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Palestra na casa Fiat de Cultura promove reflexão entre arte contemporânea e arte global

O historiador da arte Rodrigo Vivas apresenta a palestra “História da arte contemporânea ou arte global: questões em aberto”, no Ciclo de Palestras da exposição Uma Certa Itália – 15 Artistas do Piemonte

Globalização é uma palavra que já faz parte do vocabulário corriqueiro. Mas, no que diz respeito à globalização da arte ainda há muito o que se discutir. Afinal, numa realidade em que se tem acesso a informações instantâneas em qualquer lugar do mundo, qual a diferença da arte produzida aqui e do outro lado do planeta? Pensando nisso, a Casa Fiat de Cultura apresenta a palestra “História da arte contemporânea ou arte global: questões em aberto”, na quarta-feira, 26 de agosto, às 19h30. Quem promove a reflexão é o doutor em história da arte, professor da Escola de Belas Artes da UFMG e diretor do Centro Cultural da UFMG, Rodrigo Vivas. A conferência, que integra o Ciclo de Palestras da exposição Uma Certa Itália – 15 Artistas do Piemonte, tem entrada gratuita e será realizada no Espaço Multiuso da Casa Fiat de Cultura, sujeita à lotação do espaço (200 lugares).

 

Na década de 1980, quando o intercâmbio artístico cultural já era real, usual e mais fácil, surgiu o conceito de “Arte Global”. Até então, a arte produzida na França era diferente da produzida na Itália, Japão ou Estados Unidos. As barreiras geográficas existiam e a arte era regionalizada. No entanto, com os avanços tecnológicos e no fácil alcance à produção artística no mundo inteiro, os artistas não estão mais limitados as suas regiões e técnicas.

 

Rodrigo Vivas explica que com a internet e outras tantas formas criadas para aproximar ideias e a comunicação, alguns estudiosos acreditam que a arte regional em si não existe mais, que artistas do mundo inteiro produzem o que alguns chamam de Arte Global. A partir disso, o palestrante pretende analisar, no campo da história da arte, as relações construídas entre as reivindicações de uma história da arte global em relação às realidades locais.

 

Para o palestrante, a ideia é provocar o público de forma a pensar a respeito do global e regional no universo artístico atual. “A Arte Global de fato ocorre? Não há mais barreiras geográficas? E ainda: como o cenário das megaexposições internacionais pode ser compreendido e contextualizado em realidades periféricas?”, questiona o historiador.

 

Sobre Rodrigo Vivas

Rodrigo Vivas é formado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e recebeu o prêmio de destaque no curso. Atualmente, tem se dedicado ao estudo das obras artísticas pertencentes aos acervos de Belo Horizonte: Museu Histórico Abílio Barreto, Museu Mineiro e, principalmente, Museu de Arte da Pampulha. Já realizou diversas curadorias e hoje é professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFMG, além de ocupar o cargo de diretor do Centro Cultural da UFMG.

 

Exposição Uma Certa Itália – 15 Artistas do Piemonte na Casa Fiat de Cultura

A? Casa Fiat de Cultura apresenta, até o dia 7 de setembro, a exposição "Uma Certa Itália - 15 Artistas do Piemonte". A mostra apresenta 45 pinturas que representam o melhor da produção artística da região do Piemonte, na Itália, revelando os grandes nomes da atualidade, sua qualidade e variedade, com destaque no cenário mundial. Os jovens artistas, todos com menos de 50 anos, foram cuidadosamente selecionados para retratar como a pintura tem ressurgido como expressão artística. Influenciados por tecnologias e pelos meios de comunicação da pós-modernidade, os 15 pintores vieram rejuvenescer a produção artística local e apresentar a cultura piamontesa ao mundo.

 

Casa Fiat de Cultura

Instalada na Praça da Liberdade, onde integra o conjunto arquitetônico e histórico do Palácio da Liberdade e o Circuito Cultural Praça da Liberdade, a Casa Fiat de Cultura é considerada um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes no Brasil, destacando-se pelo alto valor histórico, artístico e educativo de sua programação.

 

Com nove anos de atuação, 17 exposições e mais de 700 mil visitantes, a Casa Fiat de Cultura é responsável por reunir acervos dos mais importantes museus e coleções do Brasil e do mundo. A instituição realiza programa de palestras, sessões de cinema e atividades educativas, e se destaca por oferecer experiências qualificadas e enriquecedoras para todos os públicos, contribuir para a formação de público, ampliar o acesso à produção artística brasileira e internacional e promover o desenvolvimento humano e social. Toda a programação é gratuita e tem entre seus objetivos valorizar o patrimônio, promover o amplo acesso e a circulação dos bens culturais e a difusão das culturas brasileira e mundial.

Foto: Divulgação

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