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Salão do LIivro Infantil e Juvenil Faz Homenagem aos 75 Anos da Bonequinha Preta
Há 75 anos, nascia uma boneca “preta como carvão” - com duas trancinhas, boca vermelha e olhos bem redondos - que seria capaz de entrar no imaginário das crianças e se perpetuar por gerações, se tornando o maior clássico mineiro da literatura infantil. A Bonequinha Preta, da autora mineira Alaíde Lisboa recebe homenagem especial no 2º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Minas Gerais. No dia 14 de agosto, às 18h, no espaço Biblioteca da Bonequinha Preta, a Editora Lê lança a publicação fac-símile da primeira edição, de 1938, desse clássico da literatura infantil. Em capa dura, formato e ilustrações originais, a publicação resgata a memória que encantou inúmeros leitores, e que até hoje aflora emoções. O evento contará com a participação da família de Dona Alaíde, da curadora do Salão do Livro, Sandra Bittencourt e do grupo Cantarolê. Em continuação às comemorações, às 19h, haverá apresentação do espetáculo "Quando o segredo se espalha", com o professor, poeta e contista Chico dos Bonecos, no Auditório Sylvia Orthof. Trata-se de uma peça radiofônica, uma homenagem ao legado da autora, que também foi educadora, escritora e política, falecida aos 102 anos em 2006. É uma adaptação do livro de mesmo nome que se baseia na obra poética da autora, voltada para crianças. Chico dos Bonecos interpreta um repórter, numa rádio, que entrevista a “professora Alaíde”. "A Rádio Peirópolis tem oprazer de apresentar o programa Catiripapo - quando tira é poesia, quando cata é bate-papo. E hoje temos o prazer de receber a visita......". E aí se desenrolam 80 minutos de uma entrevista muito instigante, divertida e poética. Destinada à realização de atividades de leitura para crianças e jovens, a Biblioteca da bonequinha Preta será um espaço destinado à leitura por e para visitantes de escolas e famílias presentes no evento, e o seu acervo será formado por títulos infanto-juvenis doados pelos expositores, e destinados à ala infantil do Hospital da Baleia após o evento. Esta é uma forma do Salão cumprir uma de suas propostas que é difundir e promover o acesso à leitura. O 2º Salão do Livro Infantil e Juvenil de Minas Gerais será realizado entre 9 e 18 de agosto, na Serraria Souza Pinto. Dentre os autoresconvidados para esta edição, destaque para Pedro Bandeira, Paula Pimenta, Caio Ritter, João Marcos, Adelsin e Chico dos Bonecos. Durante 10 dias, serão oferecidas ao público mais de 120 atividades culturais, entre lançamentos de livros, palestras, debates, narração de histórias, apresentações de teatro e exibições de cinema. O evento se consolida como um dos maiores do país dedicado ao público infanto-juvenil. O Salão do Livro Infantil e Juvenil de Minas Gerais é uma realização da Minasplan, com produção da Plataforma Produção Cultural, patrocínio da Petrobrás e apoio cultural da Fundação Municipal de Cultura, Fundação Biblioteca Nacional e Hospital Mater Dei. Sobre Alaíde Lisboa Alaíde Lisboa de Oliveira nasceu em 22 de abril de 1904, em Lambari (MG), e faleceu em Belo Horizonte, em 2006. Viveu a maior parte da sua longa vida na capital mineira, onde atuou em diversas frentes: exerceu carreira política, acadêmica e artística. Como escritora, publicou cerca de trinta livros, entre ensaios da área de educação, didáticos e literários. Entre seus títulos mais conhecidos, encontra-se A bonequinha, que se tornou um clássico da literatura infantil brasileira, com mais de um milhão de exemplares vendidos. Alaíde Lisboa foi membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, da Academia Feminina Mineira de Letras e da Academia Mineira de Letras. Além disso, foi a primeira vereadora de Belo Horizonte, entre 1949 e 1952. Sobre Chico dos Bonecos Francisco Marques, conhecido como Chico dos Bonecos, é poeta e arte-educador. Trabalha desde o início da década de 80 com o resgate de brinquedos e brincadeiras antigas, incluídas nessa categoria os "brinquedos invisíveis", como histórias, contos, lendas e fábulas provenientes da literatura oral. Sua matéria-prima de trabalho parece ser a impalpável riqueza da oralidade brasileira, mesclada com o humor e o resgate da vontade de brincar. Suas oficinas e performances para o público infantil são conhecidas nos quatro cantos do país. Chico anda pelas cidades brasileiras carregando duas maletas-baús, daquelas de caixeiro viajante, repletas de peças e objetos insólitos, como chapeuzinho de papelão, funil, chuveiro, parafuso de tampa de privada, fazendo a mágica de despertar a imaginação de plateias às vezes anestesiadas pelo cotidiano. Além disso, ele desenvolve também uma elaboração em torno da cultura da infância voltada para os educadores. Uma das expressões desse trabalho encontra-se no livro Muitas coisas, poucas palavras - A oficina do Professor Comênio e a arte de ensinar e aprender.
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