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Drama que virou comédia em cartaz no Teatro Bradesco
“Meu nome é Reginaldson”, com Fernando Ceylão, aborda a solidão de forma engraçada, mas reflexiva
Um taxista sedento pela amizade de um cliente habitual. Mas como fazer para tornar-se amigo de uma pessoa que não dá muita conversa? Um drama que virou comédia, essa é a saga da peça “Meu nome é Reginaldson” que está em cartaz nos dias 21 e 22 de agosto no Teatro Bradesco do Centro Cultural Minas Tênis Clube. As entradas custam R$60 (inteira) e R$30 (meia).
Meu nome é Reginaldson tem direção de Bruce Gomlevsky e texto e atuação de Fernando Ceylão. Inicialmente este esquete, que tinha duração de 20 minutos, fazia parte da peça “Você está aqui”, que foi dirigida e escrita por Ceylão e interpretada por Paulo César Peréio. Esta peça era formada por várias peças curtas com forte carga dramática, porém um dia, Peréio não pôde ir ao teatro e coube a Ceylão substituí-lo. Mas o diretor não tinha o texto decorado, sendo assim recorreu ao improviso.
Foi por causa deste episódio que Ceylão percebeu que o texto dramático também tinha talento para a comédia. O artista diz que não se sente um comediante. “No ‘Gentalha’, meu programa que está no ar no Canal Brasil, faço muito mais papéis dramáticos que cômicos. Mas na hora do improviso, do 'se vira aí', é o comediante que surge para salvar a situação, claro. Fazer piadas é a melhor maneira de aliviar qualquer tensão. Sempre foi, sempre será”, conta. Depois dessa situação Ceylão inseriu ao texto personagens e acontecimentos que surgem por meio da memória do motorista Reginaldson, e o drama passou a ser uma grande e divertida comédia.
Em cena somente Fernando Ceylão que interpreta mais de 15 personagens em pouco mais de uma hora. Não há caracterização, somente a voz e a postura do artista são os diferenciais dos personagens que se multiplicam em cena. A solidão é tratada de forma engraçada, mas sem deixar de mostrar que é um drama na vida de muitos. Pode-se dizer que a peça é uma tragicomédia, pois os espectadores riem todo o tempo, mas também são lembrados que a história mostrada no palco é de um homem solitário e angustiado sedento por uma conversa, uma relação.
Sendo assim, Meu nome é Reginaldson não é uma comédia rasgada que faz o espectador rir sem proposito, apenas pela graça de graça. Esta peça faz o público rir e se emocionar com a situação da solidão do homem, problema que há algum tempo é apontado como o mal do século.
Sinopse
Reginaldson é um motorista de taxi que diariamente serve a um mesmo passageiro. Depois de muitas viagens, tantos engarrafamentos juntos, o taxista cisma que os dois devem ser amigos. Embora aquele passageiro nunca tenha se mostrado simpático ou receptivo, nunca tenha trocado nenhuma palavra mais gentil com Reginaldson, o motorista um dia resolve invadir a casa do homem e ficar ali esperando sua chegada. Enquanto se prepara para o encontro, ensaiando como se apresentar e o que dizer ao suposto "novo amigo", Reginaldson repassa episódios marcantes da sua vida, relembra família, amores, trabalhos e revive medos e frustrações. As lembranças vão se sobrepondo e o homem, cada vez mais delirante, mergulha mais e mais em seu universo particular, até que é chamado de volta à realidade por um inesperado desfecho.
Foto: Divulgação
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