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Feluma assume prédio da Cruz Vermelha Brasileira Afiliada Minas Gerais
Com investimento estimado em R$30 milhões, o edifício Clóvis Salgado será o Campus IV da Faculdade Ciências Médicas
A partir de 1º de janeiro de 2025, a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma) assumirá o prédio da Cruz Vermelha Brasileira Afiliada Minas Gerais (CVB-MG), localizado na Alameda Ezequiel Dias, nº 427, próximo à Faculdade Ciências Médicas (FCM-MG). A mantenedora da instituição de ensino prevê investimento estimado em R$30 milhões na reforma, que tem sua conclusão prevista para o final do primeiro semestre do ano que vem. O edifício de sete andares será o Campus IV da FCM-MG, que servirá para ampliar a oferta de cursos de graduação e do serviço ambulatorial totalmente dedicado ao SUS.
A edificação da Cruz Vermelha foi construída com o objetivo de ser um centro de treinamento de profissionais de saúde durante a Primeira Guerra Mundial, no início do século XX, e reestruturada em 1942 pelo professor, médico e ex-governador de Minas Gerais, Clóvis Salgado. Para dar continuidade e usufruir da estrutura pensada para o trabalho na saúde, no dia 5 de agosto, os diretores da Feluma e os da Cruz Vermelha assinaram um contrato de locação do prédio para os próximos 20 anos.
“Vamos assinar algo histórico que vai unir o trabalho filantrópico da Feluma ao da Cruz Vermelha, que é uma instituição de primeira grandeza em ajudar, salvar, acolher e apresentar programas de ajuda às pessoas. O edifício da Cruz Vermelha, na Alameda Ezequiel Dias, vizinho do Campus I, vai ter uma função sociofilantrópica extremamente importante. Serão 40 consultórios de especialidades que vão atender 100% ao SUS, 9 salas de aulas que terão 20% das vagas reservadas para bolsas do Prouni. Vamos transformar, reformar, mas sem perder a identidade externa do prédio e fazer acontecer”, celebra o presidente da Feluma, Dr. Wagner Eduardo Ferreira, durante cerimônia de assinatura do contrato com a Cruz Vermelha, que aconteceu no auditório da fundação.
Neste ano, a Cruz Vermelha completa 110 anos de atuação em Minas Gerais. A instituição humanitária marcará essa data com a mudança para uma nova. “Para nós da CVB-MG, faz muito sentido ceder nosso espaço para um projeto que é muito alinhado com o propósito da instituição: atender a população menos favorecida e causar ainda mais impacto, o que a Feluma faz com excelência. No que se refere à Cruz Vermelha, estamos completando 110 anos com muitos planos e ações inovadoras, e nada mais oportuno que celebrar essa data de casa nova. Um presente para todos nós, mas principalmente para os mineiros, que saem ganhando”, declarou o presidente da filial, Ricardo Márcio de Oliveira.
Complexo de ensino e atendimento SUS no centro da capital
O projeto do novo campus será assinado pelo arquiteto Guilherme Moretzsohn. A expectativa é que, em outubro próximo, parte do prédio seja usada para a aplicação da prova do vestibular da Ciências Médicas. A desocupação total do edifício pela Cruz Vermelha deverá acontecer em dezembro deste ano. As obras de reforma têm início previsto para o primeiro semestre de 2025 com finalização no segundo semestre do mesmo ano.
Serão 9 salas de aula e 40 consultórios, que vão ampliar e replicar a estrutura dos atuais três campi da faculdade, distribuídos nos 4 mil m² da edificação da Cruz Vermelha. A localização, na Alameda Ezequiel Dias (Centro), é estratégica para a logística de atendimento ao paciente, para o deslocamento do aluno e para as atividades administrativas da Feluma. Isso é possível porque, a cerca de 150 metros do futuro campus, está o Campus I, na mesma Alameda, junto ao Teatro Feluma. Dois quarteirões à frente, na Avenida dos Andradas, 1093, está o Campus II, junto ao Ambulatório. Logo ao lado, está o Campus III com a clínica-escola do curso de Odontologia.
O reitor da Feluma/Faculdade Ciências Médicas, Prof. José Celso Guerra, explica a relevância desse projeto no ponto de vista para a formação de novos profissionais da saúde e para o município de Belo Horizonte. "A reitoria observou a necessidade de expandir o ambulatório do Campus II, principalmente no curso de Medicina. Essa demanda converge com um projeto de Linhas de Cuidado, um modelo inspirador do Ministério da Saúde que busca disponibilizar mais acesso dos pacientes da saúde básica ao atendimento médico com especialistas. Nossa ideia é ampliar a oferta de especialidades, das quais já oferecemos Cardiologia, Gastroenterologia e Coloproctologia." Já para o aluno, haverá ainda mais oportunidades de aprender o ofício na prática, “da maneira mais antiga e mais eficaz de aprendizagem que existe, que é o método atribuído a Aristóteles, que é aprender fazendo”, completa o reitor.
Com a criação do Campus IV, a expectativa é que o serviço assistencial aumente em 50% a capacidade atual de atendimento ambulatorial. No total, serão 115 consultórios para atendimento totalmente voltado para pacientes do SUS. Para o reitor, um dos melhores benefícios, além de colaborar com a saúde pública, é “ampliar o acesso das pessoas ao atendimento de qualidade. Afinal, o atendimento é feito por professores enquanto estão ensinando os alunos, ou seja, é o professor em ação”, diz.
Foto: Fernanda Nazaré/ Feluma
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