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Crianças aprendem desde cedo a importância da doação de sange

Projeto Doador do Futuro, desenvolvido pelo Colégio Magnum Cidade Nova, em parceria com a Fundação Hemominas, estimula jovens e adultos a doarem sangue, contribuindo para a formação dos alunos e consolidação de valores como a solidariedade. Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 1,8% dos brasileiros doam sangue regularmente, taxa abaixo do parâmetro de 3% a 5% definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Em Minas Gerais, o número de doadores gira em torno de 2%, um pouco acima da média nacional, mas, ainda, abaixo dos índices estipulados pela OMS. Pensando em colaborar para a elevação desses indicadores, e com o objetivo de trabalhar, na prática, a formação cidadã e a consolidação de valores em seus alunos, o Colégio Magnum Cidade Nova, em parceria com a Fundação Hemominas, realiza, no próximo dia 25 de agosto, o projeto Doador do Futuro. O objetivo é incentivar comunidade escolar e sociedade em geral a comparecer à sede do Colégio para doar sangue. Neste dia, das 8h às 16h, o prédio Master do Colégio Magnum Cidade Nova receberá profissionais da Fundação Hemominas preparados para coletar o sangue dos voluntários. A iniciativa, que envolve o 7º ano do Ensino Fundamental II, reflete a missão da escola de garantir a melhor formação de seu corpo discente, pautada, sobretudo, na solidariedade. Iniciado em 2009, o Doador do Futuro nasceu de uma experiência vivenciada pela professora de Ciências, Eliane Vivas, coordenadora e idealizadora do projeto. “Eu era doadora, e um dia, quando estava no Hemominas, perguntaram-me sobre minha profissão e me propuseram fazer um curso para captação de doadores, dentro do Colégio Magnum mesmo. O curso nos preparava apenas para difundir a ideia da doação. Mas, como, na época, meus alunos ainda não podiam doar sangue, devido à idade, pensei em um projeto que pudesse levá-los a vivenciar a realidade do Hemominas, pois, assim, se sensibilizariam, captariam novos doadores e se tornariam doadores no futuro”. Supervisora do 7º ano, Márcia Olandim explica que o projeto Doador do Futuro não se limita apenas à doação coletiva que ocorre no Colégio Magnum Cidade Nova, em agosto. Ao longo do ano letivo, os alunos participam de atividades cujo objetivo é esclarecer e desmistificar o processo de doação de sangue. “Num primeiro momento, eles são levados a coletar dados sobre os principais motivos pelos quais as pessoas não doam sangue, tais como falta de tempo, por exemplo. Em seguida, confeccionam artigos relatando os resultados da pesquisa. Depois, vem o estudo de campo, em que os estudantes vão até o Hemominas, onde têm a oportunidade de conhecer, pessoalmente, como funciona uma doação, desde a coleta do sangue ao armazenamento e destino dado ao material coletado. O projeto culmina com a coleta realizada no Colégio, em agosto”. Para Márcia, ao lidar diretamente com problemas que afligem a sociedade, tais como a carência de doadores de sangue no país, o aluno passa a pensar mais no próximo e, consequentemente, torna-se mais solidário. “Lapidar esse jovem cidadão e transformá-lo em um multiplicador de boas ideias é um dos objetivos do Colégio Magnum Cidade Nova”, enfatiza. E para que o projeto alcance o maior número de voluntários possível, Márcia explica que são feitas divulgações no entorno do Colégio Magnum Cidade Nova, entre os colaboradores, amigos, pais, alunos e até ex-alunos. “Todos participam ativamente. E os alunos se interessam bastante pela proposta. Durante os dias que antecedem o evento, eles fazem blitz na porta da escola e distribuem panfletos sobre o Doador do Futuro. E no dia da coleta, comparecem ao Colégio para ajudar na organização, mesmo que não possam doar”, declara. E o trabalho de divulgação feito pelos alunos tem dado resultados significativos. Em 2010, por exemplo, o Colégio Magnum Cidade Nova trocou a doação de sangue pela doação de medula óssea. “A doação de medula não tem tanta divulgação na mídia quanto à de sangue. Por isso, fizemos um amplo trabalho de informação com os alunos, explicamos como funciona o processo, do que se trata, apresentamos alguns vídeos sobre o assunto e conseguimos, com isso, derrubar alguns mitos que envolvem o tema. Tudo isso impacta o aluno, que acaba difundindo a informação. Ao final, recebemos cerca de 100 doadores. Foi um sucesso”, declara. Todo esse sucesso tem sido reconhecido, anualmente, pela Fundação Hemominas. Todos os anos, a instituição presta uma homenagem ao Colégio Magnum Cidade Nova em função da realização do projeto. “O Doador do Futuro tem sido referência dentro do Hemominas. E isso é muito gratificante”, finaliza Márcia. Mais