profundo conhecedor das ruas de Matozinhos, é um reflexo da forte ligação entre a arte e a comunidade local.

Para Alan Keller, produtor e curador do evento, o FENAR cumpre seu papel de valorizar as tradições culturais locais e deixa um legado visível e palpável. “A edição de 2024 em Matozinhos, foi mais um capítulo de sucesso em uma trajetória que promete se expandir nos próximos anos, sempre carregando consigo o poder transformador da arte nas ruas de Minas Gerais. O Festival reafirma seu compromisso de promover a arte em diferentes cidades do estado, aproximando artistas e comunidades em um encontro transformador com a cultura”, afirma. 

O Festival Nacional de Arte de Rua é viabilizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e conta com o patrocínio da Cimento Nacional. A gestão é da Espaço Ampliar - Assessoria, Projetos e Eventos e a realização do Governo de Minas Gerais - Governo Diferente - Estado Eficiente. 

Fotos, vídeos e novas edições do FENAR podem ser conferidas nas redes sociais @festivalnacionaldeartederua 

Foto: Paulo Gilmour