doadores Este ano, o projeto Doador do Futuro contará com um reforço: a participação ativa de jovens entre 16 e 17 anos de idade. Até 2011, apenas maiores de 18 anos podiam ser doadores. Agora, os interessados que tenham entre 16 e 17 anos de idade já podem doar sangue. A mudança veio por meio da Portaria 1.353/2011, do Ministério da Saúde, que ampliou a faixa etária para os interessados em colaborar com a ação. Vale ressaltar que a doação de jovens entre 16 e 17 anos está atrelada à apresentação da autorização dos responsáveis legais, que será válida somente mediante a presença do responsável ou apresentação de firma reconhecida em cartório. E no caso de guarda, é preciso anexar cópia autenticada do termo de guarda. A notícia animou os alunos do Colégio Magnum Cidade Nova, que, antes, não podiam doar devido à idade. “Os estudantes dos 1º e 2º anos do Ensino Médio participaram da primeira edição do Doador do Futuro, em 2009. Agora, com a mudança na legislação, estamos na expectativa de que os atuais alunos do Ensino Médio sejam também doadores. Dessa forma, o objetivo inicial do projeto – de conscientizar os alunos para que se tornassem doadores do futuro – terá sido efetivamente alcançado”, conta a coordenadora e idealizadora do projeto, Eliane Vivas. E parece que a finalidade do projeto, de fato, foi atingida. Isso porque alguns alunos do Colégio Magnum Cidade Nova organizaram uma caravana para o Hemominas, agendada para novembro deste ano, data em que todos os voluntários já terão atingido a idade mínima para doação. “A ideia foi dada pela aluna Maria Tereza. Ela conseguiu mobilizar toda a turma, que topou comemorar o aniversário de 16 anos da colega doando sangue no Hemominas. Uma ideia fantástica.”, comemora a coordenadora. Além dos jovens, a nova diretriz do Ministério da Saúde passa a comportar também os idosos voluntários. Antes, a doação era restrita a pessoas com, no máximo, 65 anos de idade. Com a mudança na legislação, os idosos com até 67 anos também podem ser doadores. Mas as regras para esses voluntários foram modificadas. Agora, é preciso que eles já tenham doado sangue ao menos uma vez antes de completar 60 anos. Com o aumento da faixa etária, a expectativa é que o volume de doações aumente e passe de 3,5 milhões para 13,9 milhões de pessoas doadoras, em todo o país. Dados da Fundação Hemominas apontam que, em 2011, Minas Gerais recebeu 340.196 candidatos à doação. Desse montante, estima-se que cerca de 20% a 30% não tenham chegado a colher o material, por se encontrarem inaptos no momento da doação. De acordo com o Hemominas, o ideal é que haja de 28 a 30 mil doadores por mês para abastecer os bancos de sangue da instituição. Para doar, você precisa - Ter e estar com boa saúde; - Ter entre 16 e 67 anos de idade completos (lembrando que doadores entre 16 e 17 anos devem apresentar autorização por escrito do responsável legal e que, no caso dos idosos, a primeira doação deve ter sido feita antes dos 60 anos de idade); - Ter peso acima de 50 quilos; - Não ter tido hepatite após os 11 anos de idade; - Não ter doença de Chagas; - Não ter doenças sexualmente transmissíveis. No dia da doação - Nunca doe em jejum; - Se for doar pela manhã, tome café normalmente, coma biscoitos e frutas; - Caso vá após o almoço ou jantar, aguarde três horas para efetuar a doação; - Durma bem na noite anterior à doação; - Evite fumar duas horas antes e após o processo; - Não ingira bebidas alcoólicas pelo menos 12 horas antes da doação; - Respeite o prazo mínimo entre uma doação e outra, que deve ser de 90 dias para mulheres e 60 dias para homens; - Mulheres podem doar até três vezes ao ano e homens, quatro vezes; - Lembre-se de levar documento de identificação (com foto) e outros emitidos por órgão oficial no ato da doação (carteira de identidade, de trabalho ou certificado de reservista). Você sabia? - Todo material usado é descartável, não havendo nenhum risco de se contrair doenças; - Doar sangue não engorda nem emagrece; - Mulheres que estejam menstruadas ou que façam uso de anticoncepcionais também podem doar; - Você só doa novamente se quiser. A doação de sangue não vicia; - Depois da doação, o organismo produz a mesma quantidade de sangue de antes e o volume volta logo ao normal; - Por meio da doação, é possível saber seu grupo sanguíneo e fator RH; - Todo sangue é examinado e testado, seguindo rigorosos sistemas de qualidade, trazendo segurança para quem recebe e para quem doa. Os testes podem detectar doenças transmissíveis como Sífilis, Chagas e AIDS.

Doador do futuro 25 de agosto de 8 as 16 horas 2º Piso do Prédio Master do Colégio Magnum Cidade Nova Endereço: Rua São Gonçalo, 1364 - Nova Floresta

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